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Comecei a ler esse livro sem grandes pretensões, só com uma curiosidade de saber qual seria a história, porque a capa original e o título eram simplesmente fofos demais para ignorar. Quando vi, eu já tinha lido uns 30% do livro, numa sentada só. Ajudou um pouco o fato do livro se passar na época das festas de final de ano, e eu sou bem apaixonada por essa temática (sou bem natalina, sim).

Todo mundo tem aquele momento em que está a fim de ler um livro feliz, engraçado, divertido, despretensioso. Ela só pensa em dinheiro já estava no meu radar há tempos e quando finalmente consegui lê-lo, posso dizer que foi uma experiência muito boa e que eu gostaria de repetir.

-> Leia a resenha do primeiro livro da série aqui.

Após o final muito louco, mas que eu queria que acontecesse de Feios, eu aproveitei que já tinha Perfeitos e comecei a ler no mesmo instante. No entanto, logo me acalmei: assim como no primeiro livro da série, esse também começa com um ritmo mais lento, falando primeiro sobre coisas fúteis para entrar nas importantes algumas páginas depois.

Tally, finalmente, é perfeita. Finalmente pode viver em Nova Perfeição, festejar com seus amigos todos os dias, beber o quanto quiser, simplesmente ser bonita e querida. No entanto, há uma única preocupação: ela quer ser aceita na panelinha mais exclusiva de Nova Perfeição, os Crimms, e a oportunidade surge numa festa em uma das casas mais antigas de lá.

O que já era enervante para Tally fica ainda pior quando percebe que alguém anda seguindo-a e, quando finalmente vai atrás dessa pessoa, suas memórias dos tempos de feia aos poucos voltam quando reencontra um de seus amigos dos tempos de Fumaça. Sem entender nada, ela é deixada com apenas um código e, fugindo dos funcionários do governo que aparecem por causa da invasão do feio, acaba conseguindo uma passagem de entrada aos Crimms ao pular da torre de festa com uma jaqueta de air-bag.

Após esse estranho acontecimento, as coisas aos poucos começam a ficar mais claras para Tally e é aí que ela se aproxima de Zane, o líder dos Crimms, que, ao contrário da maioria dos perfeitos, não quer esquecer os tempos de feio e procura sempre estar “Borbulhante”, o que na verdade significa estar mais desperto, ver tudo mais claro, sem aquela névoa causada pela operação. Eu gostei bastante do Zane, da forma como ele e a Tally se relacionavam na história e de ver que, mesmo sendo perfeito, ele não é mais um. O que os dois vivenciam juntos só torna a ligação mais forte e, mesmo depois, com o reaparecimento de David, fico na dúvida se, após tantas mudanças, ele e Tally ainda são tão próximos como eram na Fumaça.

Mesmo gostando de Perfeitos, achei que, em grande parte do livro, não aconteceu nada como eu realmente pensava, algo marcante, e foi só para o final que finalmente temos alguns eventos que, pra mim, poderiam ter acontecido antes, porque tornariam o livro mais animado e, além disso, nós poderíamos ter mais algumas respostas. Também senti falta de alguns personagens do primeiro, mesmo que eu não gostasse, são importantes na história.

Como Feios, Perfeitos também termina de um jeito louco, abrindo mil possibilidades, e só espero que Scott dessa vez mostre um pouco mais de acontecimentos importantes, porque é uma história muito boa e com muito potencial, não precisa de enrolação para torna-la “melhor”.

Perfeitos é um boa continuação, não há dúvida, e os novos personagens são interessantes, além do que, por ser uma narração em terceira pessoa com foco na Tally, nós podemos ver como é viver de fato em Nova Perfeição e como uma pessoa de lá pensa e se comporta. Há alguns defeitozinhos, mas num geral, é interessante e me deixou bem, bem, bem curiosa pra ver o que acontecerá na série.


Autor(a): Scott Westerfeld
Editora: Galera Record
Ano: 2005 (original) - 2010 (Brasil)
Páginas: 370 (original) - 382 (Brasil)
Nome original: Pretties
Coleção: Feios, #2

Há muito, muito, muito tempo eu queria ler esse livro. O esquisito? Eu o tenho na minha estante há uns três anos, mas sempre acabava enrolando pra ler, por algum motivo desconhecido. No entanto, aproveitei as férias e, finalmente, dei uma chance a distopia de Scott Westerfeld, da qual já ouvi tanto elogios quanto críticas.

