Quando
eu li a sinopse desse livro, eu imediatamente quis ler. Eu gosto de livros
nesse estilo de época, numa realidade que já existiu, mas tão diferente da
nossa, especialmente quando a sinopse já promete situações muito inusitadas.
Para
começo de história, é muito legal ver como a sociedade funcionava naquela
época, e, ao mesmo tempo, revoltante. Violet é uma garota especialmente
corajosa, talvez com alguns parafusos a menos, mas disposta a quebrar as
barreiras da desigualdade de gênero como ninguém. Além disso, suas invenções
(que são muitas) são incríveis, às vezes eu até me perguntava se isso seria de
fato possível naquela época ou o autor tinha adicionado alguns ingredientes a
mais para deixar a história mais saborosa.
- Deve ser estranho ter um amante como criado - Jack falou
- Você quis dizer um criado como amante - Violet corrigiu. - Do contrário, como você disse, é simplesmente como a maioria dos homens vê o casamento. (pág. 234)
Sua
vida em Illyria é complicada, principalmente depois que faz amizade com Cecily,
a prima do conde de Illyria, Ernest, que por acaso fica encantado com Violet,
sem saber o que Ashton, seu próprio aluno, é a mesma pessoa. A história se
desenvolve sem pressa e acaba tomando um caminho que eu não esperava.
Confesso
que apesar de ser uma boa história, a narrativa não conseguia segurar tanto a
atenção, o que fez com que minha leitura se tornasse mais lenta e eu demorasse
bastante tempo para terminar o livro, considerando que ele é mais ou menos
grande. Além disso, eu achei que, por conta das diversas pistas que eram
jogadas nas entrelinhas, nós teríamos mais algumas informações sobre o pai de
Ernest, o famoso conde de Illyria que não só fundou a faculdade, mas também uma
sociedade secreta, que no final das contas nós ouvimos falar tão pouco que eu
fiquei um pouco decepcionada. Afinal, se nem seria um ponto de tanto destaque,
por que o foco na sinopse e no título?
Mesmo
assim, algumas surpresas foram bem-vindas, como os personagens secundários que
vão aparecendo na história, com destaque para o amigo de Violet e Ashton, Jack,
que era sempre a parte mais engraçada da história, além do grupo de amigos que
eles fazem em Illyria.
Sociedade dos meninos gênios não é uma série (graças a Deus, porque
ultimamente só existem séries!), então consegue fechar bem as pontas com seu
final e eu fiquei bem satisfeita com o desfecho dos personagens mesmo, como eu
já citei, ainda que tenha ficado curiosa com o futuro deles e com o passado dos
cientistas poderosos envolvidos na tal sociedade secreta.
Agora,
me tirem uma dúvida: isso é steampunk? Pra mim parece, mas como nunca li nada
do gênero...
Editora: Novo Conceito
Ano: 2014
Páginas: 544
Nome original: All Men Of Genius
Coleção: -
Sim, é do gênero steampunk por misturar máquinas com sociedades antigas de modo futurista, como o professor de mecânica da faculdade (que eu esqueci o nome) que pode ser considerado um ciborgue e as pessoas não viam isso com tanta estranheza
ResponderExcluir*SPOILER ABAIXO*
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(Tanto é que ele até arranjou uma namorada mais pro final do livro)
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Fim do spoiler e do comentário ^^