Eu adoro, de verdade, a maioria das histórias narradas por menino – vide Percy Jackson, uma das séries que mais amo e é narrado pelo Percy, um personagem muito bem-construído e White Cat, o primeiro da série Curse Workers, narrado pelo Cassel, um cara muito inteligente e com um poder muito grande na mão. Então, quando vi que esse livro seria narrado por um menino, logo me animei – afinal, sendo escrito por dois caras jovens, as chances de sair alguma coisa interessante eram grandes.

“Não acreditei. Como assim um sinal divino? Hã? Como assim? Qualquer coisa que viesse a ser um sinal era mera questão de interpretação. Não era justo, por que fazer aquilo comigo? Eu não merecia. E quanto tempo ia demorar até eu receber um sinal? Para mim, o maior sinal é o que sentimos e não existe prova maior de que a vontade de ficar junto e fazer o parceiro feliz.” (pág. 23)

Não posso dizer que o livro é de todo ruim – ele é simplesmente regular. Um regular bom para passar o tempo, por assim dizer. A história conta a vida do protagonista (que até agora não descobri o nome, falando sério. Procurei, mas não achei! Por favor, me digam qual é!), um cara da classe média/alta de São Paulo, se não me engano. Ele é um daqueles “garanhões”, mas sem ser exatamente isso – ele acaba se envolvendo com várias garotas, por ser, de fato, bonito, mas acaba não se conectando de verdade com nenhuma delas, o que acaba machucando algumas. Porém, tudo muda quando ele conhece Juliana, uma menina um pouco mais nova que ele, mas que o encanta demais. É então que vemos o “vai-e-vem” desse namoro, além de um pouco de sua vida antes de conhecê-la.

“– Tem vários motivos para você não ficar com ela.
– Enquanto existir um motivo para ficar com ela, prefiro apostar nesse motivo – disse, provocando o silêncio. Luciano demorou a responder.
– Você viu isso em um filme?
– Não, mas foi legal o que eu disse, não é? – estava analisando a minha fala em silêncio também. – Soou legal!
– Você viu isso em um filme, seu gay! Eu já ouvi isso em algum lugar.
– Juro que não. É que mentes românticas pensam igual – disse, provocando um novo silêncio. Luciano olhou para mim.
– Nossa! Como você é gay! – disse ele, levando as mãos ao rosto.
Gay não! Romântico. É diferente.” (pág. 72)

Como eu disse, o livro não é desagradável, mas está longe de ser perfeito (o que é perfeitamente ok). Apesar de eu não ter muitas expectativas, eu tinha algumas, principalmente em relação à narração, que não se cumpriram completamente. O protagonista é um cara que até agora não sei se gosto ou não – acho que se eu o conhecesse antes da “era Juliana”, teria odiado e, se o conhecesse depois, provavelmente também não teria gostado muito, visto que o namoro deles era meio que... Meloso. Da parte dele, pelo menos (hum, eu já comentei que eu não gosto de romance melado?).

“– (...) Por que você acha que Ele faz isso? Por que algumas pessoas são tão felizes e outras sofrem tanto? Tem tantas pessoas que não merecem sofrer e sofrem, tem gente que não merece ser feliz e é. Por que Ele permite que nós gostemos de pessoas as quais não gostam de nós? Por que algumas crianças nascem em famílias ricas de países de primeiro mundo e outras nascem na miséria da África?” (pág. 141)

Os personagens secundários são até que bem-feitos, algumas histórias até acabam por nos prender, mas, num geral, o livro não tem aquele “clique” que te faz gostar de verdade dele, mesmo que só por apenas algumas páginas. E isso fez falta! Essa vontade de continuar, de descobrir como a história ia acabar. Até que no final as coisas melhoram, porque acabei ficando curiosa em saber como as coisas acabariam – e me decepcionando um pouco. Darei um desconto porque os autores não são experimentes, é o primeiro livro deles e eles não tinham grande experiência com a escrita, já que um escrevia num blog (estilo diário) e o outro gosta da parte tecnológica, não muito ligada (essa pelo menos) à escrever. Não achei muitos erros, pelo que lembro, mas havia alguns, que dava para passar batido e não comprometiam a história.

