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♥ Leitura do Momento:
Nada ainda ;)

 Li Essa Semana:   
- Os Adoráveis, de Sarra Manning.


Eu já conhecia esse livro por causa das blogueiras internacionais e até achava que seria uma leitura interessante, mas nunca me animei muito. Talvez porque o tema não é algo que eu costumo ler, mas quando vi que a Novo Conceito iria lançar, me animei e resolvi dar uma chance para a Deb me conquistar.

E sim, eu tenho que dizer, a escrita dela é linda. Incrível, de verdade, do tipo tocante, que sabe expressar sentimentos como poucas pessoas conseguem. Deb conta a difícil história de Clara, que até um tempo atrás era uma típica adolescente, até conhecer Christian que, a primeiro momento, lhe pareceu o amor da sua vida e, o melhor, ele também sentia isso. Logo, começaram a namorar, ficaram próximos, eram o mundo um do outro, nada podia ser mais perfeito... Isto é, até Christian começar a agir esquisito, querendo controlar tudo o que Clara faz ou deixa de fazer. Perguntando onde ela estava, criando suspeitas em lugares insuspeitáveis (essa palavra existe? Haha).

Nós ficamos sabendo de toda essa história e seus detalhes aos poucos, contada pela própria Clara, algum tempo depois, quando se muda para Bishop Rock, uma ilha bem longe de onde costumava morar, tudo por causa de Christian. É a própria Clara que narra a história inteira, intercalando capítulos no presente, já em Bishop Rock e no passado, desde a primeira vez que viu Christian a namorarem e as coisas começarem a sair do controle.

Com isso, nós realmente entramos na cabeça da menina e, gente, é realmente uma situação horrível que Clara está passando. Não vou mentir, achei que ela demorou muito tempo para sacar que as coisas com Christian estavam erradas – mas o interessante é que ela própria admite isso, no presente e nos faz pensar em quantas coisas nós deixamos passar... Ou como nós julgamos rapidamente as pessoas, sem ao menos pensar ao fundo como deve estar na pele delas. Esse livro faz a gente pensar muito nisso e eu adorei isso. Eu já disse e vivo repetindo que odeio protagonistas fracas e sem atitude, mas nesse caso, apesar de todos os “poréns”, vemos uma protagonista esperta caindo no precipício e só notando isso quando está a 10 metros de se esborrachar no chão. Isso deixa bem claro uma coisa: essas coisas podem acontecer com qualquer pessoa, da mais inteligente a mais ignorante.

Clara é uma menina que vai ficar pra sempre marcada por esse acontecimento, mesmo que supere completamente esse relacionamento e consiga seguir em frente, ela sempre terá essa memória.

Enquanto entramos na mente da Clara e vemos o seu passado, também conhecemos o seu presente. É verão e enquanto todos os seus amigos já estão pensando na faculdade, ela nem tem cabeça pra isso. Seu pai, Bob Oates, um famoso escritor de mistérios, resolve que está na hora de uma mudança de ar e é por isso que mudam de cidade. Aliás, eu fiquei muito em dúvida sobre esse personagem. Bob é um pai amoroso, interessante, inteligente, mas ao mesmo tempo sempre achei que ele escondia alguns segredos da filha, esses segredos que, ao se mudarem para Bishop Rock, vão aos poucos sendo revelados, o que deu um toque diferente à história, pois não focou em uma coisa.

E, é claro, também há um romancezinho no ar. Clara conhece Finn e Jack, dois caras que viveram a vida inteira em Bishop Rock e cuidam de um barco que usam para fazer passeios com turistas. Clara acaba ficando próxima de Finn, que demonstra ser um ótimo recomeço, porque é um cara bem compreensivo. Pra ser honesta, eu não gostei nem desgostei desse personagem, o que eu achei ruim. Na verdade, não acho que seria necessário um novo romance para Clara, sabe? Seria mais legal – e diferente – se ela tivesse um verdadeiro amigo, porque é o que ela realmente precisava.

