[Resenha] O enigma do fogo Sagrado, de Hermes M. Lourenço (book tour)


A história começa com dois políticos conversando sobre o sumiço de uma enorme quantidade de dinheiro -- e pior: toda essa grana foi desviada de cofres públicos por eles e alguém "roubou" deles, empregando o dinheiro em ações de caridade, seja para associações de assistência a criança ou doando leite para alguma creche. Agora, eles estão numa bica de sino: não podem falar que tal dinheiro sumiu, já que é sujo, nem aceitam ficar quietos, depois de tanto trabalho juntando. E logo se nota que não é só com esses políticos - brasileiros, por sinal - que acontece. Sumiços na Argentina e até mesmo na Inglaterra, da família real, estão acontecendo! Quem seria esse Robin Hood dos tempos atuais?

Nicolas Flynth, um famoso investigador, se sente atraído pela estranheza de tal caso e resolve investigar... e o que ele descobre não é nem de longe parecido com qualquer caso que já tenha visto antes: um pergaminho, um pergaminho deixado por Cristo, e que tem altos poderes. Todos que o conhecem, estão atrás dele. E adivinhe com quem está esse papelzinho? É claro, com Nicolas. No meio dessa jornada completamente inesperada, ele descobre traições, mentiras e... o amor.

Realmente, estou me superando nas sinopses ultimamente! Sério, vou começar a criar as minhas próprias :p. Mas falando sobre a história, eu estava meio atolada quando li, no entanto, a história não deixou de ser agradável, com algumas pitadas de mistério e romance. Nicolas é inteligente e levemente arrogante mas ainda prefiro o Holmes :)... Quando ouve falar desse estranho caso, está de férias, mas mesmo assim aceita. Há vários personagens secundários, na verdade, o grande personagem aqui é Nicolas e aquela-pessoa-que-eu-não-posso-falar-quem-é. Os outros tem importância, mas dá pra ver que é o início de uma história     que tem potencial. No entanto, não foi aquela coisa incrível, estilo você-tem-que-ler. Foi bom, foi agradável e possui algumas ideias realmente legais.

"- (...) Dizem que a chama do amor jamais se apaga, mesmo que exista a distância ou a morte. Quando há morte, o amor muda de forma, transforma-se em saudades, mas jamais, novamente digo, ele deixa de ser um amor verdadeiro." (pág. 111)

Por mexer com coisas religiosas, você tem que ler com a mente aberta, sabendo que é um livro e totalmente fictício, porque tem alguns questionamentos e "verdades" que são bem diferentes do que os cristãos acreditam. Mesmo assim, você consegue acreditar na história... Bem, a maior parte. Algumas explicações falharam, mas nada que não seja compreensível, sendo que é o primeiro livro do autor de ficção e o primeiro de uma série. Teve duas coisas que eu realmente não consegui aceitar: a) Nicolas é brasileiro. Sua família é de Brotas. Então, por que eles tem todos nomes estrangeiros? O nome deles é o menos internacional, mas de sua irmã (que não lembro agora), é completamente não-brasileiro. Sei que pode parecer bobeira, mas conta muito na história! Os nomes são coisas muito importantes, mesmo que não pareçam. b) A repetição! Por exemplo, no final de um capítulo, digamos que ele disse "Então Nicolas foi até Brotas, para ver sua família, pois estava com muitas saudades". No começo do capítulo seguinte, é assim "Nicolas foi a Brotas, para rever sua família, já que a saudade era grande". Muda as palavras, mas não o significado! Há casos mais chatos... mas esse é um que me lembro. Esses dois itens foram empecilhos na leitura, e torço para que a continuação melhore. A revisão foi regular, um ou outro errinho, nada grave. A narrativa, em 3ª terceira pessoa no passado, foi boa, tirando aquela parte da repetição.

É uma boa história, eu não me arrependo de ler e como não tinha altas expectativas, não me decepcionei. O autor é mais um que prova que nossa literatura tem sim, coisa boa (além dos clássicos)!

Nota geral: 8,0 (ou 3 estrelas)

Autor(a): Hermes H. Lourenço
Editora: Novos Talentos da Literatura Brasileira (Novo Século)
Ano: 2010
Páginas: 240
Nome original: - 
Coleção: -








Um comentário:

  1. Hum...
    Eu gosto de literatura nacional,fico muito feliz quando vejo blogs resenhado-os, mas o gênero deste livro não me agrada.

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