Mostrando postagens com marcador laurie halse anderson. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador laurie halse anderson. Mostrar todas as postagens

O Top Ten Tuesday dessa semana foi, o de longe, o que mais me deu trabalho. Por quê? Porque escolher meus quotes favoritos É difícil! Pra ajudar, eu tive a ideia genial de tirar fotos de cada um deles (eu sei que vários eu poderia ter achado na internet, mas qual a graça?) e, pra finalizar, mostrar os livros ~na vida real~. 

Não sou muito boa em tirar fotos, ainda mais porque as tirei sozinha e com o meu celular, mas enfim! hahaha A ordem também não significa nada, amo todos esses quotes e todos eles me fazem parar pra pensar duas, três, vezes na vida.

(E não, apesar dos mil efeitos da VSCOCam, esse post não é patrocinado, hahaha, só sou viciada nesse app mesmo)

Vocês já pararam pra pensar em todos os livros que leram nos últimos anos, as surpresas e as decepções, os protagonistas incríveis e as reviravoltas? Pondo tudo isso no papel, eu tinha difícil missão de escolher os 10 livros favoritos que li nesses últimos três anos. Será que tenho algum em comum com vocês? (Não há uma ordem de preferência e sim por ano)

2012:

1) Orgulho e Preconceito, de Jane Austen: esse é um daqueles clássicos quase que obrigatórios para ler, afinal, todo mundo já conhece um pouco dessa história, né? Adorei a experiência de ler alguma coisa da Jane Austen (e inclusive já vi váááárias adaptações cinematográficas) e a ironia com que ela descreve essas situações excêntricas.

2) Garotas de Vidro, de Laurie Halse-Anderson: um livro que mexeu comigo muito, muito, muito mais do que eu achava possível, com uma escrita incrível, delicada e real sobre um assunto muito complexo. Sério, Laurie ganhou meu coração de leitora com essa.

3) A Culpa é das Estrelas, de John Green: todo mundo conhece esse livro, mas mesmo assim quis colocá-lo nesta lista porque ele realmente significa muito para mim, seja pelos personagens incríveis ou pela escrita maravilhosa do John, esse sem dúvidas é um livro que eu quero comigo por muito tempo.

2013:

4) Um Lugar para Ficar, de Deb Caletti: esse livro não recebeu cinco estrelas, não é extremamente conhecido nem nada, mas toda vez que eu lembro dele, eu tenho um carinho especial, por conta da maneira como  a Deb conta a história.

5) Lola e o Garota da Casa ao Lado, de Stephanie Perkins: ai, gente, tá aí um livro delicioso! Super divertido e engraçadinho, é uma daquelas leituras que você faz e fica super feliz depois. Stephanie é um amor com as palavras.

6) O Teorema Katherine, de John Green: novamente o João nessa lista, né? Mas O teorema é bem diferente do livro anterior, acho que ele tem uma leveza e um bom humor muito deliciosos, além de uma narrativa fora de série - sei que muita gente não curtiu tanto assim, mas é o meu segundo livro favorito do autor.

2014:

7) Deixe a neve cair, de vários autores: eu gosto de livros de contos, mas esse aqui, em especial, é um queridinho meu. A temática meio natalina e com muita neve deixou tudo mais encantador e foi aí que conheci novos autores (e me reapaixonei por outros) super fofos.

8) O Começo de tudo, de  Robyn Schneider: ai, falando em novas autoras, Robyn é certamente um dos destaques de 2014! Adorei tanto esse livro, com uma narrativa linda, personagens super interessantes, daqueles que você não consegue ficar sem ler até acabar, sabe?

9) The Statistical Probability of Love at First Sight, de Jennifer E. Smith: o que falar da Jennifer, que eu conheço pouco e já amo pacas? Pois é, ... First Sight é um livro adorável, incrível, que te faz chorar, suspirar e rir, tudo ao mesmo tempo, para você acabar a leitura com uma dor de saudade e felicidade.

10) Desafio, de C. J. RedWine: eu não quis pôr séries (ou volumes de séries) aqui por alguns motivos: acho muito difícil de indicar um livro perdido assim para alguém, principalmente porque às vezes você gosta muito de um livro e no seguinte, a autora destrói totalmente suas expectativas. Por essas e tantas, Desafio é o único da lista e só pus aqui porque, dos livros de 2014, ele realmente se destacou pela sua premissa.

E vocês? Que livros mais amaram nesses últimos anos?

Acompanhe o blog nas redes sociais!