Num geral, é uma história muito bonita, com uma mensagem bem legal. Apesar de não ser um livro perfeito, a temática é bem interessante, então pra mim valeu muito a pena. O que eu mais gostei foi a forma como a Clara contava a história, de um jeito como se estivesse conversando com uma amiga, sendo honesta e expressando seus sentimentos. Se você curta livros um pouco mais profundos, é uma boa pedida.

P.S.: Só notei isso agora, mas gente, sabe os dois irmãos que tem no livro? Existem dois vloggers britânicos, que são irmãos gêmeos, com os mesmos nomes! Hahaha, achei super curioso isso. Pra quem quiser conhecer, o usuário deles no Youtube é jacksgap (é o Jack que normalmente faz os vídeos e o irmão aparece de vez em quando).

  
(Quatro estrelas)

Autor(a): Deb Caletti
Editora: Novo Conceito
Ano: 2011 (original) - 2012 (Brasil)
Páginas: 313 (original) - 272 (Brasil)
Nome original: Stay
Coleção: -
Sabe aquele livro que, antes mesmo de você saber ler livros em inglês direito, você quer ler? Que acha a capa incrível, a história superinteressante e que pensa que vai ser uma ótima leitura? Esse livro era tudo isso. Pra vocês terem uma ideia, o livro foi lançado em 2009 e acho que no ano seguinte eu já estava querendo lê-lo, mas acabei esperando até a Galera Record lançar aqui.

Jenny Han nos conta sobre Belly, uma menina cuja vida é medida em verões. Ela literalmente vive por três meses do ano, quando sai da sua cidade e vai para a casa da praia da melhor amiga da sua mãe, em Cousins Beach. Lá, ela, seu irmão mais velho, Steven, e os dois filhos de Susannah, a melhor amiga da sua mãe, Conrad, o mais velho e mais introspectivo e Jeremiah, o mais novo e mais extrovertido, passam os melhores dias da sua vida.

“E aquele momento entre nós, frágil e tênue, partiu-se ao meio. Terminou. Não adiantava imaginar o que ele ia dizer. Momentos, quando se perdem, não podem ser reencontrados. Simplesmente se vão.” (pág. 162)

Prestes a fazer 16 anos, Belly está louca por esse verão, porque finalmente poderá ser tratada como uma adulta pelos meninos e também porque é provavelmente o último ano em que todos eles estarão unidos na praia. Por isso, tudo tem um toque meio de despedida, meio triste. Além da Belly nos contar sobre o verão atual, ela também mostra alguns flashblacks, de outros verões, desde quando ela era bem pequena. Isso foi bem bacana, porque mostrou como a protagonista e seus amigos foram mudando.

No entanto, eu não gostei muito da história em si. Eu fiquei esperando alguma coisa incrível acontecer, por causa da sinopse, mas nada de mais acontecia. Belly claramente tinha uma queda por Conrad, apesar de começar a namorar outro menino, Cameron, que conheceu numa festa, e mesmo assim nada acontece entre eles. Pra falar a verdade, nem deu pra sentir a química direito. Além disso, não curti o Conrad não. Ele, para mim, aparentou ser apenas um babaca arrogante, que não tem noção sobre o efeito que causa nas outras pessoas. Seu irmão, Jeremiah, era bem mais legal e fiquei chateada por ele não ter tanto espaço na história quanto eu achei que teria.

“Para mim não havia, nem há, nada melhor do andar na praia tarde da noite. Parece que a gente pode continuar andando para sempre, como se a noite toda fosse nossa, e o oceano também. Quando a gente anda na praia à noite, podemos dizer coisas que não se pode dizer na vida real. No escuro, a gente pode se sentir realmente próxima das pessoas. Pode-se dizer o que se quiser.” (pág. 181)

Mas sabe o que eu achei que ia acontecer? Eu achei que ia rolar um triângulo amoroso entre os dois irmãos e a Belly. Sério. Não sei por que eu pensei isso, mas se a autora queria deixar isso implícito, comigo não funcionou não. Eu simplesmente achei que seria uma coisa, mas acabou sendo um livro totalmente diferente.

