Sabe aquele livro que você acha simplesmente adorável, cujos personagens são tão engraçados e bonitinhos? Pois bem, Dizem por aí... É bem por aí. Na verdade, se ele fosse transformado em um filme (o que seria ótimo), seria uma ótima comédia romântica.


Tudo começa quando o namorado de Tilly, nossa protagonista maluquinha e engraçada, a deixa e, transtornada, vai visitar a melhor amiga, Erin, numa pequena cidadezinha do interior da Inglaterra, Cotswolds. Ela, então, numa decisão repentina, resolve ficar na cidade e ser a “faz-tudo” do negócio de design de Max, um cara adorável com uma filha muito divertida, Lou. Logo Tilly que nem tudo será fácil, afinal o melhor amigo de seu patrão é ninguém menos que Jack Lucas, o pegador da cidade.


Ah, que livro fofo. Tilly é daquelas protagonistas que sempre se metem em confusão, que falam as coisas sem pensar e acabam se enrascando por causa disso. Os diálogos envolvendo-a são bem legais, além de ela mesma ser bem bacana. Ao mesmo tempo, ela também sofreu um grande baque, ser deixada pelo namorado, mas resolve não ficar chorando pelos cantos e fazer uma mudança na vida. A Tilly me lembrou muito aquelas protagonistas dos romances da Meg Cabot, como a Jane de Todo Garoto Tem. Isso não significa que não gostei dela, porque – pelo contrário – eu adoro esse tipo de protagonista meio louquinha. Aliás, fazendo um comentário meio nada a ver, acho que ela se daria muito bem com a Delilah, do Qual seu número?, afinal, como diz o ditado: “você precisa ser um louco pra reconhecer outro”, HAHAHA.


Além da protagonista, todos os demais personagens são tão interessantes! A cidade em si, por ser pequena, é uma graça. Sabe aqueles lugares que você adoraria conhecer, porque tem certeza que amaria a paisagem e as pessoas lá te receberiam super bem? Então, é essa a sensação que Cotswolds me passou! A melhor amiga da Tilly, Erin, também tem uma história própria, o que eu achei uma boa estratégia da Jill, porque, mesmo que ela não seja a protagonista, também torci para que tudo desse certo para ela. A amizade das duas é bem daquelas “quase irmãs” e isso também foi bacana. A amizade é uma coisa muito importante e, nesse livro então, foi fundamental.


Jack Lucas, nosso querido pegador, se revelou alguém diferente do que eu esperava. Não fiquei apaixonada por ele, mas certamente ele e a Tilly se completam totalmente. A forma como eles acabaram desenvolvendo a relação foi meio fraca, não gostei muito porque achei que acabou faltando um grande “BOOM!” (além do que já teve). O Max, ah... Ele é uma graça de pai para a Lou, uma menina muito carismática e divertida. Eles também têm uma história à parte, mas dessa eu acabei não gostando muito da conclusão, porque eu esperava algo totalmente diferente.


Outra coisa que eu gostei muito desse livro, além da fofura: eu dei risada. E, honestamente? Me surpreendi bastante com ele. Nunca tinha lido nada da Jill, mas eu realmente não esperava algo bom assim. Tem de tudo: cenas engraçadas, cenas constrangedoras (que na maioria das vezes envolvem a Tilly, claro!) e cenas emocionantes. É um pacote completo para quem gosta de um bom romance e personagens que te fazem suspirar e sorrir.


 
+ Favorito!
(Quatro estrelas - 9,0)

Autor(a): Jill Mansell
Editora: Novo Conceito
Ano: 2012 (Brasil) - 2009 (Original)
Páginas: 430 (Brasil) - 410 (Original)
Nome original: Rumour Has It
Coleção: -

Uma história inteira escrita apenas por meios digitais? Como não se animar? Eu sou uma usuária assídua do Twitter, do Facebook e dessas redes sociais, então eu gostei muito dessa proposta. Além disso, a história prometia um daqueles romances “bonitinhos”, que são adoráveis e sempre me fazem fazer “awn” e suspirar. Eu sei que muita gente não gosta desse tipo de coisa, mas a minha opinião é que, se bem contado, pode ser um livro incrível.


