Vocês sabem como eu me
sinto em relação a romances, né? Pois é, eu tenho um relacionamento meio
conturbado, com altos e baixos, por isso na maioria das vezes, eu tento dar uma
chance a algo novo, quando acho que há a possibilidade do livro ser divertido,
diferente.
Foi pensando nisso e
com uma grande vontade de ler algo nada sobrenatural (ultimamente tenho tido
essa vontade, não sei por quê) que A
Pousada Rose Harbor caiu nas minhas mãos. Bem, isso e o destino que me fez
escolher ela na minha TBR Jar. De qualquer forma, eu lá fui ler, esperando algo
romântico, mas algum toque humorístico, tipo
Dizem por aí, que é um livro que eu gostei bastante por ser divertido.
Infelizmente, o enfoque
desse livro é completamente diferente do que
eu esperava e não conseguiu me agradar de fato. A história conta sobre a vida
de três personagens com questões não resolvidas: Joe Marie, que perdeu o marido
recentemente e decide mudar sua vida completamente, comprando uma pousada numa
cidadezinha chamada Cedar Cove; Josh Weaver volta a mesma cidade por conta da
doença do seu padrasto, com quem possui uma péssima (pra pior) relação e, por
fim, a que eu mais gostei: Abby Kincaid, que cresceu em Cedar Cove, mas, por
conta de um acidente infeliz na sua adolescência, se mudou e jamais voltou - isto é, até sua irmã resolver casar-se lá.
É então que nós vemos
as três situações se entrelaçando, com direito a muito romance, drama e
confusão. Mesmo assim, a narrativa é simples, fácil de se ler, talvez pela
falta de grandes acontecimentos que a calmaria do livro apresenta, o que me
deixou nada ansiosa com a leitura, porque eu esperava alguma coisa mais animada.
No entanto, o que me incomodou mais que isso foi o pouco "realismo" na
história. Não me entendam errado: eu gosto de coisas loucas. Mas a autora
simplesmente fez com que os três personagens, em um pequeno espaço de dias,
resolvessem todos seus problemas e conseguissem alcançar a felicidade e o amor.
Como se tudo o que eles precisassem fosse uma ida a essa cidadezinha mágica (se
for isso mesmo, já tô comprando a passagem).
Eu sei que muita
comédia romântica propõe exatamente isso (A
Proposta, que é um dos meus filmes favoritos, conta sobre duas pessoas que
se odiavam e passar a se amar em menos de uma semana), mas o furo em Rose Harbor é a falta de carisma
associada a esse pouco realismo. Talvez simplesmente não seja meu estilo (o que
eu duvido, porque já A casa das orquídeas,
que tem bastante romance, e curti), mas não criei empatia por nenhum dos
protagonistas, além de achar algumas situações claramente forçadas, mostrando
uma vida "perfeita" e "preto no branco".
Eu notei alguns
errinhos de digitação e revisão, mas não são graves, apenas achei chato porque,
como qualquer outro erro desse tipo, acaba quebrando a sua leitura. Espero que
numa futuro edição, eles tenham sumido.
Não é um livro
horrível, ou uma leitura desagradável, mas não funcionou comigo. Talvez alguém
que curta mais romances água-com-açúcar entenda certas nuances da história que
eu não compreendi - afinal, Debbie é uma autora super bem-sucedida no ramo,
então certamente sabe escrever sobre isso. Por outro lado, os diversos pontos de
vista dos personagens foi um toque legal e bem pensado, além de ter sido uma
boa leitura no sentido de que passei a conhecer melhor meus gostos.
Editora: Novo Conceito
Ano: 2013
Páginas: 348
Nome original: The Inn at Rose Harbor
Coleção: Rose Harbor, #1
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