Sabe quando você acha que
não vai se surpreender com o livro, porque já sabe o que vai acontecer, mas
mesmo assim, acha que vai ser uma leitura divertida? Pois é, Star-crossed surgiu assim na minha vida.
Ganhei num sorteio, fiquei feliz, mas acabei esquecendo de lê-lo. Então, nas
férias, resolvi dar uma chance, afinal, apesar de Romeu & Julieta nem de longe ser minha história favorita, adoro
as adaptações que fazem (vide o fato que gosto bastante de Julieta Imortal).
E, nessa mais nova
adaptação da história dos amantes desafortunados, temos Jen Anderson, uma
menina de uns 14 anos, que adora teatro, e Chris Banner, da mesma idade, seu
desafeto pessoal. Tudo porque, há muito tempo, os pais de ambos brigaram por um
motivo que, eu pessoalmente, achei que poderia ser mais bem desenvolvido, ou
simplesmente poderia ser algo mais significativo, sabe? Mas relevei, é um livro
infanto-juvenil, não estava esperando um motivo daqueles, claro.
A narração de Star-crossed é um caso à parte, aliás.
Não é primeira nem terceira pessoa, e sim segunda, o que torna a leitura bem
diferente, e eu gostei bastante disso. É, de fato, como se você fosse a pessoa
na história, agindo e falando. Meio esquisito no começo pra se acostumar, mas
não deixa de ser uma boa jogada da autora.
A história se desenvolve à
medida que Jen e Chris são obrigados a protagonizar juntos a peça da escola, Romey & Julieta, uma das favoritas
de Jen, como o casal principal, mesmo se odiando. É bem fofo e engraçado vê-los
brigando, discutindo e, aos poucos, notando que são o típico “opostos se
atraem”. Não sei se vocês sabem, mas eu amo esse tipo de casal porque não fica
naquela mesmice chata, já que, por serem diferentes, nunca ficaram muito na
rotina. Então, é, eu gostei disso tudo.
Além dos protagonistas,
também temos o melhor amigo (gay) da Jen, Reuben, que é engraçadinho, mas não
achei nada de mais, nada que me cativasse muito, infelizmente, e Steve, um
típico pegador, que sempre quer sair com Jen, afinal, ela é uma das poucas que
ainda não ficaram com ele.
O que eu estranhei, no
entanto, não foi a narração, e sim o comportamento dos personagens, seu
desenvolvimento. A sensação que a história toda passa é de que são adolescentes
da camada mais nova (uns 12, 13 anos), mesmo sendo mais velhos. E, como sempre
se comportam assim, você se acostuma, até que, do nada, há um comentário mais
velho deles e eu ficava “Ãhn? Como assim?”, porque, não sei vocês, mas os
personagens desse livro tinham uns comportamentos meio diferentes pra um
pessoal dessa idade.
Claro que isso não estraga
a história, mas, por algum motivo, os personagens não me conquistaram tanto
quanto eu imaginava. A história, mesmo assim, é fofa e divertida, bem
despretensiosa. Se você quer algo mais leve, Star-crossed é perfeito.
Editora: Fundamento
Ano: 2007 (original) - 2011 (Brasil)
Páginas: 192 (original) - 172 (Brasil)
Nome original: Star-crossed
Coleção: -
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