E, sem dúvida alguma, Tweet Heart foi tudo o que eu pensava que seria. Os quatro personagens principais – Claire, Lottie, Will e Bennet – são o grupo de amigos que você quer fazer parte. Eles são engraçados, divertidos e adoráveis. Cada um tem uma personalidade diferente, Claire é a menina estudiosa, tímida, apaixonada pelo garoto mais popular da escola desde sempre e que nem sabe que ela é; Lottie, minha favorita, é a melhor amiga da Claire. As duas são próximas e Lottie é simplesmente um máximo. Ela é simplesmente divertida, além de sempre estar ajudando a amiga sem vida amorosa – Lottie tem até demais, por assim dizer, HAHAHA.


Will é aquele menino nerd e fofo, secretamente (ou não tanto) apaixonado pela “amiga” Claire. Já Bennet... O que dizer desse garoto tão incrível? Ele é o melhor amigo do Will, mas se destaca totalmente no livro. Ele tira sarro, tem umas frases incríveis e é simplesmente impossível não querer um desses para você mesma. Honestamente, eu não podia deixar de torcer muito mais para Bennet do que para o coitado do Will, que na verdade é alguém simplesmente tímido demais para ser tão incrível quanto Bennet.


Não é uma história inovadora, claro, mas ela tem uma fofura, uma faísca, que nos faz ficar apaixonados pelo livro. Pra você ter uma ideia, eu li o livro em um dia, porque, além de ser fácil de ler (por ser em tweets, mensagens, etc), tinha personagens tão próximos da nossa realidade que a gente acaba se identificando e, claro, torcendo por eles.


Elizabeth Rudnick tem uma escrita muito boa. Ela conseguiu passar, mesmo que por meios digitais, uma sensação de proximidade aos personagens que muita escritora por aí tem dificuldade. Por isso, eu dou os parabéns à ela, porque é um livro que, nesse ponto, é incrível. Por outro lado, a história – não sei se propositalmente ou não – também critica todo esse “vício” com a Internet. Lembro-me de uma cena em específico, em que Claire e Will estavam na mesma sala, quase um do lado outro, mas estavam twittando um para o outro ao invés de conversar.


Num geral, você não vai se decepcionar se estiver procurando um bom romance, divertido e, na melhor das palavras, “feliz”. O tempo voou quando eu li o livro e, antes que eu pudesse me preparar, tive que dizer “tchau” para esses personagens tão amigáveis. Vale a leitura, principalmente se você ler sabendo que não vai encontrar algo incrivelmente profundo e intricado, e sim a vida e o cotidiano de simples adolescentes, como nós.


P.S.: AS REFERÊNCIAS! Meu Deus, como não amá-las? Justamente por serem adolescentes, as referências são incríveis. Tanto para o pessoal mais “nerd” (apesar que eu não saber exatamente o que é ser “nerd”, TO BE HONEST.) quanto para àqueles ligados na cultura pop.

 
 + Favorito!
(5 estrelas - 10,0)

Autor(a): Elizabeth Rudnick
Editora: Hyperion
Ano: 2010 (Original)
Páginas: 264 (Original)
Nome original: -
Coleção: -

Eu já li outro livro da Siobhan e, apesar de não ter achado algo incrível, não dá pra negar que ela tem sim um pouco de talento para falar das coisas. Então, quando vi esse lançamento, fiquei mais animada, afinal, a sinopse já tinha me interessado bem mais que a do anterior.


A história conta sobre a vida de Ruby, uma menina que acabou de completar 16 anos, e vive só com sua mãe, pois seu pai foi embora há muito tempo. Ela tem duas amigas, Maria, uma fofoqueira bem feliz e Beth, de quem é mais próxima e conhece há tempos. Além dessas duas, por causa de Beth, ela também acaba ficando próxima de Katherine, uma menina revoltada e “perigosa”, com uma família ainda mais desestruturada que a sua. Tudo parece normal, até seu pai aparecer de surpresa no dia de seu aniversário e Ruby, nervosa, ir embora dramaticamente, seguida pelas amigas. Ela tenta fazer de tudo para esquecer o que aconteceu há tempos atrás e o que significa a “volta” do seu pai. 