“– Você é muito gay, para! Que retardado! Nossa! Como você pode ser tão imbecil? Seu gay!
Gay? Eu beijei você – dizia cada vez coisas menos delicadas.
– Como você é baixo.
– Somos dois, pois você tem a minha altura – já que estava irritado o suficiente para não ser mais racional.
– Era para eu dar risada?” (pág. 249)

Acho que a idéia deles foi bem legal, mostrar como um garoto se sente quando se apaixona de verdade, mas o desenvolvimento ficou no meio do caminho – pra começar, eu acabei não acreditando que os meninos ficam assim, todos melosinhos, quando amam. E se esse era o intuito do livro, ele falhou comigo. Enfim, a história tem algumas passagens bem bonitinhas, mas não sei explicar direito, mas uma coisa que estranhei foi a narração – não sei o que foi, mas acho que por serem frases curtas, diretas e simples, ficou, em alguns momentos, meio metódico.

“– E o que você ganha com isso? Acha que ela vai querer voltar com você?
– Sinceramente, acho que não. Sinto mais como se esse livro fosse um ‘direito de resposta’, tem muita coisa que eu queria ter dito a ela e ela não me deu a chance. Mas o que eu quero mesmo é trazê-la de volta para minha vida, o que também acho difícil. Ainda não conheci ex-namorados que se tornaram amigos. Às vezes, a gente tem que abrir mão de certas coisas para ter outras. Só porque eu não posso ter tudo, não significa que eu não queira nada. Quer dizer, eu vou continuar sentindo falta dos beijos, mas pelo vou ter os abraços. Não vou ouvir a voz dela dizer ‘eu te amo’, mas, pelo menos, vou ouvir a voz dela.” (pág. 335)

De qualquer maneira, eu não sei se o recomendaria a vocês, sendo completamente honesta. Se você gosta de romance, uma narrativa meio diferente e uma proposta bem interessante, talvez acabe se interessando – mas não é garantia. Leiam, para tirar a dúvida!

P.S.: Ok, eu tenho que fazer uma observação importante aqui: o que esse livro tem contra gays? Sério, vinha uma briga e bum!, alguém dizendo “nossa, como você é gaysó porque o protagonista quer mostrar os sentimentos; sei que ser meloso é chato, mas o que isso tem a ver com gays? Na boa, não entendo. E, aliás, se isso fosse o significado de ser gay, o que o Ted Mosby, de How I Met Your Mother, seria?!

P.S.: Eu li uma resenha dizendo que o protagonista parecia uma versão masculina da Bella Swan – e eu tenho que dizer, faz sentido!

(Três estrelas - 8,0)


Autor(a): Frederico Devito e Rogério Mendonça
Editora: Novo Conceito
Ano: 2011 (Brasil)
Páginas: 366
Nome original: -
Coleção: -

Meme semanal hospedado pelo Lost in Chick Lit, onde compartilhamos pequenas informações sobre a nossa semana literária. Tendo como principal objetivo encorajar a interação entre os blogs literários brasileiros, fazer amizades e conhecer um pouquinho mais sobre outras pessoas apaixonada por literatura. Tem interesse em participar? Saiba como aqui!

♥ Leitura do Momento:
- A Esperança (Jogos Vorazes #3), de Suzanne Collins.

 Li Essa Semana:
- Cruzando o Caminho do Sol, de Corban Addison;
- Em Chamas (Jogos Vorazes #2), de Suzanne Collins.


Esse livro é exatamente um daqueles exemplos do por que ainda há pessoas que sim, acreditam no amor verdadeiro e único, por haver justamente esses casos “mágicos”. No entanto, eu não sou uma pessoa exatamente romântica – não no estilo “olhei e apaixonei”, sabe? Eu acho que o amor verdadeiro existe, mas não é algo tão fácil de acontecer como alguns livros fazem parecer.

