Quando eu comecei esse livro,
tinha algumas expectativas com a história. É impossível não ficar um pouco
desconfiada, também, afinal essa história já foi usada das mais diversas
formas. No entanto, se tem uma coisa que eu gosto, são livros divertidos e era
isso que eu esperava de Tocando as
estrelas.
Nossa protagonista, Paige
Townsen, é uma típica garota da casa ao lado, que sonha em ser uma grande
atriz. Após já ter passado por diversos testes, Paige anda sem muita motivação,
até descobrir uma audição para um papel de destaque na adaptação
cinematográfica de uma famosa série de livros adolescentes. Paige,
surpreendendo até si mesma, consegue o papel e antes que consiga pensar duas
vezes, está no Havaí, gravando cenas com um dos caras mais bonitos do momento,
sendo pressionada pelos diretores e criando expectativas para os milhares de
fãs da série.
A história começa a ganhar corpo
quando alguns conflitos começam a aparecer, como o triângulo amoroso entre
Paige, Rainer Devon e Jordan Wilder. Rainer é o típico bom garoto, que agrade a
todos e que todas as meninas queriam estar namorando. O típico doce de pessoa,
aquele menino tão perfeito que você tem certeza de que só existe na ficção.
Jordan é a outra ponta: um típico bad boy que, como todo bom bad boy, de bad não tem nada, apenas um bom coração.
Paige fica obviamente dividida entre os dois, pendendo para um dos lados
conforme o momento. Confesso, isso me irritou. Triângulos amorosos já são algo
difícil de se trabalhar, talvez por terem sido usados a exaustão, talvez porque
ninguém gosta tanto assim de ler
sobre alguém em constante dúvida.
Não gostei tanto assim da protagonista para relevar suas atitudes duvidosas e
a incrível mania de achar que tem que salvar o mundo e mais um pouco. Paige é
alguém interessante, sim, mas se perde um pouco no decorrer da história. Quanto
aos seus interesses amorosos, eles até teriam me encantado, se eu tivesse lido
o livro há alguns anos, porque são exatamente o que toda garota quer: ou um
cara bom, ou um bad boy. Essa padronização dos personagens fez com que eles
perdessem o charme para mim, mesmo que em alguns momentos eu me rendesse às
suas fofuras.
A escrita da Rebbeca Serle, por
mais que seja fácil e agradável de ler, também não me surpreendeu
positivamente. É quase como se ela ainda estivesse em dúvida sobre como deveria
escrever, se inspirando um pouco em Meg Cabot, ou Stephanie Perkins, mas sem
conseguir deixar uma marca própria. Mesmo que em alguns momentos eu tenha dado
risada ou falando “awn”, o maior problema da história foi o desenvolvimento,
que me deixou meio decepcionada, porque era bem o que eu imaginava que
aconteceria, mas sem justamente a
escrita diferenciada.
A série, que até agora possui
três livros, tem sim um potencial (porque quem não ama ler sobre os bastidores
de uma franquia de Hollywood?), mas vai precisar de algo mais inovador do que
um triângulo amoroso para se segurar nas próximas páginas. Rebecca Serle
entrega um livro legal, que cobre relativamente bem o papel de entreter, mas cá
entre nós, tem potencial para muito mais que isso.
P.S.: Me apaixonei por essa capa aqui, queria muito que eles tivessem usado na edição brasileira :(
3 estrelas cadentes
Editora: Novo Conceito
Ano: 2015
Páginas: 224
Nome original: Famous In Love
Coleção: Famous In Love, #1
Já li alguns livros parecidos e acho que esse tipo de história já virou um clichê também, e esta acaba tornando-se previsível, o que para mim tira toda a graça do livro. Nunca li nada dessa autora mas acho que leria porque pela resenha parece ser uma leitura rápida e fácil, mas a escrita diferenciada, criatividade e originalidade da autora, na minha opinião, faz toda a diferença num livro, independente do seu gênero e público alvo. Parabéns pela resenha, gostei muito!! Beijo
ResponderExcluirEntão, meu problema não foi a originalidade da história (porque né, difícil achar algo completamente assim!) e sim que nem os personagens nem a escrita me agradaram TANTO assim. ainda tenho uma vontadezinha de ler a continuação, mas posso esperar. e brigada!! :)
ExcluirBeijos!