Tally é uma feia prestes a completar 16 anos, que só consegue pensar em fazer a cirurgia que a transformará em perfeita e assim, poderá se juntar com seus amigos e, principalmente Peris, seu melhor amigo, e começará de verdade a viver. Tudo muda quando ela conhece Shay, uma feia da mesma idade, que não quer fazer a cirurgia e, na noite antes do aniversário de ambas, foge para a Fumaça, uma comunidade no meio da natureza onde os que são contra a cirurgia acabam indo. É aí que Tally tem sua vida mudada completamente ao conhecer as Circunstâncias Especiais, cheia de perfeitos aterrorizantes, e que só farão a cirurgia nela se ela conseguir achar onde a Fumaça fica.

O livro tem um começo bem lento, achei, talvez um dos motivos para que eu tenha demorado a lê-lo foi que os primeiros capítulos eram bem introdutórios. No entanto, conforme vemos a amizade de Shay e Tally crescendo, a chegada do aniversário de 16 anos e, finalmente, quando as coisas começam a ficar complicadas, é aí que entramos de vez na história. Tally é uma protagonista inteligente, esperta, boa em aprontar coisas na Vila Feia, onde mora, mas aos poucos, dá pra ver que ela se torna mais do que isso, conforme vai descobrindo o que o governo, que tanto achava que era maravilhoso, é na verdade cruel e drástico. Gostei dos personagens num geral, mas senti falta de uma maior empatia com os outros, tirando a protagonista, que eu gostei e torcia por.

Aliás, por ser um livro distópico, a sociedade como plano de fundo é fundamental. Em Feios, nós descobrimos em parte como o mundo se tornou o lugar que é na história, mesmo que não tenhamos nada concreto. Aliás, uma coisa que eu pensei nesse livro e que costumo não achar em outros livros foi que esse, mais do que todos os outros distópicos que já li, é o que eu poderia mais chamar de “racional”.

Sim, é loucura que todos tenham que fazer certa cirurgia que os mudará totalmente com certa idade, mas é possível entender por que há essa “necessidade” de igualdade, afinal, vivemos num mundo que as diferenças de etnias, classes sociais, aparências, influenciam muito no relacionamento das pessoas, então é, pelo menos na teoria, lógico tentar fazer as pessoas mais iguais. Claro que, como até mesmo Tally aponta no livro, por que não simplesmente deveria haver uma reeducação no pensamento, de modo a não julgarmos imediatamente as pessoas?

Mesmo assim, por o argumento da atual sociedade ser bom dessa forma, achei um pouco falho o porquê de algumas pessoas serem tão contra a cirurgia, no começo da história, mas Scott não me decepcionou, construindo uma história bem legal.

Algumas coisas que ocorreram eu já conseguia imaginar, afinal, eu sempre espero alguma grande surpresa, mas nem por isso o livro deixa de ser tão bom. Feios não é o livro que te pega de primeira, mas aos poucos, você se aproxima dos personagens e quer saber o que irá acontecer naquele mundo. O final é de deixar qualquer um louco pela continuação, Perfeitos, além de lançar mais alguns mistérios no ar, o que foi uma jogada legal do Scott.

O romance, que fica apenas sugerido em um primeiro momento, aos poucos se desenvolve entre Tally e ninguém menos que David, um feio que foi criado na Fumaça, do qual Shay gosta. Em si, com todos os motivos para não dar certo. No entanto, é um romance fofo de se ver, nada que me fizesse suspirar, mas é bonito ver como David aos poucos muda Tally, abrindo seus olhos para o que a cirurgia realmente significa: uma mudança não só de aparência, mas também de personalidade. Ele pode não ser meu personagem mais querido, mas é fundamental pra que Tally se dê conta da verdade.

Se você gosta de distópicos, transformações e todas essas coisas loucas e legais, Feios é um must-read. Se gosta de livros muito bons, também deveria dar uma chance.