Então, esse livro não fazia exatamente meu tipo, por mais que eu seja romântica (desiludida). A história conta como duas pessoas feitas uma para a outra e com uma longa vida para frente quase perderam a chance de ter um amor verdadeiro por um acidente “qualquer”. Kim e Krickitt são aquele casal que eu adoraria fazer parte – são aqueles que brigam, discutem um pouco, mas se amam mais que qualquer coisa; fariam qualquer coisa para proteger o outro. Após se casarem, indo para uma viagem para passar a Ação de Graças com os pais de Krickitt (a moça, caso você também estranhe o fato de que ele chame Kim e não ela), eles sofrem um gravíssimo acidente, mas, ainda bem, conseguem sair vivos, mas com sequelas – como o fato de que Krickitt não se lembra mais do homem com quem casou. E então vemos um cara muito, muito especial, porque muitos no lugar dele simplesmente desistiriam – mas não ele. Ele resolveu que mostraria a sua esposa do por que ela tinha se apaixonado por ele.

Uma das coisas que eu acho mais terríveis nesse tipo de livro são os momentos antes do desastre – quando nós vemos como os personagens são felizes, são perfeitos juntos, vivem uma vida boa. E então, vem um furacão enorme e põe a vida deles de ponta cabeça. Eu acho esses momentos anteriores terríveis e belos. Eu sofro mais com eles às vezes do que com o depois do desastre.

Então, esse livro tem desses momentos – o casal feliz, bonitinho, junto... E então vem esse acidente, todo aquele sofrimento e, no final, Kim descobre que a esposa, que ama mais que tudo, não se lembra dele direito, tirando alguns pedaços da memória.

Esse livro tem uma lição muito bonita de vida, ainda mais por ser sobre um caso que realmente aconteceu. Não desista do que você ama. Vá em frente. Narrado por Kim, isso tudo se torna mais próximo a nós, porque aconteceu justamente com ele – essa visão em primeira pessoa mostra bem os sentimentos do cara e, honestamente, eu mesma fico pensando que, se estivesse no lugar dele, não sei como aguentaria tudo que ele teve que passar. Nós vemos, então, a reconstrução do amor. Os pequenos passos, alguns sorrisos, alguns passeios, até que Krickitt aos poucos vai reconstruindo o que seu cérebro deletou.

Ele é um bom livro, porém, talvez por ser um caso real, sem “fingimentos”, a narrativa não te prende tanto. Claro, li o livro bem rapidamente, mas grande parte disso foi por ser bem curto. Acho que o que “pegou” na narrativa foi que às vezes, o protagonista simplesmente ficava repetindo alguns pensamentos, alguns acontecimentos, o que me cansou um pouco.
Mesmo assim, é um livro muito legal paras as pessoas que adoram uma boa história de amor, ainda mais sendo real. E que emociona! Sem dúvida, é um ótimo presente para os namorados (foi semana passada, gente!) e, mesmo se você não for a maior fã de romance, dê uma chance – vale a pena só pra te fazer sorrir porque te mostra que sim, ainda há pessoas que se importam com as outras, que se amam, que não fazem tudo só para obter lucro disso.

P.S.: Já notaram como há muitos livros chamados “Para Sempre”? E o mais estranho é que, nesse caso, o título original – The Vow (algo como “O Voto”, como os votos que fazemos antes de nos casarmos e que é bem citado no livro) – não tem muito a ver com o escolhido.

P.S. 2: Obviamente, vocês já sabem que ele virou um filme de mesmo nome. Caso vocês ainda não tenham visto o trailer, dá uma olhada aqui – TOCA ENCHANTED, MINHA MÚSICA FAVORITA DA TAYLOR!

(Três estrelas    8,5)


Autor(a): Kim e Krickitt Carpenter
Editora: Novo Conceito
Ano: 2012 (Brasil) / 2012 (original)
Páginas: 144 (Brasil) / 208 (original)
Nome original: The Vow
Coleção: -


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♥ Leitura do Momento:
- Cruzando o Caminho do Sol, de Corban Addison.

