[Resenha] O Clã dos Magos, de Trudi Canavan


Eu nunca tinha ouvido falar dessa trilogia sobre magos, mas, assim que vi que era um dos lançamentos da Novo Conceito, me animei, pois a sinopse me parecia bem interessante – sem contar que eu adoro coisas que envolvam magia e bruxos.

A história nos apresenta Sonea, uma mendiga aparentemente comum, vivendo com seus tios. Como é a tradição na vila onde mora, Irmadim, todo ano os magos – que vivem separados das pessoas normais – vêm à cidade para purificá-la, livrando-a dos mendigos, bandidos, pedintes e todo esse tipo de gente. Esses magos são odiados por toda a população e, muitas vezes, durante essa purificação, as pessoas atiram coisas neles, o que os fez criar um escudo mágico. Sonea é uma dessas pessoas e, numa dessas purificadas, revoltada com a situação e o sofrimento que, segundo ela, é culpa dos magos, ela acaba jogando uma pedra que, misteriosamente, atravessa o escudo e acerta um dos magos. Com isso, os magos descobrem que há uma alguém com magia entre aquelas pessoas e, para encontrá-la, começam a buscar em todos os lugares, iniciando uma insistente caçada por essa pessoa.

Sonea, obviamente, não quer ser encontrada. Por isso, começa a fugir, mudando de lugar constantemente, com a ajuda de um amigo ladrão de infância, Cery, que na verdade é secretamente apaixonado por ela. E então, por mais que eu tenha gostado do livro... Começa a enrolação. Os primeiros capítulos, por ser justamente o primeiro de uma série, são mais explicativos, que contam como as coisas funcionavam em Imardim. E eu acho que isso, por mais que cause uma lerdeza na leitura, foi bom, porque é uma coisa muito importante (especialmente nesse livro) saber como a sociedade funciona.

Só que, até aí, eu entendia os motivos da autora. No entanto, a partir que Sonea libera a sua magia, nós sabemos que ela vai acabar sendo encontrada. É algo bem óbvio, afinal, é apenas uma vila e ela não tem condições de fugir de lá, são magos poderosos atrás dela e, o mais importante: a história não funciona se isso não acontecer. Então, fiquei irritada com a quantidade de páginas – em grande parte, desnecessárias – que a Trudi Canavan utilizou para mostrar a Sonea fugindo. Só torço para que tudo (que não foi muita coisa, aliás) o que aconteceu enquanto ela estava fugindo tenha alguma utilidade nos próximos livros, porque até agora se revelou ser só uma boa enrolação.


Porém, quando finalmente Sonea é capturada, as coisas passam a ser bem mais agitadas e eu li o livro bem mais rápido – além de ter gostado infinitamente mais dessa segunda parte. Afinal, era por isso que o livro tinha me chamado mais a atenção: adoro ler sobre pessoas que são tão normais – que sabem de magia, por exemplo, tanto quanto nós – tendo que aprender sobre as coisas mais loucas. É tão divertido! Uma pena que isso durou bem pouco (ok, nem tanto, mas eu queria mais).

Porém, se a trama foi meio enrolada, os personagens até que foram aceitáveis. Sonea é meio lerda e, ao mesmo tempo, extremamente teimosa. Isso fez com eu gostasse e desgostasse dela – me irritava ver como ela se recusava a entender o que os magos queriam com ela, mas eu gostei de ver que ela pelo jeito tem um lado mais forte e kickass, porque é bem legal quando uma protagonista é forte de verdade. Nesse livro, ela não tem muito disso, já que está fugindo, mas eu tenho fé que as coisas vão mudar nos próximos dois livros. Tem seu amigo Cery, que eu achei fofinho, mas que até agora só me provou ser um grande “bobo de amor”... Não sei, é um simplesmente meio cinza, não tem nada de mais. Além deles, também devo citar Lorden Rothen, um poderoso e antigo mago, que me lembrou o Dumbledore (é, o de Harry Potter) e que eu achei super legal no estilo “idoso adorável” e Lorde Dannyl, um mago também poderoso, mas mais jovem. Eu também gostei do Dannyl, porque ele trazia um humor para a história que fazia com que ela ficasse mais interessante. Ah, e claro, o mago chato e metido da besta: Lorden Fergun. Nem tenho que dizer que achei um saco esse cara, né? E, novamente, eu me lembrei de Harry Potter, e o imaginei como uma espécie de Gilderoy Lockhart.

Apesar de eu ter feito essas comparações, os dois livros têm pouquíssima coisa em comum, além de ambos os protagonistas terem recentemente descoberto do quanto são capazes de fazer. Apesar dos pontos fracos, O clã dos magos tem um plano de fundo bem legal – e importante – e que sei que a autora sabe usar a seu favor. Outra coisa bem legal é que a Trudi já finalizou esse livro de uma maneira que eu fiquei bem curiosa com a continuação. Ou seja, eu gostei bastante da leitura, num geral – e vou dar um descontinho por ser o primeiro da série.

Pra quem gosta de magia e toda essa áurea de “escola de magos”, esse livro é um prato cheio.
 
(Quatro estrelas)


Autor(a): Trudi Canavan
Editora: Novo Conceito
Ano: 2012 (Brasil) / 2001 (Original)
Páginas: 446 (Brasil) / 467 (Original)
Nome original: The Magicians' Guild
Coleção: Trilogia do Mago Negro (#1)

9 comentários:

  1. Bela resenha Isa, até agora só vi críticas positivas e não vejo a hora de comprar esse livro !! Beijos

    * Apaixonada por Livros *

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  2. Não gostei muito do livro, esse enrolação foi que matou. Mas vou ler a continuação pra ver como vai ser... Bjs

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  3. achei o livro bem legal, a historia tudo

    estou muito ansiosa pra ler a triologia do livro

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  4. Eu adoro essa trilogia, mas ainda não tive oportunidade de ler nenhum, tô louca pra ler o Aprediz.

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  5. Achei muuuuuuito legal a resenha, agora fiquei super ansiosa pra ler o livro \z

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  6. Muito legal a resenha... já tinha lido outras resenha e achei fantástico!!!

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  7. Adorei a resenha Isa! Muita vontade de ler esse livro!

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  8. Parece ser um ótimo livro... a historia é bem interessante..
    Adorei a resenha.. *u*

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  9. Adorei sua resenha! Gostei deste livro desda primeira vez que o vi, o achei bem misterioso e gostaria muito de lê-lo.

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