Todo
mundo que já leu alguma coisa dessas duas autoras ficaria curioso com o novo
livro delas, em parceria, dessa vez voltado para o universo infanto-juvenil,
mas sem perder os leitores um pouco mais velhos, como eu e todo mundo que já
leu Gata Branca ou Cidade dos Ossos. A história tem uma
temática que muitos amam, incluindo eu: magia. Narrado em 3ª pessoa, nós
conhecemos o protagonista do livro, Callum, ou simplesmente Call, um menino que
ainda pequeno sofreu um acidente que o deixou com uma deficiência na perna pelo
resto da vida. Além disso, ele cresceu sem a mãe, sendo criado apenas pelo pai,
Alastair, um ex-mago que ensinou ao filho desde criança a não confiar, jamais,
na magia e nos que a praticavam.
Tudo
muda, contudo, quando ele é convocado para um teste para entrar no Magisterium,
uma escola de magos, e o principal conselho de Alastair é que Call reprove a
prova. Obviamente que não adianta em nada, afinal Call é aprovado no
Magisterium do mesmo jeito, tendo que se separar do pai e indo morar em um lugar
completamente desconhecido e cheio de pessoas que Alastair sempre disse à ele
para não confiar. Complicado, né?
O
mentor de Call, o mago Rufus, escolhe outros dois jovens para ensinar: Aaron,
um menino solitário e com um passado desconhecido, e Tamara, uma menina que vem
de uma família de magos importantes e muito inteligente. Esses três formam um
trio bem dinâmico e é bem gostoso ler sobre as aventuras e besteiras que eles
fazem no decorrer da história, além da clara aproximação entre eles, se tornando
verdadeiros amigos, o que para os três (principalmente para Call) é uma
novidade. A narrativa é boa, então lemos a história rapidamente, mas há alguns
probleminhas.
Quando
vamos falar de magia, é inegável que a primeira coisa - ou uma delas - que vêm
a nossa mente é Harry Potter. É uma
série tão famosa que praticamente virou um clássico, tornando uma tarefa árdua
para as obras futuras com o mesmo tema a superarem. O que fez com que a
comparação com o O desafio de ferro
se tornasse inevitável, pelo menos para mim. Um trio de amigos, com um
protagonista problemático, uma amiga inteligente e um amigo bonzinho. Um
inimigo desconhecido, ligado ao próprio Magisterium, um menino que não gosta do
protagonista, etc. Notam as semelhanças? Bem, elas são mesmo impossíveis de
negar, mas mesmo assim, há uma atmosfera diferença no segundo livro, algo mais
moderninho, talvez pela maneira - bem diferente - com que a magia é tratada.
Apesar dessas comparações, é um bom livro e eu simpatizei logo de cara com os
três personagens e, como eu já disse, amo magia, principalmente quando envolve
escolas, provas e confusões.
Porém,
eu devia esperar alguma carta na manga, conhecendo o estilo dessas duas autoras
e não deu outra: elas deram um jeito de causar uma reviravolta no livro que eu
nem sonhava, criando um belo cliffhanger
pra motivar todo mundo a ler a continuação. Além disso, com esse novo elemento
na história, as comparações com Harry Potter se tornaram mais sem importância,
porque a história vai seguir, ainda bem, um estilo próprio.
Pra
quem curte magia, confusão e as duas autoras que uniram suas belas mentes na
confecção do livro, pode ter certeza que vale a pena dar uma chance à leitura.
Editora: #irado
Ano: 2014
Páginas: 384
Nome original: The Iron Trial
Coleção: Magisterium, #1
Ano: 2014
Páginas: 384
Nome original: The Iron Trial
Coleção: Magisterium, #1
*recebido para resenha.
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