 Li Essa Semana:
- Divergent, de Veronica Roth.


*Resenha do primeiro livro (Beijada por um anjo), do segundo livro (A força do amor), do terceiro livro (Almas Gêmeas) e do quarto livro (Destinos Cruzados).

E, após o final com um grande gancho para o próximo volume de Destinos Cruzados, eu estava até que ansiosa para ler Revelações! Que, aliás, saiu extremamente rápido aqui no Brasil, devo comentar...

Ivy continua tentando ser a menina simples e fofa, que todos são fãs. Porém, após o término de seu namoro com Will, as coisas na casa onde ela mora, junto com Beth e suas amigas de férias, Kelsey e Dhanya, ficam bem tensas. Quando ela começa a notar que Gregory, o espírito do mal que voltou para assombrá-la com a ajuda de Beth, está tomando conta da mesma, ela tenta avisar Will, o único que poderia entendê-la, mas acaba que nem ele mesmo quer ouvi-la, por ainda estar magoado. Enquanto isso, Tristan, ou como agora é conhecido, Luke, continua se escondendo, por ser um suspeito de assassinato. E, para vê-lo, Ivy vai a encontros escondidos e cheio de romance (e blá blá blá).

Devo dizer, uma coisa que não posso negar que essa série tem é o dom de nos fazer ler os livros rapidamente (e de terminar com grandes, enormes ganchos para a continuação!). Não sei se são pelos capítulos curtos, pela narrativa fácil ou simplesmente porque a história é tão... “simples”. O fato é que acabamos lendo e, de vez em quando, ela consegue nos prender de verdade. Todos nós sabemos que a autora resolveu voltou a escrever a série para aproveitar a nova onda de anjos (da qual eu não sou muito fã, tirando a série Hush Hush), então eu simplesmente não espero um roteiro muito criativo para a coleção.

“– Quebrou as regras, Tristan. Quando Ivy sofreu aquele acidente de carro, brincou de Deus. Garotas mortas devem permanecer mortas. Você deu o beijo da vida em Ivy.
– Mas não tentava salvá-la. Não procurava trazê-la de volta à vida. Só queria abraçá-la novamente.
– Lamentável.
– Queria to.. Tocar seu rosto uma vez mais. Tudo o que queria era um último beijo...
– Absolutamente patético.
Mas a voz de Lacey foi trêmula ao tentar demonstrar o sarcasmo e, quando desviou o olhar de Tristan, ele pegou seu braço e perguntou: – Você não acredita nisso, não é mesmo? Você entende, Lacey. Sei que entende. Porque você também amou alguém. Um pouco antes da minha partida, você falou...
Ela soltou seu braço. – A diferença entre mim e você é que eu caí na real, desde então.” (pág. 41)

Porém, esse livro foi até que interessante. Eu realmente não sabia qual era todo o objetivo da Elizabeth com essa volta do Tristan como um assassino e de Gregory no corpo da Beth. Em minha opinião, por mais que eu não tenha gostado do “fechamento” do terceiro livro, era melhor manter daquele jeito do que como ficou com o quarto livro. Nesse livro, Ivy acaba se rebelando, um pouco, contra os outros, porque, cá entre nós, todo mundo já cansou (inclusive ela) de tratarem-na como se fosse de ouro. Eu gostei que finalmente, ela parece estar acordando para a vida e tal. Will me irritou na maior parte do livro, mesmo assim! Caramba, eu não sou a maior fã da Ivy, ok, acho que ela só ficou com ele para substituir o Tristan, mas, mesmo assim... A menina passa o livro inteiro tentando fazê-lo acreditar que a Beth está a) possuída pelo Gregory e b) tentando matá-la e, mesmo assim, o menino só consegue ver isso quando algo trágico quase acontece (pois é, descobrimos que há pessoas cegas além das protagonistas).

