Eu tinha boas expectativas com esse livro. Com a autora, num geral,
porque desde que comecei a ler livros em inglês, sempre tive vontade de ler
algo da Susane. Então, imagine minha
felicidade ao saber que a Novo Conceito ia lançar um livro dela? Pois é. Claro
que não era o que eu mais eu estava interessada, mas, mesmo assim, eu torcia
para que fosse legal (SE PASSAVA EM NY!!).
“- Muitas pessoas comem cupcakes – digo.
E... Que decepção. A história
conta sobre a vida de Brooke, uma adolescente meio problemática, com pais
separados e meio obsessiva por um colega, Scott. E, quando ela finalmente
resolve conta-lo como ela se sente, descobre que ele está indo embora pra Nova York. Nova York, o mesmo lugar onde seu pai, com quem ela não fala há
anos, mora. Sem pensar duas vezes, Brooke
resolve seguir Scott até NY, munida de coragem, além da grande vontade que
sempre teve de morar na cidade que nunca dorme.
“O que mais gosto no origami é que sempre tem
alguma coisa nova. Você nunca consegue dominar tudo o que tem para aprender,
quer seja uma criação mais difícil do a que acabou de fazer, quer seja uma
completamente nova, na qual ninguém tinha pensado ainda. Você sempre pode fazer
melhor do que antes.
Você sempre tem uma nova chance.” (pág. 33)
Viu? O plot não era dos melhores
– eu não sou fã dessas histórias de protagonistas obsessivas por meninos – mas podia ter uma protagonista legal e se
passava em um lugar incrível. Só que não foi assim que aconteceu. Brooke... Como começar a falar dela? Ela é um saco. Na verdade, ela é
incrivelmente inteligente, mas, por causa de alguma rebeldia contra um inimigo
invisível, ela não quer aproveitar
seu potencial. Ela não VALORIZA sua inteligência. Já fica
difícil gostar de uma protagonista assim, mas, além disso, ela é
simplesmente... Irritante! Seu relacionamento com Scott, a maneira como ela sofreu por um canalha como ele, o modo que ele pensava e grande parte dos
motivos que a fizeram mudar pra NY. Eles não foram bons. Não foram desenvolvidos de um jeito legal.
“(...) Papel achado é vida real. Vida real não
está limitada por dimensões precisas. Ela se estende além das fronteiras, vem
com falhas. As coisas nunca são fáceis, particularmente quando você espera que
elas sejam. Como quando as pessoas o desapontam e se mostram inteiramente
diferentes do que você achou que eram.
Às vezes, as pessoas podem ser muito
destrutivas.”(pág 33)
Porém, esse livro também tem coisas boas – o amigo de Brooke, John, é
uma peça rara. Ele é incrível, simplesmente. Tem um talento pra ver coisas
que ninguém mais vê e, graças a Deus, ajuda a Brooke a crescer e mudar o comportamento chato dela. E me desculpe,
uma parte dele pode até ser por causa de tudo que ela teve que vivenciar na sua
vida, mas conheço gente que sofreu muitas outras coisas e, mesmo assim, não
desiste, não se desvaloriza (porque é exatamente isso que ela faz quando não
aceita seu próprio potencial!). Outra
personagem bacana é a Sadie, uma das amigas que Brooke faz em NY. Ela é
divertida, inteligente e toda certinha.
Me identifiquei com ela e suas manias, acabei gostando dela bem mais que a
própria protagonista.
“Goste de me identificar com a história que
estou lendo, faz com que me sinta menos sozinha. Todos esses livros sobre
pessoas muito felizes são tão cansativos! A vida real não é nem um pouco assim.
Os melhores livros, os que me fazem ficar esperançosa, são aqueles em que os
problemas das personagens são resolvidos realisticamente no final, e não
convenientemente amarrados com um grande laço vermelho. Grandes laços vermelhos
são uma enorme mentira.” (pág. 41 e 42)
Outra coisa que a Susane descreveu muito bem foi o próprio ambiente.
