*Se você quiser conferir, aqui tem a resenha de Perdendo-me, a
companion novel desse livro!
Eu tive uma experiência ok com
Cora Cormack no primeiro livro dessa série, então eu estava obviamente animada
para a continuação, ainda mais porque tinha ouvido algumas pessoas falando
coisas boas sobre ele. Além disso, a própria premissa da história me atraía:
sou super fã de casais de opostos, e tem casal mais de opostos que esses dois
protagonistas? Hahaha, pois é.
Lembram do Cade, aquele menino
que era apaixonada pela Bliss no primeiro livro? Ele cresceu e apareceu, ganhando
um livro só pra si, e claro, seu par, Max. Cade é um cara que foi correto e
bonzinho a vida toda, mas não aguenta mais, porque até agora só quebrou a
cara por causa disso, e ainda tenta se recuperar do coração quebrado que Bliss
causou ao se apaixonar por outro. Na outra ponta, temos Max, uma menina
rebelde, sem papas na língua, que abandonou a faculdade para seguir seus sonhos
de cantora. Os dois claramente não pertencem a mundos próximos, mas por um
~acaso do destino~, acabam se esbarrando e, em poucos minutos, fazem um acordo
para que Cade finja ser o namorado de Max enquanto seus pais, que estão na
cidade de surpresa, a visitam.
Fingindo é um
daqueles livros que começam bem, divertidos e prometendo ficar melhores com o
decorrer das páginas. Assim como no outro livro, a narrativa aqui ainda é bem
gostosa e gostei bastante dos personagens principais. O problema? O mesmo que o
primeiro. Parecia que, após alguns capítulos, o fôlego do livro acabava, com
algumas repetições e um final que, infelizmente, não me agradou muito. É
difícil compará-lo com Perdendo-me,
mas num geral, acho que gostei mais desse segundo, mesmo com esses
probleminhas.
O casal tem, de fato, muita
química! Era impossível vê-los suas cenas juntas e não falar "fiquem juntos
logo!", mas cada um tem sua própria bagagem, cheia de confusões e
sofrimentos do passado, principalmente Max, que, como toda personagem durona,
por trás tem uma história muito mais complicada do que a superfície demonstra.
Fiquei curiosa com o mistério acerca sua família que é aos poucos construído no
texto e me senti em seu lugar depois que ele finalmente é revelado, o que foi
algo a mais na história.
Contudo, e eu sei que isso varia
de pessoa para pessoa, achei que também tivemos altas doses de melosidade nesse
livro. Eu gostei do casal, ok, mas como a narrativa era feita por eles mesmos,
algumas vezes eu me via pensando: "meu Deus, eles são tão grudentos",
ainda que a princípio eu nem imaginasse que eles fossem assim. Mesmo Max, toda
durona, me irritou em certos momentos, sempre se perguntando se estar com Cade
era o certo, se ele não iria machucá-lo ou, pior, se ela não o machucaria. Isso
era uma constante na narrativa da garota, o que acabou me irritando, porque ela
simplesmente punha tão pouca fé em si mesma e no amor que sentia que nem queria
se arriscar.
Um diferencial que eu curti sim
foi o destaque para a parte musical, que ambos curtem muito, que o livro possui.
Foi graças a esse lindo livro que descobri uma música que amo, chamada Portion for Foxes, que vocês deviam
muito ouvir e combina bem com o relacionamento dos dois. Isso me fez querer
saber mais sobre o futuro da Max na música, afinal ela é muita talentosa e só
precisava de uma oportunidade.
O que eu realmente
achei meio corrido e não tão bem feito foi o final. Nós tínhamos uma super
tensão com relação a história da família de Max, que contudo foi resolvida de
uma maneira simplista e em, o quê, um capítulo, com um fechamento que eu,
particularmente, achei fraco, porque eu queria algo mais real, mesmo que não
fosse tão "perfeito".
Como uma leitura que entretém, Fingindo funciona bem. Como uma história
bem planejada, nem tanto, mas se você gostou do anterior, acho que vale a pena
continuar a ler porque eu sempre gosto de conhecer personagens secundários de
histórias que eu já gostei.
3 roupas jogadas no chão
Editora: Novo Conceito
Ano: 2015
Páginas: 336
Nome original: Faking It
Coleção: Losing It, #2
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