“A névoa púrpura de Lacey movimentou-se ao redor das árvores – É muito bom que eu esteja cansada, Tristan –disse com uma voz cada vez mais fraca e distante. – Ou lhe daria um soco bem no meio da cabeça.” (pág. 42)

Beth, meu Deus... Eu realmente gosto dela, acho que é uma personagem bem divertida, principalmente pelo lado escritora (eu sempre dava risada nessas pares), mas nesse livro é outra que estava bem chata; pra não dizer, sei lá, psicopata. Mas uma coisa eu gostei: temos a presença de Susan, a outra BFF de Ivy! Eu sentia falta dela, então, mesmo que ela esteja viajando pelo mundo e não exatamente presente, foi bom. E, por fim, Tristan... Ai, ai. Ele é fofo, bonitinho e tal, mas honestamente? Eu não gosto muito dessa parte romântica da série. É extremamente melosa, estilo “oh, eu não vivo sem você e mesmo que você esteja no corpo de um assassino, tudo vai ficar bem e viveremos felizes para sempre, porque, você sabe, não vivo sem você (de novo)”. As cenas dele com a Ivy eram chatas, na maioria, tirando quando eles começavam a pensar que, OH, talvez eles tenham que descobrir quem tentou matar o corpo de Tristan, Luke. E essas partes, com a Ivy investigando sobre o passado de Luke e seus “companheiros”, é uma das partes mais interessantes do livro – fiquei realmente curiosa com o que aconteceu com o cara!

“– Devíamos levá-la a um hospital.
Will olhou para Ivy e disse: – E  pedir para ver quem, um exorcista?” (pág. 192)

O que esse livro tem de muito bom? O final! Conforme as páginas foram chegando ao fim, a minha reação foi mais ou menos assim “Ok, ele não vai acabar assim” – “Tá bom, acho que tá na hora de você consertar isso, Elizabeth” – “OK, E AGORA?” e, finalmente, “Estão faltando páginas no meu livro? #comoassim”. Então, sim. Essa série pode não ser minha favorita, nem um must-read, nem algo extremamente profundo, mas, se você gosta de romance, sobrenatural e anjos, vai fundo. Num geral, o livro segue o estilo dos outros: é legal, leve, divertido, mas não muito reflexivo ou desenvolvido. É uma boa leitura, sem dúvida, para aqueles dias que intercalam leituras mais pesadas.

“Ivy pegou um pequeno caderninho do bolso e disse: – Talvez para a mostra eu possa usar uma frase sua, ‘Para Corinne, imagem era poder’.
–  Claro – disse. – Junto com uma outra frase: ela está morta.” (pág. 220)

P.S.: sem contar que, né, temos a presença da linda da Lacey! Mesmo que por algumas poucas linhas, tudo bem. Ela faz a diferença, porque, ao contrário da Ivy, é rápida no gatilho e bem sarcástica. Outra pessoa que vemos bem pouco (e senti falta) foi o Phillip, que é um caso a parte de fofura.

P.S. 2: achei meio sem objetivo as histórias de fundo, com as amigas da Beth e Ivy. É, foi até que legalzinho, mas honestamente? Se a autora começar a se comprometer com essas histórias, vai ficar difícil depois fechar todas as pontas no último volume (que creio que seja o próximo).

P.S. 3: minha resenha está meio bagunçada, eu sei. Desculpas!

(Três estrelas    8,6)


Autor(a): Elizabeth Chandler
Editora: Novo Conceito
Ano: 2012 (Brasil) / 2012 (original)
Páginas: 319 (Brasil) / 320 (original)
Nome original: Everlasting
Coleção: Beijada por um anjo, #5
O "Na Pilha" é um meme aonde eu mostro meus últimos desejos literários (geralmente os Internacionais) que eu acho no Skoob, no GoodReads, na Amazon, no Book Depository, em blogs internacionais e daqui... ;) (Totalmente inspirado no meme de mesmo nome da Carol!)