Autor(a): Scott Westerfeld
Editora: Galera Record
Ano: 2005 (original) - 2010 (Brasil)
Páginas: 448 (original) - 415 (Brasil)
Nome original: Uglies
Coleção: Feios, #1

Nossa, há quanto tempo eu quero ler esse livro! No entanto, ele sempre estava num preço tão insano (uns 50 reais, se não me engano) que eu me recusava a pagar. Então, num dia comum, alguém quis trocar um livro comigo e bang!, consegui esse lindo livro nas minhas mãos.

A história é narrada pela menina de doze anos Ananka Fishbein, que não tem nada de mais, segundo ela própria, e vive uma vida de pura chatice. No entanto, tudo muda quando ela conhece a misteriosa/incrível Kiki Strike, que aparentemente estudava na mesma escola que ela, um lugar cheio de panelinhas e meninas ricas além da conta, na qual Ananka só pode estudar graças a herança que herdou do avô.

“- Você, no fundo – disse a diretora. – Não pense que pode se esconder. Diga-me. O que quer ser quando crescer?
- Perigosa – disse a menina escondida, sem um segundo de hesitação. Todo mundo na turma se virou para a carteira dela. Ali, atrás de  Lizzie, estava uma garotinha que ninguém se lembrava de ter visto antes. Por um momento eu tive certeza de que a ouvira mal.
- Desculpa – disse a Srta. Jessel com um sorriso complacente na cara. – Acho que eu e a diretora não entendemos o que você disse.
A menina fincou o pé.
- Quando crescer, quero ser perigosa.
A diretora e a Srta. Jessel trocaram um olhar.
- Qual é o seu nome, querida? – perguntou a diretora em um tom que indicava que ela ia ficar de olho na menina.
- Kiki Strike – respondeu a garota com simplicidade e, como se seguisse uma deixa, a sineta tocou.” (pág. 27)

Ao conhecer Kiki, ela acaba entrando num clube que a mesma criou, as “Irregulares”, um grupo de seis meninas, cada uma com um talento diferente: Luz Lopez, uma jovem aspirante a inventora, DeeDee Morlock, uma precoce cientista, Betty Bent, mestra em disfarces e Oona Wong, hacker. Com um grupo tão misto e, ao mesmo tempo, tão jovem, era óbvio que o que Kiki queria era algo grande e importante e requeria pessoas especiais.

Aos poucos, elas conseguem juntar pistas e desvendam o mapa de uma cidade inteira construído embaixo de Nova York, a “CIDADE DAS SOMBRAS” do título. Na verdade, essa cidade era o lar, há muitos séculos, de vadios e bandidos, e esconde grandes riquezas. Além do mais, você pode ir pra qualquer lugar da cidade usando uma passagem dela.

“A maioria das pessoas acha que os mapas são instrumentos simples que podem guia-las de um lugar para outro (É claro que estas tendem a ser os mesmos idiotas que lhe dirão que os disfarces só devem ser usados em festas a fantasia e que todas as histórias boas têm uma moral.) Mas para os que conhecem a maneira certa de ler os mapas, eles podem revelar segredos extraordinários. Até o mapa rodoviário mais comum pode lhe mostrar onde encontrar cidades-fantasma poeirentas, passagens perigosas pelas montanhas e pântanos cheios de orquídeas raras. Mas também existem ouros tipos de mapas – mapas que podem levar você a minas de ouro ocultas, cidades maias perdidas ou às cavernas na floresta do Oregon onde mora o Pé-Grande.” (pág. 245)

A história é muito bem contada e, apesar de ser claramente surreal pra caramba, ela é bem divertida. Claro que eu, tendo 17 anos, provavelmente não gostei tanto quanto se tivesse lido numa idade mais próxima das protagonistas, mas mesmo assim, é uma aventura muito diferente do que meninas de 12 anos costumam viver. O mais interessante (além da própria Kiki, que, apesar de conseguirmos algumas informações ao longo da história, é o constante x da equação) é ver como seis meninas que, apesar de possuírem certas qualidades diferentes, conseguem ir tão longe!

