Todo
mundo tem aquele momento em que está a fim de ler um livro feliz, engraçado,
divertido, despretensioso. Ela só pensa
em dinheiro já estava no meu radar há tempos e quando finalmente consegui
lê-lo, posso dizer que foi uma experiência muito boa e que eu gostaria de
repetir.
Tudo
começa quando Maya, uma menina extremamente estudiosa e esforçada, que sonha em
estudar em Stanford, acaba acidentalmente fazendo com que o restaurante de seus
pais, que já está meio em baixa, acumule uma dívida gigantesca por sua falta de
cuidados com a "higiene". Nessas histórias, o fator que causa o resto
da história muitas vezes não é desenvolvido direito e, apesar de parecer algo
meio e exagerado e louco, o que causa essa dívida é até que bem explicado e eu
relevei esse fato por causa do grande destaque do livro: a narração de Maya.
Ela
é uma menina muito bem-humorada, que sempre sabe o que fazer, quando e como.
Quando acontece essa confusão, num primeiro momento ela fica louca, mas é então
que a solução surge na pessoa mais detestável (aparentemente) do mundo: Camden,
o cara mais popular do colégio, que sugere que ela venda lições de casa. O
relacionamento deles é conturbado desde o começo, mas conforme os
acontecimentos se desenvolvem, é impossível não ser conquistada pela química
que há entre eles. As cenas eram sempre divertidas e engraçadas, o que me fez
guardar um carinho especial por esse livro.
Camden,
aliás, é outro personagem que eu curti muito. Sim, há toda aquela áurea de bad boy que não presta ao seu redor, mas
como tudo na vida, isso é apenas uma primeira impressão, conforme nós vemos a
forma como ele se apega a Maya e a suas manias loucas. Uma coisa diferente
nesse livro é que na escola de Maya, mesmo que há aquela clara separação de
populares e os "normais", não há necessariamente uma maldade no
primeiro grupo, que acaba se tornando amigos de verdade não só de Maya, mas da
sua turma. Achei isso muito interessante, por fugir da nossa outra ideia de que
todo popular, em qualquer circunstância, é uma pessoa egocêntrica.
Claro
que há algumas viajadas no livro, mas dado o contexto, vou ser honesta e dizer
que achei bem plausível! Tivemos espaço para várias coisas além do principal
assunto, como o romance e amizade, e o mix
ficou melhor do que eu imaginaria. A resolução me surpreendeu, por ser mais
realista do que eu pensaria que seria, dado que o livro é daqueles fofinhos
onde aparentemente tudo dá certo sempre. Então, posso dizer com certeza que
fiquei feliz que a Cherry, da sua maneira peculiar e criativa, soube contar uma
história amalucada, divertida e, por incrível que pareça, próxima da nossa
realidade ao mesmo tempo.
Editora: Galera Record
Ano: 2009
Páginas: 288
Nome original: She's So Money
Coleção: -
Quando eu li a sinopse e vi "um garoto popular", eu já pensei em clichê, mas acabei lendo a sua resenha e mudei a opinião. Sendo que tive outras impressões com a capa, e isso é horrível,maaas tudo bem. :))
ResponderExcluirhttp://belaabel.blogspot.com.br/
Nossa, mas sabe que as capas dos outros países são mais sem graças ainda? Pelo menos essa incorpora um pouco do espírito bem-humorado do livro hahahah Beijooos
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