Seção inspirada no  "In my Mailbox" do blog  The Story of Siren, em que compartilhamos os livros que chegaram pelo correio, no meu caso, não necessariamente semanalmente.

Booooa tarde, flores do meu dia! Sim, finalmente, estou postando a IMM (quatro edições em uma só é muito poder, hein?). Teve váááárias coisas da Novo Conceito e algumas comprinhas minhas (eu sou uma pessoa muito controlada, então, ao invés de comprar aos poucos, compro uns dez livros por vez).

-> Comprei (9)
-> Cortesia para resenha (zilhões)
-> Book tour (1) ~ chegou, mas não está aqui

Minha relação com Nicholas Sparks é uma coisa meio complicada    eu gosto de seus livros, de fato, mas às vezes, eu simplesmente me enjoo do drama que cada um deles possui. Mesmo assim, não posso negar, ele sabe como tocar nossos sentimentos, na maioria das vezes, e sabe como fazer emocionar.

"(...) Beth percebeu uma verdade bem simples: às vezes as coisas mais ordinárias podem transformar-se em extraordinárias, simplesmente se realizadas pelas pessoas certas." (pág. 192)

Um homem de sorte era um livro que eu estava até curiosa pra ler    mas por causa da adaptação cinematográfica dele, com o Zac Efron como protagonista, que eu também já vi. A sinopse parecia interessante, um ex-soldado de guerra numa cidade do interior sulista prometia alguns bons momentos. E algumas lágrimas?

"Ter sido criado como filho de militar ajudava a amenizar situações como essas, simplesmente por causa da frequência das mudanças de ambientes. Os amigos vão e vêm, as malas são feitas e desfeitas, a casa possui somente o estritamente necessário e, assim, não há muito que fique de significativo. Ensina-os que mesmo que algumas pessoas sejam deixadas para trás, outras inevitavelmente pegarão seu lugar e que todo lugar tem aspectos positivos    e negativos    a oferecer. Isso obriga uma criança a amadurecer precocemente." (pág. 32)

O livro é fofo. E ele é daqueles que, por mais que a história não seja super criativa, ou daquelas que te fazem ficar pensando no livro e nos personagens, a narrativa é boa. Os capítulos são curtos, o que ajuda bastante, porque você sempre acaba lendo algumas páginas a mais para terminá-los.

"A maioria dos soldados não passa de crianças. As pessoas se esquecem disso às vezes. Tem 18, 19, 20 anos    metade dos homens em serviço não tem nem idade legal para comprar cerveja. Estavam confiantes, bem treinados e ansiosos para entrar em ação, mas era impossível ignorar a realidade do que estava para acontecer. Alguns deles morreriam." (pág. 33)

Logan Thibault é um veterano de guerra que, depois que achou uma foto durante uma das batalhas, acaba ganhando uma sorte inesperada, que parece estar associada à tal foto. Com isso, depois que sai do Iraque, acaba se decidindo por achar a moça na foto, que o salvou tantas vezes... Mas, para isso, ele primeiro precisa descobrir onde ela está. E acaba caminhando pelo país, junto com seu grande companheiro, Zeus, um cachorro que o acompanha e que ele mesmo treinou. Beth é a moça da fotografia, uma mulher que, mesmo sendo jovem, já é divorciada e com um filho pequeno, Ben. Ela mora junto com a avó, já que seus pais morreram quando era criança, e trabalha como professora. Clayton é o ex-marido de Beth que, mesmo com o casamento terminado, não permite que ninguém a namore, pois, no final das contas, ainda possui sentimentos por ela.

"Beth apontou para a televisão.    Como está indo o Braves hoje?
- Parece um maço de cenouras.
- Isso é bom ou mau?
- Cenoura sabe jogar beisebol?
- Acho que não.
- Então você já sabe a resposta." (pág. 83)

Apresentando assim os personagens principais, posso afirmar: o livro tem um jeito que encanta! Nicholas Sparks sabe como mostrar algumas características que só encontramos em cidades interioranas... As pessoas que moram lá, sua maneira de pensar, os pontos positivos e negativos de tudo isso. E isso é o ponto alto do livro. As relações das pessoas, seus problemas, suas atitudes, suas personalidades.

