Uma bela história, romântica como todos nós já sonhamos em ter. E, claro, com algumas tragédias, porque não há romance sem perdas. A casa das orquídeas se trata de, acima de tudo, uma história de amor trágica. E, no entanto, não dá pra apontar culpados exatos. Nós conhecemos um pouco de cada um dos personagens, sejam os do presente ou os do passado, vemos seus comportamentos e, por fim, as consequências de tudo isso.

Tudo começa quando Julia Forrester, uma talentosa pianista, perde o marido e o filho numa tacada só. Completamente arrasada, ela volta a morar perto da família, na Inglaterra, e acaba descobrindo que Wharton Park, uma propriedade onde seu avô trabalhava e ela passou a infância, estava sendo vendida. WP é quase como uma personagem nessa história, sendo a causa de muitos desentendimentos e, ao mesmo tempo, encontros. Até mesmo os personagens admitem que WP sempre faz seus antigos moradores voltarem, mesmo que contra a vontade. Julia acaba descobrindo um diário e, querendo entender a história que lá é contada, procura a avó, que então lhe conta a história do último herdeiro de WP, Harry.

Eu não quero soltar muitas informações, porque esse livro é recheado de acontecimentos surpreendentes e tenho medo de falar coisas demais. Por isso, me aterei às minhas opiniões mais gerais. Eu gostei bastante do livro, apesar de ele não ser muito do meu estilo – porque não gosto de romances muito melosos –, a história é muito gostosa de ler, além de bem criativa. Na verdade, o livro não é daqueles que você lê rápido, você realmente o lê num ritmo mais lento (eu, pelo menos), para ir digerindo os acontecimentos, que são vários e se passam em várias épocas, o que pode ficar meio confuso em alguns momentos, mas que para mim, funcionou muito bem e deu um toque especial à história.

Os personagens são bacanas, a protagonista, Julia, é uma moça muito talentosa, corajosa, mas que ficou muito abalada pela tragédia. Com isso, eu a achei no começo da história meio lenta, sem motivação, o que vemos que muda conforme a história se desdobra. Fica muito na cara como ela cresceu, como se descobriu e descobriu como lidar com a grande perda que sofreu. Uma personagem que eu adorei foi a avó da Julia, Elsie, que é uma senhora que, apesar de já idosa, ainda é bem ativa e completamente lúcida. Além disso, é ela quem conta a história, de uma forma especial.

Porém, o que eu mais gostei foi que, por ter a história ter várias fases – ela se passa em vários lugares e épocas –, minha opinião foi mudando conforme as coisas aconteciam. Se, por exemplo, eu achava que uma coisa se resolveria de uma forma, alguns capítulos depois eu torcia para que acontecesse outra coisa. Isso mostra como até mesmo nós somos volúveis, mudamos de opinião. E, nessa história, isso é uma questão bem importante. Pessoas que sempre acreditaram em algo, que acharam que algo sempre seria de uma forma, acabam sofrendo mudanças e se transformando em outras pessoas completamente diferentes.

Claro que, conhecendo o presente, sabemos que as coisas não deram certo no passado totalmente, mas, mesmo assim, me peguei torcendo para que, de alguma forma, as coisas se resolvessem. Não só eu, mas os personagens também sentiam vontade de mudar o que aconteceu tanto tempo atrás. Eu pensei que ficaria insatisfeita, portanto, com o fechamento da história, mas a solução feita pela Lucinda foi inteligente e eu curti.

É uma história de amor, como disse no começo da resenha, mas também é uma história sobre sacrifícios, não só relacionados com o amor. Nem sempre a vida é feliz, nem sempre você fica com quem você ama, mas nem por isso tudo é terrível. Exatamente como na vida real, nós sempre temos ganhos e perdas, tornando o livro próximo da realidade e uma bela história para se ler.
  
(Quatro estrelas)


Autor(a): Lucinda Riley
Editora: Novo Conceito
Ano: 2012 (Brasil) -  2010 (Original)
Páginas: 560 (Brasil) -  449 (Original)
Nome original: The Orchid House
Coleção: -

Distópicos são o estilo literário do momento, junto com os livros mais sensuais. Logo, é normal que as estantes fiquem cheias de livros com o mesmo tema. Por isso, eu não esperava muita coisa de Starters. Honestamente, achei que seria um livro bem normal, legal, mas com nenhum diferencial.

Porém, eu estava – felizmente – enganada. Apesar do começo do livro ser lento, depois que as coisas começam a acontecer, é impossível não entrar na história que Lissa Price está nos contando. A sociedade é um dos pontos fortes desse livro. Segundo o que sabemos (o que é bem pouco, infelizmente), houve alguma guerra tempos atrás e uma doença que matou todas as pessoas entre 20 e 60 anos. Além disso, os avanços tecnológicos conseguiram fazer com que os sobreviventes com mais de 60 – chamados de Enders – vivessem mais.