Uma das coisas mais legais em Brooke
é seu amor por NY e por origamis.
Então, conforme Brooke passeava por NY, eu ia me apaixonando ainda mais por essa cidade, porque as descrições da Susane são mesmo muito
boas – o que me dava forças para continuar a leitura, além do que, tenho
certeza que as protagonistas dos outros livros dela não devem ser tão
irritantes. Quanto aos origamis, é quase como a fuga que Brooke usa quando está triste ou deprimida. Achei tão interessante um hobby
assim, ainda mais porque sou péssima
nisso... Deve ser legal conseguir fazer
tanta coisa com apenas um pedaço de papel.
“As pessoas destroem sua confiança e depois
partem.
Você nunca consegue conhecer alguém
completamente, não importa o quanto ache que conheça. As pessoas sempre
omitirao partes de sua vida. Sempre haverá alguma verdade sobre elas que você
nunca saberá.
Ou talvez, algum dia, você conheça a verdade
que elas escondem e vai concluir que era melhor nunca ter descoberto.”(pág. 47)
Porém, uma coisa que eu desgostei: o final. Brooke bate tanto na tecla de que “o mundo não é um lugar perfeito
e as coisas não são resolvidas magicamente” que é incrível a ironia que é o final: de repente, ela se toca de como
esteve desperdiçando toda a sua inteligência com o nada. Isso é
completamente raro de se acontecer, em minha opinião teria sido melhor mostrar
um crescimento mais “lento” de Brooke.
Foi muito em cima da hora e infelizmente, quando
Brooke finalmente despertou na cidade que nunca dorme, foi rápido e irreal
demais.
“John luta por mim, aconteça o que acontecer.
Ele continua tentando derrubar as minhas paredes, nunca desiste de quem sou ou
de quem eu poderia ser, não foge quando as coisas ficam complicadas. Mesmo
quando John estava bravo comigo, não deixou que isso o impedisse de se importar
comigo.” (pág. 219)
O livro me decepcionou, mas, mesmo assim, ainda tenho fé na autora.
A Novo Conceito tá lançando outro livro dela, Esperando por você, e espero que esse seja bem melhor do que a
minha primeira impressão com a Susane.
(Três estrelas - 7, 50)
Editora: Novo Conceito
Ano: 2012 (Brasil) - 2011 (original)
Páginas: 240 (Brasil) - 241 (original)
Nome original: So Much Closer
Coleção: -
Coleção: -
Adoro essa autora, o livro ta chegando aqui em casa, anciosa hahahaha!
ResponderExcluirVi algumas resenhas nada favoráveis a este livro..mas acho que cada um tem uma opinião própria e gostaria de lê-lo.
ResponderExcluirÉ a segunda resenha que leio sobre este livro que não foi positiva. É uma pena!
ResponderExcluirNão vejo muitas resenhas boas desse livro mas espero gostar :T
ResponderExcluirPra te falar a verdade não tocou meu coração esse livro não! Já havia visto e agora com sua opinião acho que deixarei ele de lado! Acontece né?! Hehehe boa resenha sua!
ResponderExcluirSe não for muito incomodo, queria te fazer um convite:
Visite meu blog literário - www.culturaviciante.blogspot.com
Realmente já ouvi muitas criticas sobre o livro, porém estou curiosa para lê-lo e ver se gosto!
ResponderExcluirÉ dificil encontrar alguém que tenha gostado do livro, é incrível! Eu não gosto muito desse estilo, por isso nem fiquei interessada, mas eu compreendo a sensação de ficar ansiosa por alguma coisa e se decepcionar.
ResponderExcluirnunca tinha ouvido falar desse livro. nao gosto de protagonistas assim, principalmente as que ficam correndo atrás de homens que nao valem nada. se eu tivesse lido, teria me decepcionado tb. gostei do jeito que voce fez a resenha :)) beijos, volte sempre ! www.portefeminino.com.br
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