> Leia antes:
Eu sou apaixonada pela escrita
da Stephanie Perkins desde que li o primeiro livro dessa companion novel, Anna e o beijo francês, lááá em 2011. De
lá pra cá muito tempo passou, meus gostos literários se transformaram mas mesmo
assim, eu fiquei no aguardo para o último livro, até finalmente a Intrínseca o
lançou. Obviamente que eu fui correndo lê-lo, porque tudo que a Stephanie põe
as mãos vale a pena dar uma olhada.
Isla (se pronunciando AILA, algo
que eu não definitivamente não sabia antes de ler) é uma menina ruiva que
estuda na SOAP, meio tímida, mas muito sonhadora e romântica. Isla é muito
inteligente, mas até seu último ano no colégio, não tem ideia do que quer de
verdade da vida e simplesmente vai levando as coisas como dá. Ela é muito
indecisa e apesar de todo seu jeito fofo e simpático, é extremamente dura
consigo mesma, sempre se cobrando ao extremo para ser melhor. Seu melhor amigo,
Kurt, é um personagem diferente, extremamente honesto, que aos poucos também se
desenvolve na história.
-Não sei no que acredito. Acho que isso faz de mim uma árvore de Natal agnóstica.
Ele sorri.
- Gosto disso – diz ele.
- E você é um Yom Kippur ateu.
- Sou.
Josh, o outro ponto da história, já é um conhecido nosso de Anna, porque era do grupo de amigos de St. Clair. Eu não tinha uma opinião formada exatamente sobre ele, mas seu talento para desenhar é simplesmente incrível e cada descrição de Isla sobre suas obras me fazia ficar imaginando os desenhos ao vivo e reais. Conforme vamos entrando na história, vemos que ambos são bem diferentes, não só porque Josh já tem na cabeça o que quer fazer e é mais racional, ao contrário de Isla, ainda em dúvida e bem emotiva. Os dois, de alguma forma, se completam, não no sentido “opostos se atraem” apenas, mas também porque juntos, eles se equilibram.
Não demora muito tempo na
história para que eles fiquem juntos, o que me surpreendeu, e demora menos
tempo ainda para que se tornem extremamente apaixonados. Apesar de nós sabermos
de antemão que ambos já tinham certo interesse mútuo – principalmente Isla, que
era caidinha por Josh desde o primeiro ano – eu estranhei um pouco essa conexão
tão forte e tão rápida, porque não é a cara da Stephanie optar por essas
paixões intensas. Na realidade, ela geralmente constrói todo um contexto ao
redor dos protagonistas e dos coadjuvantes para entendermos aos poucos porque
eles funcionam tão bem juntos. Aqui, ao contrário, Isla e Josh se entregam logo
de uma vez, o que não me agradou tanto,
porque além de apressar a história, me deixou com a pulga atrás da orelha
pensando no que diabos ia acontecer no resto do livro então.
- Estou... quase lá. Estou começando a achar que talvez não haja problema em ser uma tela em branco. E que, talvez, tudo bem também se o futuro for desconhecido. E talvez – digo com um sorriso enfático – não haja o menor problema em se inspirar em pessoas que sabem o que querem para o futuro.
A estratégia então era implodir
o relacionamento, o que foi justamente a parte em que Stephanie me decepcionou
um pouco: Isla, que até então era uma personagem interessante, mesmo com seus
problemas e dificuldades, se tornou uma garota ainda mais insegura, que
preferiu fugir da situação a enfrentá-la de cara. Isso me chateou porque ela,
apesar da fama de tímida, é uma menina que quando cisma com algo, não desiste
simplesmente. Mesmo assim, o livro dá a volta por cima com o restante da
história, provando que ao menos alguma lição a protagonista tirou de todos
esses acontecimentos loucos que aconteceram no último ano: ser mais segura de
si e sair da zona de conforto faz muito bem. A conclusão foi extremamente
satisfatória e deixou aquele sorriso que todos os livros da Stephanie sempre
deixam: aquele gostinho de “eu queria ser amiga dessas pessoas!”. Gostei também
que os coadjuvantes tiveram alguma conclusão para si próprios também, me
deixando com esperanças para o futuro deles.
Um dos pontos mais positivos do
livro, além do claro desenvolvimento dos dois protagonistas (mesmo que aos
trancos e barrancos), foi a participação mais que especial dos outros
personagens dos livros anteriores: não dá pra explicar o amor e a felicidade de
ler novamente cenas com St. Clair (MELHOR PESSOA!), Anna (!!!), Lola, Crickett
e até mesmo Meredith (que merecia muito um livro para si, né? Por favor,
Stephanie!). Uma simples menção a qualquer um deles já mexia comigo, então
vocês já sacaram o meu amor pela série. Ver todos os personagens juntos, no mesmo
momento, deu aquele sabor de conclusão, de “tudo está bem quando acaba bem”.
- As telas em branco também serve de inspiração para os artistas. (...) – Uma tela em branco oferece possibilidades infinitas – acrescenta Josh.
É o final da série, possivelmente,
mas assim como na nossa vida, é o começo de outros caminhos, talvez ainda
melhores. É verdade que a saudade desse grupo já está batendo, mas foi muito
bom o tempo que como leitora, pude passar com eles. Obrigada, Steph.
4 desenhos personalizados do Josh
Editora: Intrínseca
Ano: 2015
Páginas: 304
Nome original: Isla and the happily ever after
Coleção: Anna e o beijo francês, #3
Oii, tudo bem? Indiquei seu blog numa tag no meu, dá uma passadinha lá e confere se puder... Beijos :3
ResponderExcluircomoseeufossepoeta.blogspot.com.br
Já vou lá responder :) Bjs!
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