Além disso, o clímax da história também foi bem feito, algo que eu não tinha esperado até então, então, adorei! A narradora (que não é bem uma protagonista, visto que não conta só sua história e sim da sua participação nas Irregulares), Ananka, também é bem interessante. Apesar de não ter nenhuma qualidade que destaca aos olhos na hora, Ananka é muito inteligente e sabe de coisas que as outras jamais pensariam, afinal, ama ler e também é uma ótima armadora de planos. Foi bom ver que, mesmo com a pouca idade, as meninas ainda podem ser inteligentes e, EI!, não pensarem apenas em meninos e tal.

“- Eu ainda não sei por que devo confiar em você – repeti.
A resposta de Kiki for curta e grossa.
- Não confie em mim, Ananka – disse ela. – Confie em si mesma.
As portas do elevador se abriram e Kiki desapareceu.
Pensei que estivesse brincando, até que percebi que era um excelente conselho. Embora sempre se falasse nisso como uma piada, havia uma forma peculiar de percepção extrassensorial conhecida como intuição feminina. Toda mulher na terra nasce com ela. Para falar com simplicidade, a intuição feminina é uma voz dentro de sua cabeça que sussurra que seu novo namorado pode ter más notícias, que você não deve pegar o atalho por aquele beco escuro, ou que sua irmã andou mexendo nas suas coisas de novo. Se você aprender a presta atenção à voz, provavelmente vai descobrir que em geral acerta. É claro que não estou sugerindo que todas as mulheres tenham poderes sobrenaturais. Infelizmente, só algumas de nós preveem o futuro ou leem a mente das pessoas. Mas prefiro prensar que o resto de nós é de detetives naturais. Ao dar atenção aos pequenos detalhes, percebemos quando uma coisa não está muito certa – mesmo que não possamos apontar precisamente o que é.” (pág. 272)

Claro que não discrimino quem faz isso, mas atualmente, há tantos livros que fazem as meninas parecerem trouxas atrás de uma paixão que ver um que elas são inteligentes, independentes (até demais, eu diria, pela quantidade de coisas que aprontam, mas conseguem passar ilesas) e simplesmente legais.

Se você adora uma aventura, de qualquer tipo, e adora Nova York, não tem erro: esse livro vai ser ótimo. E, como eu já disse, as últimas páginas foram ótimas, abrindo caminho para o segundo livro, que já foi lançado no Brasil há um tempinho. Por isso, recomendo muito pra vocês, como uma bela diversão nas férias.


Autor(a): Kirsten Miller
Editora: Galera Record
Ano: 2006 (original) - 2007 (Brasil)
Páginas: 387 (original) - 448 (Brasil)
Nome original: Inside the Shadow City
Coleção: Kiki Strike, #1
Sabe aquele livro que, antes mesmo de você saber ler livros em inglês direito, você quer ler? Que acha a capa incrível, a história superinteressante e que pensa que vai ser uma ótima leitura? Esse livro era tudo isso. Pra vocês terem uma ideia, o livro foi lançado em 2009 e acho que no ano seguinte eu já estava querendo lê-lo, mas acabei esperando até a Galera Record lançar aqui.

Jenny Han nos conta sobre Belly, uma menina cuja vida é medida em verões. Ela literalmente vive por três meses do ano, quando sai da sua cidade e vai para a casa da praia da melhor amiga da sua mãe, em Cousins Beach. Lá, ela, seu irmão mais velho, Steven, e os dois filhos de Susannah, a melhor amiga da sua mãe, Conrad, o mais velho e mais introspectivo e Jeremiah, o mais novo e mais extrovertido, passam os melhores dias da sua vida.

“E aquele momento entre nós, frágil e tênue, partiu-se ao meio. Terminou. Não adiantava imaginar o que ele ia dizer. Momentos, quando se perdem, não podem ser reencontrados. Simplesmente se vão.” (pág. 162)

Prestes a fazer 16 anos, Belly está louca por esse verão, porque finalmente poderá ser tratada como uma adulta pelos meninos e também porque é provavelmente o último ano em que todos eles estarão unidos na praia. Por isso, tudo tem um toque meio de despedida, meio triste. Além da Belly nos contar sobre o verão atual, ela também mostra alguns flashblacks, de outros verões, desde quando ela era bem pequena. Isso foi bem bacana, porque mostrou como a protagonista e seus amigos foram mudando.