Só que muitas coisas ainda acontecem. Ou melhor dizendo, nem tantas. O que me fez dar uma nota não tão alta para esse livro foi que eu esperava algo tão diferente do encontrei. Pela história, eu achava que seria sobre uma menina completamente normal, divertida e alegre, que acabava sofrendo um grande baque ao rever seu pai de repente. Só que Ruby é uma menina... Angustiada, pelo que eu senti. E isso poderia ter sido uma coisa que eu amaria nela, se a história não se desenvolvesse como aconteceu, se eu sentisse que ela tivesse melhorado durante o livro. Não que ela não tenha mudado, porque isso aconteceu sim. Mas simplesmente... Eu não consegui chegar e pensar “Nossa, que protagonista interessante!”. E para eu achar isso, ela não tinha que ser feliz nem nada. Ela tinha que ter aquele fator – que cada autor põe da sua própria maneira – que me faz pensar isso.

Mas o meu maior problema não foi a protagonista. No final das contas, eu até gostei dela. O problema foi como a Siobhan escolheu desenvolver a história. Eu me sentia, várias vezes, como se eu estivesse sendo enrolada, andando em círculos sem chegar em nenhum lugar de fato. E eu já tive esse tipo de experiência com a mesma autora. Ela tem pontos fortes no livro, como a maneira que descreve como Ruby se sente, mas, ao mesmo tempo, ela não nos dá informações que me fizeram não querer parar de ler.

Confesso que, nos momentos em que Ruby se soltava mais (outra característica dela é essa, estar sempre “presa” a algo. Mas isso faz parte de como ela foi criada, devido ao lance do pai dela e tudo o mais), era quando eu mais gostava. Charlie, seu namoradinho, foi encantador e eu acabei torcendo para que os dois ficarem juntos... E achei que, no final, as coisas ficaram mal-resolvidas entre eles, como uma grande reticência. As amigas de Ruby... São normais. Não posso dizer que não gostei, porque eu acho sim que são boas amigas. Mas que a Beth não era uma das melhores e que deu várias mancadas com a Ruby... Sem dúvida.


Mesmo assim, o livro é bonito – essa é uma ótima palavra para descrevê-lo. Uma das coisas que eu mais gostei e ao mesmo tempo desgostei (porque eu sou assim mesmo, sempre em dúvida) foi que ele não fechou todas as pontas. Claro que algumas poderiam ter sido um pouco mais bem terminadas, mas isso também foi bom, porque mostrou que a vida é algo efêmero, que muda o tempo todo. Nem tudo dá certo e nem sempre as coisas acontecem como queremos. Nesse ponto, não nego, a Siobhan sabe escrever muito bem.

É um bom livro para passar o tempo, mas não vá lê-lo com grandes expectativas. Simplesmente leia, aproveite e tire suas conclusões.

(Três estrelas - 7,75)

Autor(a): Siobhan Vivian
Editora: Novo Conceito
Ano: 2012 (Brasil) / 2008 (Original)
Páginas: 224 (Brasil) / 256 (Original)
Nome original: A Little Friendly Advice
Coleção: -

Eu nunca tinha ouvido falar dessa trilogia sobre magos, mas, assim que vi que era um dos lançamentos da Novo Conceito, me animei, pois a sinopse me parecia bem interessante – sem contar que eu adoro coisas que envolvam magia e bruxos.

A história nos apresenta Sonea, uma mendiga aparentemente comum, vivendo com seus tios. Como é a tradição na vila onde mora, Irmadim, todo ano os magos – que vivem separados das pessoas normais – vêm à cidade para purificá-la, livrando-a dos mendigos, bandidos, pedintes e todo esse tipo de gente. Esses magos são odiados por toda a população e, muitas vezes, durante essa purificação, as pessoas atiram coisas neles, o que os fez criar um escudo mágico. Sonea é uma dessas pessoas e, numa dessas purificadas, revoltada com a situação e o sofrimento que, segundo ela, é culpa dos magos, ela acaba jogando uma pedra que, misteriosamente, atravessa o escudo e acerta um dos magos. Com isso, os magos descobrem que há uma alguém com magia entre aquelas pessoas e, para encontrá-la, começam a buscar em todos os lugares, iniciando uma insistente caçada por essa pessoa.