Com isso, os jovens que não possuíam avós, dinheiro ou contato ficaram desamparados, o que fez com que eles tivessem que morar na rua, se escondendo dos Enders que querem levá-los a uma espécie de orfanato, mas mil vezes pior – as Instituições. Callie, nossa protagonista, é um desses casos. Ela e seu irmãozinho, Tyler, vivem se escondendo. Tyler tem uma doença e precisa de cuidados médicos, mas como não têm dinheiro, não há como tratá-lo. Além dos dois, há o amigo de Callie, Michael, que costumava morar na mesma rua que ela, mas os dois só acabaram se aproximando depois que perderam os pais.

Para conseguir dinheiro para o tratamento de Tyler, Callie resolve fazer uma decisão difícil – emprestar seu corpo a Prime Destinations, uma empresa que pega os corpos dos jovens e os alugam para os Enders durante certo tempo. Porém, o aluguel de Callie dá errado e ela acaba acordando antes da hora. É aí que ela acaba conhecendo Blake, um jovem encantador, bonito e charmoso, de quem ela acaba gostando (apesar de que antes ela gostava do Michael... Ou quase isso).

Apresentado o contexto, tenho que dizer: os personagens desse livro são muito bons! Incrivelmente, eu gostei da Callie. Ela já sofreu muito na vida e durante a história, temos alguns flashbacks da sua vida anterior, com os pais, e isso é bem legal, porque vemos como coisas simples na verdade são tão valiosas. Além disso, eu torcia para que ela conseguisse se dar bem. Tá certo que ela se metia em muita confusão, mas mesmo assim... Além dela, gostei muito do Blake (!!!! – quem leu o livro me entende).

E há muitas surpresas. Eu, pelo menos, várias vezes pensava que a história seria de um jeito, mas ela tomava um caminho totalmente diferente. O final, gente... O que foi aquilo? Aposto que todos que leram, ficaram morrendo pela continuação (e conclusão), porque a Lissa foi cruel de acabar a história naquele super cliffanger.

Por todos esses motivos, eu indico muito Starters. Distopia é um dos meus gêneros favoritos e, sem dúvida, Starters se destaca nisso, porque tem muitas qualidades, além de uma narrativa gostosa e que não nos deixa parar de ler.

+ Favorito!

(5 estrelas - 10,0)

Autor(a): Lissa Price
Editora: Novo Conceito
Ano: 2012 (Brasil) -  2012 (Original
Páginas: 368 (Brasil) -  352 (Original)
Nome original: Starters

Coleção: Starters, #1

Passando por aqui rapidinho só pra divulgar o vencedor do Top comentarista de Junho...

Poucas pessoas participaram, apenas três, que geraram 36 entradas. Fiquei um pouco decepcionada, porque das outras vezes vocês participaram bem mais, mas mesmo assim, obrigada pra todo que participou.

E, após o sorteio, o número vencedor foi...


E o número 13 é...


Parabéns, Nathalia Cros!

Você foi a ganhadora doterceiro top comentaristas do blog. Em breve estarei enviando um email pra você e você deve respondê-lo com suas informações em até 72 horas (até 012/07/13), ou serei obrigada a fazer outro sorteio.

Pra quem não ganhou, não desanime! Promoções sempre acontecem e na próxima você pode ser o vencedor ;)

Bom dia, gente.

Eu sei que essa promoção já terminou há séculos, mas final de semestre é uma confusão pra todo mundo, então acabei lerdeando (existe?) para divulgar o vencedor.

Porém, vamos antes falar algumas estatísticas: essa foi a promoção com mais entradas no blog desde que começamos a usar o Rafflecopter, com 1.381 entradas, resultado da participação massiva de 16 pessoas. No entanto, apenas uma pode levar esses dois kits para a casa. Vamos ver quem é?

BUM-BUM-BUM-BUM...

E o vencedor é...

Parabéns, Yassui Fortes!!!

(Gente, é a terceira vez que essa menina vence no blog... Me expliquem como ela faz isso. Apenas!)

Estarei mandando um email a você e você tem que me responder em até 72 horas (até07/07/13), ou serei obrigada a fazer outro sorteio.

Pra quem não ganhou, continuem participando :)
Meme semanal hospedado pelo Lost in Chick Lit, onde compartilhamos pequenas informações sobre a nossa semana literária. Tendo como principal objetivo encorajar a interação entre os blogs literários brasileiros, fazer amizades e conhecer um pouquinho mais sobre outras pessoas apaixonada por literatura. Tem interesse em participar? Saiba como aqui!

♥ Leitura do Momento:
- Kiki Strike e a Cidade das Sombras, de Kirsten Miller.

 Li Essa Semana:   
- Meu Amor, Meu Bem, Meu Querido, de Deb Caletti.