No entanto, eu não gostei muito da história em si. Eu fiquei esperando alguma coisa incrível acontecer, por causa da sinopse, mas nada de mais acontecia. Belly claramente tinha uma queda por Conrad, apesar de começar a namorar outro menino, Cameron, que conheceu numa festa, e mesmo assim nada acontece entre eles. Pra falar a verdade, nem deu pra sentir a química direito. Além disso, não curti o Conrad não. Ele, para mim, aparentou ser apenas um babaca arrogante, que não tem noção sobre o efeito que causa nas outras pessoas. Seu irmão, Jeremiah, era bem mais legal e fiquei chateada por ele não ter tanto espaço na história quanto eu achei que teria.

“Para mim não havia, nem há, nada melhor do andar na praia tarde da noite. Parece que a gente pode continuar andando para sempre, como se a noite toda fosse nossa, e o oceano também. Quando a gente anda na praia à noite, podemos dizer coisas que não se pode dizer na vida real. No escuro, a gente pode se sentir realmente próxima das pessoas. Pode-se dizer o que se quiser.” (pág. 181)

Mas sabe o que eu achei que ia acontecer? Eu achei que ia rolar um triângulo amoroso entre os dois irmãos e a Belly. Sério. Não sei por que eu pensei isso, mas se a autora queria deixar isso implícito, comigo não funcionou não. Eu simplesmente achei que seria uma coisa, mas acabou sendo um livro totalmente diferente.

E não que foi uma má leitura, mas eu simplesmente esperava uma escrita bem melhor. Eu até gostei um pouco da Belly, mas foi uma coisa meio sem graça, ela era legal e tal, mas às vezes agia como uma criança pequena. Eu simplesmente não entendi aonde a autora queria ir com a história.

“Perto do final do verão, tudo começou a ficar mais lento, e deu para sentir que estava para acabar. Era como nos dias que éramos dispensados de ir à escola por causa da neve. Uma vez, por causa de uma nevasca intensa, passamos duas semanas inteiras em casa. Depois de algum tempo, a gente simplesmente sente vontade de sair, nem que seja para ir à escola. O mesmo acontecia na casa de veraneio. Até mesmo o paraíso pode ser sufocante. Sentar na praia sem fazer nada é bom até começar a ficar chato, e aí a gente sente vontade de voltar para casa. Eu me sentia sempre assim uma semana de nós voltarmos da praia. E depois, naturalmente, quando chegava a hora de ir embora, nunca sentia vontade de ir. Queria ficar lá para sempre. Era um beco sem saída, uma verdadeira contradição. Porque assim que a gente se sentava dentro do carro e se afastava da casa de praia, eu só sentia vontade de pular e voltar correndo para lá.” (pág 274/275)

Claro que, sem dúvidas, a narrativa era interessante, porque li o livro bem rápido e, por não serem capítulos muito longos, a leitura fluía bem. Ainda estou curiosa com a continuação, Sem você não é verão, mas minhas expectativas vão estar bem menores dessa vez.
Uma das coisas que eu gostei foi que, além da parte do romance, a Jenny também mostrou outros problemas, como o fato de que Susannah, que a Belly trata como se fosse uma mãe para ela (e às vezes melhor) está doente e as consequências disso tudo para o resto das pessoas. Isso foi bem bolado e é um dos motivos do por que eu estar curiosa com o segundo volume, porque Susannah foi um ótimo personagem e quero muito saber o que acontece com ela.

SPOILERS! “Não sabia o que dizer a ele. Eu amava Conrad, e provavelmente sempre amaria. Passaria a vida inteira amando-o, de um jeito ou de outro. Talvez me casasse, talvez tivesse uma família, mas não ia importar, porque uma parte do meu coração, a parte onde o verão vivia, sempre pertenceria a Conrad.” (pág. 275)

O final foi, literalmente, o que mais me surpreendeu. Eu realmente não esperava nada disso, então quando aconteceu, eu fiquei “O quê? Como assim? JENNY HAN!!!!!”, porque deixou um gancho enoooorme.