E não que foi uma má leitura, mas eu simplesmente esperava uma escrita bem melhor. Eu até gostei um pouco da Belly, mas foi uma coisa meio sem graça, ela era legal e tal, mas às vezes agia como uma criança pequena. Eu simplesmente não entendi aonde a autora queria ir com a história.

“Perto do final do verão, tudo começou a ficar mais lento, e deu para sentir que estava para acabar. Era como nos dias que éramos dispensados de ir à escola por causa da neve. Uma vez, por causa de uma nevasca intensa, passamos duas semanas inteiras em casa. Depois de algum tempo, a gente simplesmente sente vontade de sair, nem que seja para ir à escola. O mesmo acontecia na casa de veraneio. Até mesmo o paraíso pode ser sufocante. Sentar na praia sem fazer nada é bom até começar a ficar chato, e aí a gente sente vontade de voltar para casa. Eu me sentia sempre assim uma semana de nós voltarmos da praia. E depois, naturalmente, quando chegava a hora de ir embora, nunca sentia vontade de ir. Queria ficar lá para sempre. Era um beco sem saída, uma verdadeira contradição. Porque assim que a gente se sentava dentro do carro e se afastava da casa de praia, eu só sentia vontade de pular e voltar correndo para lá.” (pág 274/275)

Claro que, sem dúvidas, a narrativa era interessante, porque li o livro bem rápido e, por não serem capítulos muito longos, a leitura fluía bem. Ainda estou curiosa com a continuação, Sem você não é verão, mas minhas expectativas vão estar bem menores dessa vez.
Uma das coisas que eu gostei foi que, além da parte do romance, a Jenny também mostrou outros problemas, como o fato de que Susannah, que a Belly trata como se fosse uma mãe para ela (e às vezes melhor) está doente e as consequências disso tudo para o resto das pessoas. Isso foi bem bolado e é um dos motivos do por que eu estar curiosa com o segundo volume, porque Susannah foi um ótimo personagem e quero muito saber o que acontece com ela.

SPOILERS! “Não sabia o que dizer a ele. Eu amava Conrad, e provavelmente sempre amaria. Passaria a vida inteira amando-o, de um jeito ou de outro. Talvez me casasse, talvez tivesse uma família, mas não ia importar, porque uma parte do meu coração, a parte onde o verão vivia, sempre pertenceria a Conrad.” (pág. 275)

O final foi, literalmente, o que mais me surpreendeu. Eu realmente não esperava nada disso, então quando aconteceu, eu fiquei “O quê? Como assim? JENNY HAN!!!!!”, porque deixou um gancho enoooorme.

No final das contas, é uma boa história de verão. Se vai te surpreender? Provavelmente não, mas mesmo assim, se surgir a oportunidade, dê a chance, pois pode funcionar com você melhor que comigo.

 3 estrelas - 7,5

Autor(a): Jenny Han
Editora: Galera Record
Ano: 2009 (original) - 2011 (Brasil)
Páginas: 276 (original) - 288 (Brasil)
Nome original: The Summer I Turned Pretty
Coleção: Verão, #1
Meme semanal hospedado pelo Lost in Chick Lit, onde compartilhamos pequenas informações sobre a nossa semana literária. Tendo como principal objetivo encorajar a interação entre os blogs literários brasileiros, fazer amizades e conhecer um pouquinho mais sobre outras pessoas apaixonada por literatura. Tem interesse em participar? Saiba como aqui!

♥ Leitura do Momento:
- Os Adoráveis, de Sarra Manning.

 Li Essa Semana:   
Belle, de Lesley Pearse.

Meme semanal hospedado pelo Lost in Chick Lit, onde compartilhamos pequenas informações sobre a nossa semana literária. Tendo como principal objetivo encorajar a interação entre os blogs literários brasileiros, fazer amizades e conhecer um pouquinho mais sobre outras pessoas apaixonada por literatura. Tem interesse em participar? Saiba como aqui!

♥ Leitura do Momento:
- Belle, de Lesley Pearse.
Relendo: Percy Jackson #1: O Ladrão de Raios, de Rick Riordan.

 Li Essa Semana:   
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Seção inspirada no  "In my Mailbox" do blog  The Story of Siren, em que compartilhamos os livros que chegaram pelo correio, no meu caso, não necessariamente semanalmente. 

