Sabe aquele livro que,
antes mesmo de você saber ler livros em inglês direito, você quer ler? Que acha
a capa incrível, a história superinteressante e que pensa que vai ser uma ótima
leitura? Esse livro era tudo isso. Pra vocês terem uma ideia, o livro foi
lançado em 2009 e acho que no ano seguinte eu já estava querendo lê-lo, mas
acabei esperando até a Galera Record lançar aqui.
Jenny
Han
nos conta sobre Belly, uma menina cuja
vida é medida em verões. Ela literalmente vive por três meses do ano,
quando sai da sua cidade e vai para a casa da praia da melhor amiga da sua mãe,
em Cousins Beach. Lá, ela, seu irmão mais velho, Steven, e os dois
filhos de Susannah, a melhor amiga da
sua mãe, Conrad, o mais velho e mais introspectivo e Jeremiah, o mais novo e
mais extrovertido, passam os melhores dias da sua vida.
“E aquele momento entre nós, frágil e tênue, partiu-se ao meio.
Terminou. Não adiantava imaginar o que ele ia dizer. Momentos, quando se
perdem, não podem ser reencontrados. Simplesmente se vão.” (pág. 162)
Prestes
a fazer 16 anos, Belly está louca por esse verão, porque
finalmente poderá ser tratada como uma adulta pelos meninos e também porque é
provavelmente o último ano em que todos eles estarão unidos na praia. Por isso, tudo tem um toque meio de despedida,
meio triste. Além da Belly nos
contar sobre o verão atual, ela também
mostra alguns flashblacks, de outros
verões, desde quando ela era bem pequena. Isso foi bem bacana, porque
mostrou como a protagonista e seus amigos foram mudando.
No entanto, eu não gostei muito da história em si.
Eu fiquei esperando alguma coisa incrível acontecer, por causa da sinopse, mas
nada de mais acontecia. Belly claramente
tinha uma queda por Conrad, apesar
de começar a namorar outro menino, Cameron,
que conheceu numa festa, e mesmo assim nada acontece entre eles. Pra falar a verdade, nem deu pra sentir a
química direito. Além disso, não
curti o Conrad não. Ele, para mim, aparentou ser apenas um babaca
arrogante, que não tem noção sobre o efeito que causa nas outras pessoas. Seu irmão, Jeremiah, era bem mais legal
e fiquei chateada por ele não ter tanto espaço na história quanto eu achei que
teria.
“Para mim não havia, nem há, nada melhor do andar na praia tarde da
noite. Parece que a gente pode continuar andando para sempre, como se a noite
toda fosse nossa, e o oceano também. Quando a gente anda na praia à noite,
podemos dizer coisas que não se pode dizer na vida real. No escuro, a gente
pode se sentir realmente próxima das pessoas. Pode-se dizer o que se quiser.” (pág. 181)
Mas sabe o que eu
achei que ia acontecer? Eu achei que ia
rolar um triângulo amoroso entre os dois irmãos e a Belly. Sério. Não sei por que eu pensei isso, mas se
a autora queria deixar isso implícito, comigo não funcionou não. Eu
simplesmente achei que seria uma coisa, mas acabou sendo um livro totalmente
diferente.
E
não que foi uma má leitura, mas eu simplesmente esperava uma escrita bem melhor.
Eu até gostei um pouco da Belly, mas
foi uma coisa meio sem graça, ela era legal e tal, mas às vezes agia como uma
criança pequena. Eu simplesmente não entendi aonde a autora queria ir com a
história.
“Perto do final do verão, tudo começou a ficar mais lento, e deu
para sentir que estava para acabar. Era como nos dias que éramos dispensados de
ir à escola por causa da neve. Uma vez, por causa de uma nevasca intensa,
passamos duas semanas inteiras em casa. Depois de algum tempo, a gente
simplesmente sente vontade de sair, nem que seja para ir à escola. O mesmo
acontecia na casa de veraneio. Até mesmo o paraíso pode ser sufocante. Sentar
na praia sem fazer nada é bom até começar a ficar chato, e aí a gente sente
vontade de voltar para casa. Eu me sentia sempre assim uma semana de nós
voltarmos da praia. E depois, naturalmente, quando chegava a hora de ir embora,
nunca sentia vontade de ir. Queria ficar lá para sempre. Era um beco sem saída,
uma verdadeira contradição. Porque assim que a gente se sentava dentro do carro
e se afastava da casa de praia, eu só sentia vontade de pular e voltar correndo
para lá.” (pág 274/275)
Claro que, sem
dúvidas, a narrativa era interessante,
porque li o livro bem rápido e, por não serem capítulos muito longos, a leitura
fluía bem. Ainda estou curiosa com a
continuação, Sem você não é verão, mas minhas expectativas vão estar bem
menores dessa vez.
Uma das coisas que eu
gostei foi que, além da parte do romance, a
Jenny também mostrou outros problemas, como o fato de que Susannah, que a Belly trata como se fosse uma mãe para ela (e às vezes melhor) está
doente e as consequências disso tudo
para o resto das pessoas. Isso foi bem bolado e é um dos motivos do por que eu
estar curiosa com o segundo volume, porque Susannah
foi um ótimo personagem e quero muito saber o que acontece com ela.
SPOILERS! “Não sabia o que dizer a ele.
Eu amava Conrad, e provavelmente sempre amaria. Passaria a vida inteira
amando-o, de um jeito ou de outro. Talvez me casasse, talvez tivesse uma
família, mas não ia importar, porque uma parte do meu coração, a parte onde o
verão vivia, sempre pertenceria a Conrad.” (pág.
275)
O
final foi, literalmente, o que mais me surpreendeu.
Eu realmente não esperava nada disso,
então quando aconteceu, eu fiquei “O quê? Como assim? JENNY HAN!!!!!”, porque deixou um gancho enoooorme.
No
final das contas, é uma boa história de verão. Se vai te
surpreender? Provavelmente não, mas mesmo assim, se surgir a oportunidade, dê a
chance, pois pode funcionar com você melhor que comigo.
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