No final das contas, é uma boa história de verão. Se vai te surpreender? Provavelmente não, mas mesmo assim, se surgir a oportunidade, dê a chance, pois pode funcionar com você melhor que comigo.

 3 estrelas - 7,5

Autor(a): Jenny Han
Editora: Galera Record
Ano: 2009 (original) - 2011 (Brasil)
Páginas: 276 (original) - 288 (Brasil)
Nome original: The Summer I Turned Pretty
Coleção: Verão, #1

Meg Cabot é conhecida pelos livros divertidos e incrivelmente engraçados que escreve - e, sem dúvida alguma, TGT é um desses. A história, pra começar, é bem louca, mas que se torna muito plausível na mão da senhorita Cabot: Jane, uma moça solteira, feliz e desenhista de uma famosa tirinha sobre um gato, está prestes a embarcar para a Itália para presenciar o casamento de Holly, sua melhor amiga de toda a vida, e Mark, o noivo dela. Mark, por sua vez, leva seu melhor amigo, Cal, um descrente no amor e no casamento num geral.

Os dois se desentendem imediatamente, pois Jane acha que Holly e Mark são feitos um para o outro, e nada deveria impedi-los de se casar - nem mesmo o melhor amigo do noivo. Com isso, fica claro de ambas as partes que eles não se suportam, mas todos nós, leitores, conseguimos ver uma atração entre os dois bem difícil de passar despercebida. Como já comentei em outra resenha, a grande sacada da Meg é o jeito incrível que ela conta as coisas, das mais comuns às mais loucas.

E nessa história em particular, temos toda a narrativa feita somente em emails, mensagens e relatos no diário de viagem de Jane, o que achei muito legal porque sou fã desse tipo de narrativa (vide Tweet Heart, que é amor <3) e fez com que as coisas fluíssem muito bem na história. Não sei se precisamos de um livro tão grande para contar a história, mas certamente isso fez as coisas ficarem mais divertidas.

Jane é uma ótima protagonista: ela é meio piradinha, ok, mas não tem papas na língua, é uma ótima amiga e faz de tudo para fazer com que esse casamento aconteça. Claro que - e eu tenho que fazer essa observação! - ela é americana, então passa a viagem inteira comparando a Itália com os Estados Unidos, o que, em algumas observações, é meio irritante, porque ela parece ter um pouco daquele problema de achar que seu país é maravilhoso em todos seus requisitos. Mas isso não atrapalha muito na narrativa. Holly, sua melhor amiga, é legazinha. Eu a achei meio sem graça e um pouco infantil, mas dá pra notar que as duas são mesmo próximas, como irmãs.

Mark foi uma fofura inesperada - ou que eu já deveria saber que seria ótimo, porque todo mundo sabe que a Meg cria personagens masculinos como ninguém (e isso foi em parte o que me fez gostar tanto dela, HAHAHA). Mas, ah, como comentar Cal? Ele é um chato, arrogante e descrente no amor. Na verdade, agora que penso, me lembra um pouco o Mr. Darcy, de Orgulho e Preconceito (fãs, não me matem). Mesmo assim, é impossível não dar risada dos diálogos entre ele e Jane, dar risada das situações malucas em que ambos se metem e, claro, não torcer para que fiquem juntos. Sim, ele é uma coisa adorável! (e ainda viaja pelo mundo, gente. Como não amar??)

Todo garoto tem é um ótimo romance da Meg - divertido e fofo na medida certa, com personagens encantadores e cenas engraçadas. Claro que o lugar também ajuda muito - ele se passa na Itália, ALÔ! - e minha vontade de viajar pra lá aumentou mil vezes lendo esse livro. Além disso, adorei o título e, principalmente, o que ele realmente significa. 

É um ótimo livro e vai te deixar com um sorriso na cara ao final da leitura :)
 
P.S.: Ele faz parte de uma série, Garotos, mas não há a necessidade de ler os outros títulos antes desse.
P.S.: Quem mais acha que a Jane iria se dar super bem com a Delilah (Qual seu número?) e com a Tilly (Dizem por aí...)? Seria um trio incrível, HAHA!
 