"- Você quer nozes?
Ben balançou a cabeça.    Não posso aceitar comida de estranhos.
- Está certo. Quantos anos você tem?
- Dez. E você?
- Vinte e oito.
- Você parece mais velho.
- Você também." (pág. 105)

Logan é um cara que ninguém confia logo de cara, mas que, mesmo assim, é alguém de um coração enorme. Ele trata bem todos, sempre defende de quem gosta, e, apesar de todo o seu passado problemático, é um homem honesto e gentil. Eu gostei dele e em nenhum momento o considerei louco; talvez um pouco apaixonado por uma ilusão, mas louco? O cara é muito inteligente e apaixonado, isso sim. Beth é uma mulher incrivelmente forte    e isso é ótimo. Ela também é um pouco inocente, principalmente com relação ao ex, mas, quando descobre toda a sujeira que ele esconde debaixo do tapete, não tem medo de enfrentá-lo. Os dois formam um casal poderoso e com química, que se desenvolve de uma maneira boa, sem uma rapidez louca, nem muita enrolação. Posso dizer que a forma que o Sparks mostrou como eles se aproximaram foi muito boa.

"As pessoas gostam de imaginar que são livres para escolher seus próprios caminhos, mas Beth tinha aprendido que, às vezes, as escolhas podem ser ilusórias." (pág. 189)

Mas por quem eu realmente me apaixonei? Pelo Zeus e pelo Ben! Zeus é um daqueles cachorros que todo quer    e que todo mundo que já tem um cachorro, sabe como é, porque ele é exatamente daqueles companheiros, que estão com você nos melhores e piores momentos. Ben é a coisa mais fofa da Terra! Ele é inteligente, leal e com aquela inocência e honestidade que só crianças possuem. Outra personagem encantadora é a avó de Beth, a Nana, uma senhora que, apesar da idade avançada e de ter sofrido um AVC, não para quieta e sempre tem um comentário inteligente sobre qualquer situação, além de ter criado sua neta como se fosse sua mãe.

" - O que você acha?
- Tenho a sensação de que não tenho escolha.
- Claro que tem. Nana não vai forçá-lo a nada.
- Mesmo depois de ter feito uma promessa?
- Ela acabaria entendendo    colocou a mão no coração.    Assim que curasse seu coração perdido, tenho certeza que o perdoaria.
- Ah!
- E acho que isso não iria causar nenhum mal à saúde dela. Mesmo com o AVC e todo o desapontamento sentido, não acho que ela ia ficar de cama ou coisa assim.
Thibault abriu um sorriso.    Você não acha que está exagerando?" (pág. 265)

Então, sim, eu gostei do livro, apesar de ele ter aqueles "elementos" típicos dos livros desse autor: uma grande paixão, uma morte trágica, personagens fofos, etc. Eu gostei porque, apesar de ter todas essas coisas que nós já conhecemos, ele consegue nos encantar. Indico pra quem já curte Nicholas Sparks, pra quem adora um bom romance e pra quem adora crianças encantadoras e cães companheiros (e sim, estou louca pra ler A escolha por causa do fato dos cachorrors serem importantes nesse livro).

"- Cuidado, amiguinho, ou você vai se dar mal hoje à noite.
- Amiguinho?
- É um termo afetuoso. Digo isso para todos os meus namorados.
- Todos?
- Claro. Até para os estranhos. E quando me dão o lugar no ônibus, digo, obrigada, amiguinho.
- Então, eu sou muito especial na sua vida.
- E não se esqueça disso." (pág. 269)

(Três estrelas)


Autor(a): Nicholas Sparks
Editora: Novo Conceito
Ano: 2011
Páginas: 349 
Nome original: The Lucky One
Coleção: -