Sonea, obviamente, não quer ser encontrada. Por isso, começa a fugir, mudando de lugar constantemente, com a ajuda de um amigo ladrão de infância, Cery, que na verdade é secretamente apaixonado por ela. E então, por mais que eu tenha gostado do livro... Começa a enrolação. Os primeiros capítulos, por ser justamente o primeiro de uma série, são mais explicativos, que contam como as coisas funcionavam em Imardim. E eu acho que isso, por mais que cause uma lerdeza na leitura, foi bom, porque é uma coisa muito importante (especialmente nesse livro) saber como a sociedade funciona.

Só que, até aí, eu entendia os motivos da autora. No entanto, a partir que Sonea libera a sua magia, nós sabemos que ela vai acabar sendo encontrada. É algo bem óbvio, afinal, é apenas uma vila e ela não tem condições de fugir de lá, são magos poderosos atrás dela e, o mais importante: a história não funciona se isso não acontecer. Então, fiquei irritada com a quantidade de páginas – em grande parte, desnecessárias – que a Trudi Canavan utilizou para mostrar a Sonea fugindo. Só torço para que tudo (que não foi muita coisa, aliás) o que aconteceu enquanto ela estava fugindo tenha alguma utilidade nos próximos livros, porque até agora se revelou ser só uma boa enrolação.


Porém, quando finalmente Sonea é capturada, as coisas passam a ser bem mais agitadas e eu li o livro bem mais rápido – além de ter gostado infinitamente mais dessa segunda parte. Afinal, era por isso que o livro tinha me chamado mais a atenção: adoro ler sobre pessoas que são tão normais – que sabem de magia, por exemplo, tanto quanto nós – tendo que aprender sobre as coisas mais loucas. É tão divertido! Uma pena que isso durou bem pouco (ok, nem tanto, mas eu queria mais).

Porém, se a trama foi meio enrolada, os personagens até que foram aceitáveis. Sonea é meio lerda e, ao mesmo tempo, extremamente teimosa. Isso fez com eu gostasse e desgostasse dela – me irritava ver como ela se recusava a entender o que os magos queriam com ela, mas eu gostei de ver que ela pelo jeito tem um lado mais forte e kickass, porque é bem legal quando uma protagonista é forte de verdade. Nesse livro, ela não tem muito disso, já que está fugindo, mas eu tenho fé que as coisas vão mudar nos próximos dois livros. Tem seu amigo Cery, que eu achei fofinho, mas que até agora só me provou ser um grande “bobo de amor”... Não sei, é um simplesmente meio cinza, não tem nada de mais. Além deles, também devo citar Lorden Rothen, um poderoso e antigo mago, que me lembrou o Dumbledore (é, o de Harry Potter) e que eu achei super legal no estilo “idoso adorável” e Lorde Dannyl, um mago também poderoso, mas mais jovem. Eu também gostei do Dannyl, porque ele trazia um humor para a história que fazia com que ela ficasse mais interessante. Ah, e claro, o mago chato e metido da besta: Lorden Fergun. Nem tenho que dizer que achei um saco esse cara, né? E, novamente, eu me lembrei de Harry Potter, e o imaginei como uma espécie de Gilderoy Lockhart.

Apesar de eu ter feito essas comparações, os dois livros têm pouquíssima coisa em comum, além de ambos os protagonistas terem recentemente descoberto do quanto são capazes de fazer. Apesar dos pontos fracos, O clã dos magos tem um plano de fundo bem legal – e importante – e que sei que a autora sabe usar a seu favor. Outra coisa bem legal é que a Trudi já finalizou esse livro de uma maneira que eu fiquei bem curiosa com a continuação. Ou seja, eu gostei bastante da leitura, num geral – e vou dar um descontinho por ser o primeiro da série.

Pra quem gosta de magia e toda essa áurea de “escola de magos”, esse livro é um prato cheio.
 
(Quatro estrelas)


Autor(a): Trudi Canavan
Editora: Novo Conceito
Ano: 2012 (Brasil) / 2001 (Original)
Páginas: 446 (Brasil) / 467 (Original)
Nome original: The Magicians' Guild
Coleção: Trilogia do Mago Negro (#1)