 
(Quatro estrelas)

Autor(a): Meg Cabot 
Editora: Galera Record 
Ano: 2004 (original) - 2008 (Brasil) 
Páginas: 328 (original) - 380 (Brasil) 
Nome original: Every Boy Got's One 
Coleção: Garoto, #3








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Pra quem não sabe, esse livro é a continuação de Minha vizinha Alice, um livro que foi lançado pela Galera há um bom tempo, lá por 2008. Finalmente, eles resolveram lançar o segundo volume e eu, que adorei o primeiro, fui logo lê-lo, já que eu achava que seria uma leitura gostosa e rápida (o livro é super fino!)


E o livro é mesmo uma graça, apesar de meio mirabolante. Meg, a nossa protagonista e narradora, finalmente vai visitar sua melhor amiga, Alice, que agora mora em Dublin, pois depois do divórcio dos pais, teve que se mudar pra lá com a mãe e o irmão mais novo, Jamie.


No último livro, elas inventaram um plano super maluco que envolvia a Alice se escondendo de tudo e todos embaixo da cama de Meg durante uns quatro dias. O plano não deu muito certo, mas com isso, ela conseguiu voltar a Limerick, onde costumava morar, mais vezes. Nesse livro, eu já esperava algum comportamento bem louco da menina, porque a Alice é bem impulsiva, muito mesmo.


E não é que ela arranja um plano para cumprir enquanto a Meg está passando a semana em Dublin? E, claro, a coitada da protagonista acaba aceitando fazer parte, afinal, era sua melhor amiga. Dessa vez, Alice está desconfiada de que sua mãe tenha voltado a namorar e acha isso horrível, planejando destruir o possível relacionamento. E, honestamente? MEU DEUS. Não é como se Alice acreditasse que a mãe dela vá voltar para seu pai, ela simplesmente não parece querer ver a mãe feliz com alguém novo. E ela já tem doze anos, pessoal. Sim, foi um choque o divórcio, mas namoro é a coisa mais natural depois disso, ainda mais porque sua mãe é jovem e bonita.


E isso foi o que mais me irritou no livro inteiro: a Alice. Seus planos me lembravam os do Cebolinha, sabe? Só que isso não foi o ruim, porque eu achava os achava engraçados, por mais loucos que fossem. O chato foi que a menina não parecia ter a idade que tinha – era egoísta, mimada e passava qualquer limite para conseguir o que queria. Fiquei morrendo de dó da Meg, que acabava ficando na mão da Alice e seus planos loucos, além de seu irmão, Jamie, que acabava caindo nas armadilhas da irmã.


Porém, as confusões que elas se metiam por causa dos planos eram bem divertidas e engraçadas e tínhamos alguns momentos fofos também. A conclusão foi bem diferente do que eu esperava – bem “final feliz” mesmo, o que eu achei legal, porque o livro segue mesmo esse estilo “impossível”, então, por que não optar por um final assim também?

Além disso, fechou a maioria dos arcos da história, então creio que é mesmo o último da “série”. UMA PEQUENA EDIÇÃO: NÃO é o final da série. Até agora foram lançados sete livros lá fora e um livro de receitas, segundo o Goodreads. POIS É, isso eu não esperava. Além disso, descobri que o nome da série é "Alice & Megan".


O livro é bonitinho, mas não curti tanto quanto o primeiro que, esse sim, me cativou. Eu até perdi a conta de vezes que o reli, para vocês terem noção! Em Alice de novo, a única coisa que perdi de fato foi a minha paciência com a Alice, como já deixei bem claro aí em cima. Mesmo assim, é uma ótima leitura para passar o tempo, descansar a cabeça entre coisas mais pesadas e dar algumas risadas.


É só não ficar esperando algo super profundo e reflexivo, ainda mais por se tratar de um livro voltado para um grupo mais infanto-juvenil – de uns 12 anos mesmo, a idade das protagonistas. Leia, divirta-se e tente não perder a cabeça com a Alice... Haha.

 3 estrelas - 7,5

Autor(a): Judi Curtin
Editora: GalerRecord
Ano: 2012 (Brasil) - 2006 (original)
Páginas: 208 (Brasil) - 240 (original)
Nome original: Alice Again
Coleção: Alice & Megan, #2






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