Vou confessar uma coisa
pra vocês: escrever a resenha de um livro do John Green é muito difícil pra
mim, porque eu geralmente adoro o livro, mas (como sempre acontece com coisas
que amo além da conta) não consigo explicar ao certo porque ele me conquistou tanto
(o que não significa que não existam motivos). Portanto, esse é o motivo de eu
demorar em escrevê-las.
Mas esse livro é, sem
dúvida, o que me deixou com mais “cara de pergunta” dos que já li de John. Cidades de Papel, já pra começar pelo
nome, promete um bom mistério e, sem dúvida, entrega isso, até demais. O
protagonista da vez é Quentin, um típico menino, nem popular demais, nem
antissocial, só uma pessoa comum, com dois melhores amigos, Ben e Radar.
Quentin é meio chatinho, por assim dizer, porque não tem aquela coisa diferente
ou que faz a gente sentir empatia por ele. Em compensação, Radar é um ótimo
personagem, aliás, um cara muito engraçado e inteligente. Ben, pra falar a
verdade, é um pouco irritante, o que eu acho aceitável até um ponto, mas pra
falar a verdade, às vezes não sei se era um verdadeiramente bom amigo pra Quentin.
E, claro, temos o motivo
de todo esse mistério: Margo, a vizinha de Quentin desde sempre. Margo, ao
contrário dos três, é extremamente popular por sempre aprontar alguma coisa
curiosa e diferente, como fugir por alguns dias sem avisar ninguém e voltar
como se nada tivesse acontecido. Margo não é alguém fácil de lidar, não vou
mentir. Vocês já conheceram aquelas pessoas que têm uma personalidade forte e
teimosa? Pois é, Margo é uma representante desse estilo. No entanto, ela também
é intrigante, e é impossível não ficar curiosa com o que acontece com ela.
Ela e Quentin não se falam
há anos (talvez pelo fato de que ele não é tão popular quanto ela), mas uma
noite, ela aparece na janela dele pedindo por ajuda e, ele sendo caidinho por
(mesmo que não seja algo escancarado), a ajuda, e eles fazem as coisas mais
loucas – e típicas de Margo – nessas poucas horas. No dia seguinte, no entanto,
Margo desaparece e ninguém não faz ideia da onde ela está, tirando, talvez,
Quentin, a quem ela deixou algumas misteriosas e confusas pistas.
A história é bem legal,
mas não achei a narrativa ou o desenvolvimento tão bom quanto se espera de um livro desse autor, francamente. O
problema com o mistério da Margo é que Quentin fica sempre pensando nisso,
fazendo de tudo para encontra-la e, sendo uma narração feita por ele, isso
chegava a ser cansativo e repetitivo em alguns pontos, perdendo a graça do
mistério. Além disso, apesar de eu gostar dos capítulos finais, a maneira como
a história foi fechada foi tão WHAT? que eu ainda estou pensando se gostei ou
não, porque deixa várias pontas abertas e, ao mesmo tempo, é genial.
Cidades
de Papel é um livro, assim, diferente. Sim, possui o clássico
estilo do John que eu tanto amo, mas uma história meio esquisita e um
protagonista tão perdido quanto nós. No entanto, é impossível negar: é um livro
muito bom e, se você gosta do John como eu, eu recomendo muito mesmo.
Ano: 2008 (original) - 2013 (Brasil)
Páginas: 305 (original) - 368 (Brasil)
Nome original: Star-crossed
Coleção: -
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