Livros com a temática espacial são bem raros na minha estante, talvez porque eu considere esse lugar tão perigoso quanto interessante. No entanto, assim que li a sinopse de 172, soube que eu simplesmente tinha que ler esse livro, porque era óbvio que misturar adolescentes e ambientes inóspitos como a Lua não daria nada certo, me deixando extremamente curiosa com esse desenvolvimento.
A isso seguiu-se outro pensamento que ela nem tinha ideia de onde viera, mas abriu caminho à força em meio à sua consciência e deixou-a apavorada: No espaço, ninguém pode te ouvir gritar. (ALIEN!) (pág. 137)
Mia, da Noruega, Midori, do Japão e Antoine, da França, são os sortudos sorteados pela NASA a fazer uma viagem épica e comemorativa dos 50 anos da primeira aterrissagem na Lua. Cada um deles tem uma personalidade diferente: Mia é uma menina na dela, que tem uma banda e um plano para se tornar famosa e reconhecida pela música e, além disso, é o típico exemplo “a vida me fez roqueira”: ela tem uma ótima vida, uns pais meio intrometidos, mas um comportamento que é fácil de se irritar. Midori é outra que se destaca do grupo: uma menina com uma personalidade bem diferente dos colegas, um estilo próprio e uma vontade gigante de sair do seu país natal e morar em algum lugar moderno, como Nova York. Antoine é um jovem que ainda está com o coração quebrado da última namorada, e passa os dias sendo um dos stalkers mais esquisitos e tristes que eu já vi. Como vocês podem ver, todos tinham motivos não tão sólidos para se inscreverem, e o desejo deles era de conseguir algo com essa viagem que não fosse uma visão privilegiada do planeta água.
- Sei o que está pensando – sussurrou ele. – Mas prometo que vocês vão conseguir. Daqui a quatro dias, você vai ser a pessoa mais feliz que já houve na Terra. Vai respirar o ar fresco de um jeito totalmente novo. Vai parar diante do oceano e sentir o mar salgado espirrar e arder no seu nariz. Vai ficar com as pessoas que conhece e ama, e vai apreciar a beleza de tudo o que existe. Vai ver carros atrás de você no retrovisor e talvez rir da cara dos motoristas. Porque eles vão estar irritados, entediados, zangados. E voce vai perceber o que eles não sabem. Vai viver uma vida longa e feliz, Mia. Porque, quando voltar para casa, vai perceber que tudo é possível. Não deve se esquecer disso. (pág. 229)
O livro possui poucas páginas, mas seu desenvolvimento poderia ter sido bem melhor: o autor gasta, infelizmente, várias páginas explicando toda a burocracia que envolve a viagem até a Lua, pulando algumas partes que poderiam ter sido bem divertidas e nos feito apegar mais aos protagonistas, que não são exatamente pessoas simpáticas (estou olhando para você sim, Mia). Contudo, assim que a nave pousa na Lua, o livro sobe muito de qualidade: não só por nos deixar imaginando qual será o próximo acontecimento, mas também por nos deixar curiosos e sedentos por respostas às mais diversas perguntas que vão aparecendo (e acreditem, são várias!). O clima que Jonah cria nessa parte do livro é impecável: impossível de parar de ler e até mesmo os personagens mais difíceis vão ganhando nossos corações.

É um livro que, graças a esse momento, me deixou um gostinho muito forte de quero mais!!!, principalmente porque eu acho que se, o autor tivesse se dedicado um pouco mais a resolução, a história se fecharia melhor. Afinal, com uma temática dessas, o final da história, apesar de extremamente interessante e a cara do livro, também nos deixou com vários questionamentos na cabeça que, por mais que eu busque, não são encontrados na história.

A edição do livro também contribui ao clima da história, com algumas fotos para ajudar nossa imaginação e toda uma divisão que só dá maior destaque aos acontecimentos, ficou bem bonita.
- Estou começando a achar que não deveríamos mesmo ter voltado à Lua. (pág. 179)
Jonah Harstad ficou, entretanto, no meu coração, principalmente por abrir meus olhos a essa temática maravilhosa que é viagens no espaço e tudo relacionado a ele num geral. É algo medonho, e interessante, e imenso, e complicado, e pode render muito assunto bom. Esse livro, com toda a certeza, não é perfeito, mas funciona muito bem como uma leitura rápida, interessante e que nos deixa grudados na cadeira só esperando a próxima cena.

P.S.: Me bateu uma vontade TÃO GRANDE de ver Alien depois de ler esse livro que vocês não têm ideia.

4 viagens desastrosas a Lua (sem vítimas!)


Autor(a): Jonah Harstad
Editora: Novo Conceito
Ano: 2015
Páginas: 288
Nome original: Darlah - 172 timer på månen
Coleção: -

Começando o projeto com a minha estação favorita sem dúvida alguma (é quando eu nasci, então eu obviamente amo), a Primavera representa recomeços. Com o brotar das flores, nós trocamos a palheta então cinzenta para cores mais alegres e diversificadas. Isso traz a sensação de que, assim como a Natureza, nós também fazemos parte de um ciclo maior que nós e que sempre podemos nos reconstruir.

(Eu juro que eu tentei fazer um banner legal, mas esse foi o melhor que eu consegui!)

Como alguns leitores do blog sabem, eu adoro música e adoro falar sobre isso. É sempre legal descobrir algum artista, seja ele novo na carreira ou já experiente, porque dá aquela sensação maravilhosa que a música, por mais que pareça uma mesmice às vezes, sempre tem uma surpresinha no aguardo da nossa descoberta. 

