Quem não gosta de uma
boa reedição de um clássico, né? Eu, pelo menos, adoro essas coisas, sou fã
assumida. Por isso, minhas expectativas subiram bastante quando ouvi falar
desse lançamento da Novo Conceito, que juntamente a essa capa maravilhosa
(gente!) contava a história de uma parente distante da Alice - sim, aquela que
inspirou o Lewis Carroll a escrever um dos livros infantis mais famosos de
todos os tempos.
Alyssa é quase uma
menina comum. Tirando o fato de sua mãe ser considerado louca e morar num
hospício e ela conseguir ouvir o que os insetos e plantas pensam, sua vida não
poderia ser mais ordinária. Seu melhor (e praticamente único) amigo, Jeb, está
um pouco distante e namorando uma menina completamente asquerosa que Alyssa não
suporta, mas tudo bem. O problema começa de verdade quando, após mais um surto
de sua mãe e uma tentativa de matar a própria filha, há a ideia de um
novo tratamento para curar a loucura - eletrochoques (sim, eles ainda existem).
A única solução aparente para Alyssa salvar sua mãe é voltar aonde Alice, sua
tataravó, jamais deveria ter ido: o País das Maravilhas.
Eu tenho que admitir
uma coisa: a A. G. Howard possui uma criatividade fora de série, que beira a
genialidade e a loucura! A forma como ela constrói as histórias, para depois
uni-las de uma forma completamente inesperada e doida foi incrível, me cativou
e me deixou morrendo de vontade pela continuação (até perguntei pra Novo
Conceito, pelo twitter, quando saía o próximo). Não quero contar nada pra vocês
porque um dos trunfos do livro é que sua sinopse não fala nada de mais,
deixando os leitores atiçados e prontos pra se surpreender.
Os personagens também
são um ponto forte do livro, com destaque pra dois: a própria Alyssa, que
apesar de meio louca (afinal, as melhores pessoas são loucas), tem
personalidade, aprende rápido e é carismática. A história toda é narrada por
ela e, nos momentos de ação, é impossível não ficar toda encolhida, só
esperando o próximo movimento. Outro que eu gostei muito, mesmo, foi Morfeu, um
cara que ela encontra lá no País das Maravilhas. Ele é bad boy, mas nada típico. Charmoso, louco, divertido, sarcástico,
mas muito bem construído. Foi de longe um dos que eu mais gostei.
E temos Jeb, o
amorzinho da nossa Alyssa... Geralmente eu não curto os "melhores amigos
apaixonados", mas estou com uma sorte nas últimas leituras, que apesar de
terem esses personagens, ao menos eles são legais e corajosos (meio melosos,
mas a gente não pode ter tudo, né?).
Com um ótimo gancho
deixado no final, mas sem deixar de nos dar algumas boas explicações, O lado mais sombrio é uma ótima
adaptação, com mais ação e criatividade do que eu imaginava, completamente
diferente do que se pensaria que o País das Maravilhas fosse.
P.S.: A Novo Conceito disponibilizou
o conto "A Mariposa no Espelho" de graça, na Amazon. Se você já
leu O lado mais sombrio, vem ler esse conto aqui!
Editora: Novo Conceito
Ano: 2014
Páginas: 368
Nome original: Splintered
Coleção: Splintered, #1
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