Boooom sábado, pessoal!

Dessa vez, venho mostrar as coisas legais que chegaram da Novo Conceito nessa última semana. Muitos livros que prometem...


Oi, pessoal!

Eu raramente falo de música por aqui, apesar de ser uma parte fundamental da minha vida. No entanto, nesses últimos tempos a sua presença tem se tornado ainda mais forte com o retorno de grandes divas (oi Lady Gaga, oi Katy Perry, ainda tô te esperando, Beyoncé!). 

No entanto, no meio de tanta gente já tão reconhecida, eis que aparece essa jovem mulher, com o nome artístico de Porcelain Black. A primeira vez que ouvi falar da tal figura foi no It Pop (meu site favorito de notícias envolvendo famosos) e a primeira vez que ouvi sua voz, a achei meio diferente, mas não amei de cara. Contudo, ela vem fazendo uma divulgação massiva, liberando novas músicas e acabei me rendendo à voz rouca - mas deliciosa - de Porcelain.

Pra quem quiser conhecê-la melhor, eis aqui uma pequena biografia:

Alaina Marie Beaton, mais conhecida como Porcelain Black, nasceu no dia 1º de outubro de 1985 (27 anos) no estado de Michigan, Estados Unidos. Inicialmente, ela assinou com uma gravadora com o nome de "Porcelain and the Tramps", mas devido a problemas entre ela e a gravadora sobre o estilo musical que ela seguiria, acabou que não saiu álbum nenhum. No entanto, as músicas já gravadas foram liberadas no MySpace, fazendo-a ficar bem famosa na Internet (pra variar). Três anos depois de finalmente ser liberada dessa gravadora, ela assinou com o RedOne (o mesmo produtor de Lady Gaga). Depois de fazer uma música com Lil Wayne (This Is What Rock n' Roll Looks Like), ela foi convidada pelo mesmo para participar de sua tour, abrindo os shows. Uma das suas características mais marcantes - na aparência - é o cabelo de duas cores, metade loiro, metade preto. Segundo a própria, seu estilo musical é uma mistura de Britney Spears e Marilyn Mason e é muito comparada com Lady Gaga e Joan Jett. Além disso, ela já escreveu músicas para o One Direction (!!!!), Orianthi e Belinda, entre outros.

Mas de qualquer forma, isso aí são só curiosidades, o que vocês têm mesmo que fazer é dar uma chance pra Porcelain te conquistar.

Minhas músicas favoritas dela são Rich Boi e Mannequin Factory. Pra quem não sabe, um álbum chamado "Mannequin Factory" vai ser lançado ainda este ano, então, fiquemos no aguardo.


Não sei se vocês sabem, mas eu amo a Stephanie Perkins graças ao seu primeiro livro, Anna e o beijo francês, que é a coisa mais meiga e fofa do mundo - e, vira e mexe, estou recomendando para as pessoas lerem, porque vale totalmente a pena. E, quando você conquista o público desse jeito logo no seu livro de estreia, pode ser complicado mantê-lo apaixonado pela sua escrita nos próximos. Isso era o meu maior receio em relação a Lola e o Garoto da Casa ao Lado, uma companion novel de Anna. Eu tinha altas expectativas e odiaria me decepcionar...

A história conta a vida de Lola Nolan, filha adotiva de Nathan e Andy e uma menina que sabe tudo sobre moda e faz o seu próprio estilo, com roupas diferentes, combinações inusitadas e perucas coloridas. Eu achei super legal a protagonista ser tão despojada, do tipo que não liga para a opinião dos outros e simplesmente faz e usa o que quer. Lola tem opinião e sabe o quer da vida. Seu namorado, Max, é mais velho e tem uma banda, o que faz com que seja completamente reprovado no teste de namorado por seus pais. Mesmo assim, Lola o ama e não se importa com isso, porque sua vida, até então, é quase perfeita.