E é assim que eu me sinto com relação a esses artistas: um misto de AINDA BEM QUE EU TE ENCONTREI! e POR QUE NÃO ENCONTREI ANTES? e como a maioria só tem um álbum lançado, super válido vocês também começarem a acompanhá-los logo!

Ah, pra quem ficou curioso e quer ouvir mais músicas desses queridos, fiz uma playlist no Spotify com algumas muitas, na verdade músicas para que vocês conheçam melhor, pra ouvir é só clicar aqui!


Esse moço canadense (CANADÁ ESTÁ COM TUDO!) é o que mais lançou coisas até agora, e seu último álbum, Beauty Behind the Madness, é o segundo de estúdio. Vocês talvez já conheçam ele pela parceria maravilhosa com a Ariana Grande, Love Me Harder, ou pela trilha sonora de 50 tons de cinza com Earned It. De qualquer forma, Abel Tesfaye é um daqueles caras cuja voz é tão linda, tão sensual e tão impecável que não tê-lo em sua playlist é um crime de ignorância. Ele já tá fazendo bastante sucesso nos Estados Unidos e no Reino Unido, merecidamente, e vocês têm que ouvir The Hills (além de todas já citadas!).



Sabe aquelas cantoras que surgem do nada, às vezes, e te conquistam de uma forma incrível? Tori é exatamente isso para mim. Com apenas 22 anos, a menina americana lançou esse ano seu álbum de estreia, Unbreakable Smile, depois de vários EPs muito gostosos. É um pop delicioso e com sentimentos à flor da pele, acompanhado de uma voz divina, como se bem nota em Personal ou Dear No One ou, sua música mais famosa, Nobody Love. Ou todas as faixas do álbum, que toca quase sem parar no meu iPod.



Meu último vício - e sem previsão de término - tem nome: Cry Baby, o álbum de estreia dessa moça de apenas 20 anos!!! Melanie já participou do The Voice, mas fui conhecer seus talentos graças a American Horror Story, que na temporada passada nos apresentou a Carousel, uma das faixas mais divertidas e macabras da cantora. Seu álbum é impecável, com faixas totalmente interligadas que contam uma história complicada, com assuntos pesados, mas liricamente incrível. Vale muito a pena escutá-lo inteiro justamente por isso, mas recomendo principalmente Dollhouse, Mrs. Potato Head e Mad Hatter (mas sério, vocês deviam mesmo ouvi-lo. Inteirinho. Vinte vezes seguidas).



A dupla nacional que eu mais estou amando ultimamente! Ana e Vitória são duas meninas lá do Tocantis e já lançaram um EP homônimo, o que só nos deu um gostinho do talento das duas. Para quem diz que a música contemporânea nacional está com falhas, pode provar essas músicas e ver como nós ainda temos artistas muito legais por aqui. Como elas divulgaram APENAS SEIS MÚSICAS até agora, é bem fácil ouvir sua discografia, ma recomendo demais Chamego Meu, além da música abaixo.


E aí, já conheciam algum deles? Lembrou de alguém que você também ama e quer que todo mundo ouça junto (sim, sou dessas!)? Comenta aqui a sua indicação e sua opinião sobre as minhas!

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Minha primeira experiência com a Rainbow foi em Fangirl e, como o resultado foi bem positivo e os elogios me garantiam que não seria o único, resolvi me aventurar na sua obra mais famosa: Eleanor & Park, uma história sobre primeiro amor bem diferente das que estamos acostumadas.

Esse livro pequeno e azul está na minha estante há alguns meses, mas por falta de tempo e motivação, talvez, eu ainda não tinha pensado em sua leitura. Contudo, uns tempos atrás eu estava querendo ler algo diferente e então me lembrei dele. Mesmo assim, como eu sabia pouquíssimas informações de sua história, minhas expectativas estavam baixas.

Oi, gente, tudo bem com vocês?

Então, eu estava pensando esses dias sobre coisas diferentes que poderiam aparecer no blog... E então eu tive essa ideia, que eu planejo, ao início, durar um ano: resolvi que, a cada estação que começar, farei um especial onde indico livros, músicas e, às vezes, filmes e séries que para mim tem tudo a ver com ela.

Como Setembro é o mês que aqui no Brasil começa a Primavera, planejo lançar em breve um post com algumas indicações para esses próximos três meses. Em Dezembro teríamos outro post, com o tema verão, em março o outuno e, por fim, junho com o inverno. 

É um projeto um pouco maior do que eu normalmente planejaria, mas como eu já queria há um tempo indicar algumas coisas pra vocês, achei que combinaria bem. Me digam o que acham e se têm alguma ideia.

A gente se vê por aí em Setembro! <3


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No final do ano passado, um verdadeiro burburinho começou a se formar ao redor de mais uma adaptação cinematográfica de um best-seller: Garota Exemplar. Eu que já tinha visto o livro nas livrarias mas nunca realmente me interessei, não fazia parte dessa comoção, até ouvir muitos, muitos (mesmo!) elogios sobre o filme e fiquei bem curiosa, indo vê-lo logo que possível. E gente. Por que, eu pensei comigo mesma, me privei de um filme tão bom? Atuações ótimas, uma fotografia muito boa mas, principalmente, um roteiro maravilhoso. E eu sabia que isso estava intimamente ligado ao fato de que o livro, provavelmente, era bom também.