“Precisava que ele me tocasse. Estava obcecada com o modo como as mãos dele nunca paravam de se mexer. O modo como ele esfregava uma na outra quando estava agitado, o modo como às vezes ele não conseguia evitar, senão bater palmas. O modo como ele tinha mensagens secretas escritas no dorso da mão esquerda. E os dedos. Longos, entusiásticos, frenéticos, mas eu sabia, por vê-lo construindo suas máquinas, que eles também era delicados, cuidadosos, precisos. Eu fantasiava sobre aqueles dedos.
E estava consumida pelo modo como seus olhos brilhavam toda vez que ele falava, como se fosse o melhor dia de sua vida. E o modo como seu corpo inteiro se inclinava em direção ao meu quando era minha vez de falar, um gesto que mostrava que ele estava interessado, que estava escutando. Ninguém nunca tinha movido o corpo para me encarar daquele jeito.” (pág. 58)

Porém, tudo muda quando o passado volta a – literalmente – bater na sua porta. Os gêmeos Bell, Calliope, uma ginasta incrível e Cricket, seu amigo de infância, que Lola não via há séculos (e dava graças a Deus por isso), voltam a morar na casa ao lado da sua. Com isso, tudo relacionado a eles que ela sempre tentou esquecer volta à tona. E, de repente, será mesmo que isso tudo não tem um motivo? Será que ela não deveria dar uma chance para essas pessoas, que ela não vê há tempos e podem muito bem ter mudado?

Tudo isso se passa em San Francisco, o que deixa a história ainda mais fofa. A Stephanie tem essa coisa de conseguir me deixar com vontade de viajar, morar em qualquer lugar que ela conta história. Primeiro, com Paris, e agora, com San Francisco! Sério, impossível imaginar aquelas casinhas umas grudadas nas outras sem lembrar-se de Lola. Além disso, achei o plot bacana, com personagens interessantes. A Lola era uma boa protagonista, apesar de não sermos parecidas, eu gostei dela. Só me irritava um pouco por causa do Max, que eu simplesmente não conseguia ir com a cara. Sei lá, mas tenho essa tendência de odiar os namorados das protagonistas quando eles são mais velhos, metidos a roqueiros e essas coisas. Não deve ser meu tipo, hahaha.

“- Foi absolutamente fácil, mas também muito mais complicado do que deveria ter sido.
Ele sorri de volta.
- Essa é a minha especialidade.” (pág. 158)

Mas, de qualquer forma, eu adorei o Cricket! O menino é uma graça, com toda a vibe de cientista criando invenções, anotando coisas nas costas das mãos (eu também tenho essa mania, haha). Sua irmã, Calliope, é um saco, pra falar a verdade. Os dois, por serem gêmeos e estarem sempre grudados – afinal, graças à carreira de Calliope, sua família quase sempre estava se mudando de um lugar para o outro, impossibilitando os irmãos de criarem laços mais fortes com as pessoas dos lugares. Além disso, Cricket é uma daquelas pessoas além da conta de boas, ou seja, faz tudo para a irmã, sempre deixando sua própria vida em segundo plano. Claro que quando ele entra na faculdade as coisas mudam – e é quando eles mudam de volta para San Francisco –, pois daí cada um vai para um canto.

SPOILERS! “- Como você sabia que ela não era a pessoa certa para ele?
Agora, ele está olhando fixamente para as mãos, esfregando-as lentamente uma na outra.
- Eles não tinham aquela... Magia natural. Sabe? Não parecia fácil.
Minha voz se amiúda.
- Acha que as coisas têm que ser fáceis? Para funcionar?
A cabeça de Cricket se ergue subitamente, os olhos saltados como para captar o que eu quis dizer.
- Não. Digo, sim, mas... Às vezes, há... Circunstâncias atenuantes. Que impedem as coisas de serem fáceis. Por um tempo. Mas daí as pessoas superam essas... Circunstâncias... E...
- Então, você acredita em segunda chance? – Mordo o lábio.
- Segunda, terceira, quarta. O que for preciso. Por mais tempo que leve. Se for a pessoa certa – ele acrescenta.
- Se essa pessoa for... A Lola?
Dessa vez, ele retém meu olhar.
- Só se a outra pessoa for o Cricket.” (pág. 231)

Todos os personagens são legais, mas tenho que destacar alguns: Lindsey, a melhor amiga super divertida de Lola, é bem legal. Os pais dela, já citados, são super engraçados. Sabe aqueles pais super protetores? Exatamente. Mesmo assim, eles se preocupam com a filha e fazem tudo por ela. E isso é lindo, viu! Mas, claro, quem roubou os holofotes no quesito coadjuvantes foram... Adivinhem... Anna e St. Clair!!! (eles merecem todos esses pontos de exclamação) Caramba, como eu estava com saudade desses dois! Eles são incríveis e, sem dúvida alguma, os momentos deles com a Lola foram sempre legais. A Anna e o St. Clair trabalham no mesmo cinema que Lola e agora estão estudando numa faculdade por lá, de Cinema (se não me engano), curiosamente a mesma faculdade de Cricket. Eu amei isso e quero dar um prêmio pra Stephanie por ter feito isso, ela sabe usar bem as cartas que tem na manga.

A forma como Lola foi, aos poucos, se dando conta de que talvez ela não soubesse tudo que queria da vida foi interessante e vê-la se reaproximando de Cricket, alguém que já foi tão importante em sua vida (e mesmo que ela não admitisse, ainda era um pouco), foi muito lindo de se ver, porque os dois se dão muito bem e eu amei ver a interação. A Lola também vai, em pedaços, contando por que nunca mais queria ver os irmãos Bell e, além disso, mostrando como sua vida era quando eles moravam lá em San Francisco, o que eu achei bem legal, porque nos ajudava a entender melhor a própria protagonista, mesmo que eu ache que o motivo de ela ter tanto medo desse reencontro não muito forte, é algo que você só entende mesmo se passa pela situação.

SPOILERS! “Ele toma minha mão e a aperta. Com a outra, puxo para cima a pare inferior do vestido. Os coturnos de plataforma assumem a dianteira. E eu mantenho a cabeça erguida para minha grande entrada, de mãos dadas com o garoto que me deu a Lua e as estrelas.” (pág. 285)

Outra coisa que também é abordada é o fato de que Lola é adotada. Seu pai nós não sabemos ao certo quem é, mas sua mãe é uma alcóolatra que vira e mexe aparece na soleira da sua porta, porque um dos pais adotivos de Lola é nada menos que o irmão dela. Eu não gostei nem um pouco da Norah no início, mas aos poucos, ela vai se recuperando, o que nos deixa ver que talvez, num futuro próximo, ela possa ser uma mãe decente pra Lola.

No entanto, mesmo eu tendo achado a história fofa, achei que faltei um tiquinho pra virar um all-time favorite. É boa, despretensiosa e perfeita pra ler e ficar feliz, mas não chegou ao nível de Anna, talvez por causa de algumas atitudes da Lola que, para mim, foram meio idiotas. Não me instigou a continuar lendo tanto quanto eu esperava, apesar da narrativa ser boa, faltou aquela faísca.

Mesmo assim, é um livro que vale muito a pena ler, principalmente se você gosta da autora, se sente falta dos personagens de Anna e se adora uma história que vai te deixar com um sorriso no rosto.
  
(Quatro estrelas)

Autor(a): Stephanie Perkins
Editora: Novo Conceito
Ano: 2011 (original) - 2012 (Brasil)
Páginas: 338 (original) - 288 (Brasil)
Nome original: Lola and the boy next door
Coleção: companion novel de Anna e o beijo francês, #2
Meme semanal hospedado pelo Lost in Chick Lit, onde compartilhamos pequenas informações sobre a nossa semana literária. Tendo como principal objetivo encorajar a interação entre os blogs literários brasileiros, fazer amizades e conhecer um pouquinho mais sobre outras pessoas apaixonada por literatura. Tem interesse em participar? Saiba como aqui!

♥ Leitura do Momento:
- Belle, de Lesley Pearse.
Relendo: Percy Jackson #1: O Ladrão de Raios, de Rick Riordan (vi Mar de Monstros semana passada e bateu saudades).

 Li Essa Semana:   
- Simplesmente Ana, de Marina Carvalho.