Após muito tempo, eu resolvi voltar com o meme Top Ten Tuesday, criado pelo The Broke and the Bookish, onde toda terça-feira nós listamos dez livros de acordo com um tema variado. Nessa semana, o tema é: dez livros de um certo gênero (que eu escolhi young adult) que nós ainda não lemos, mesmo que sejam extremamente famosos ou que tenham tido muito hype na época do lançamento, acabaram esquecidos... Ou porque a gente simplesmente não quis ler, né? rs


10) Desventuras em Série: Mau Começo, de Lemony Snicket. Esse é um livro que eu nunca tive muito interesse (e eu sei que muita gente ama o autor!), principalmente porque achei a adaptação cinematográfica meio sem graça. Mesmo que a história tivesse umas coisas interessantes, o preço salgado e o fato da série ser gigante sempre me distanciaram da sua leitura.

9) Para Sempre, da Alyson Noel. Eu ganhei esse livro uns anos atrás (nem lembro mais como! rs) e na época era uma série que todo mundo vivia comentando, principalmente porque ainda estavam sendo lançadas suas continuações. No entanto, várias resenhas comentaram sobre a personalidade díficil ou simplesmente chata da protagonista, o que me faz, até hoje, ficar em dúvida na hora de ler. Ah, e novamente: mais uma série grande.

8) Fale!, da Laurie Halse-Anderson. Gente, como que eu ainda não li esse livro?! Sou apaixonada assumida pela escrita maravilhosa da Laurie, li Garotas de Vidro há alguns anos e ainda acho um dos melhores livros da minha estante. A Editora Valentina finalmente lançou no Brasil esse livro não faz tanto tempo, mas já tô querendo ler há muito mais tempo.

7) Antes que eu vá, da Lauren Oliver. Outro livro que gerou um hype danado e muitas resenhas (na maioria positivas) na época do lançamento foi esse. Gostei da temática emocional, gostei da capa, as resenhas me animaram mas... Sempre fiquei no "quase" na hora de ler. Uma pena, porque realmente tenho curiosidade.

6) A Irmandade das Calças Viajantes, da Ann Brashares. Desde que eu vi o filme baseado nesse livro, tenho vontade de ler! Mas eita livro difícil de achar, viu? Pra "ajudar", a editora é a Rocco, que caprichou no sal quando decidiu o preço. É outra série, mas que eu saiba é mais curta.


5) Just Listen, da Sarah Dessen. Sou daquelas fãs da Sarah sem nunca ter lido um único livro dela, assim, sem explicação. Just Listen foi o primeiro que resolveram publicar por aqui e já comecei a lê-lo diversas vezes em alguma livraria, sem nunca no entanto de fato comprar. Tenho outros dois livros da Sarah na estante, mas esse livro...!!

4) Flipped, da Wendelin Van Draanen. Quem aí já ouviu falar de um filme chamado O Primeiro Amor? (Não confunda com o Meu Primeiro Amor) Então, foi assim que eu conheci Flipped, mais um da lista que se transformou em um filme, que aliás, é uma graça de tanta fofura. Acho que infelizmente não lançaram por aqui, mas enfim, é um que me parece tão clássico em YA que me chateio toda vez que lembro que não li ainda.

3) A Seleção, da Kiera Cass. Ah, socorro! Eu sou louca pra ler essa série! Já me apaixonei pela sinopse, já cheguei a ler alguns capítulos em umas livrarias e tenho certeza que deve ser lindo, mas ainda não consegui lê-lo todo. Quando teve aquele bafáfá dizendo que viraria uma série de TV, fiquei super feliz, pena que não foi para frente. De qualquer forma: princesas, distopia, tudo de bom.

2) Maze Runner: Correr ou Morrer, do James Dashner. Eu quero ler esse livro há taaaanto tempo!!! Depois que vi a adaptação então, com o Dylan O'brien (<3), estou ainda mais curiosa pra saber como continua a história. 

1) O Diário da Princesa, da Meg Cabot. Eu amo os livros da Meg Cabot, ela é uma das minhas autoras favoritas porque tem um jeito incrível de contar qualquer história possível. Esse é sem dúvidas o livro mais famoso dela, mas por algum motivo (a narração de Mia, talvez?) eu nunca consegui passar das primeiras páginas. E uma observação: sou apaixonada pelas capas antigas, essas novas são tão... bléh.

Menção honrosa: Crônicas de Nárnia, do C.S. Lewis! Quando lembrei desse livro, já tinha feito a lista, mas de qualquer forma, mais um livro que eu não li (fiquei meio em dúvida se era young-adult mas o Goodreads disse que sim).

E vocês? Quais livros que vocês ainda não leram de um gênero que amam?

Siga o blog nas redes sociais:

Eu já estava curiosa com esse livro há tempos, desde quando vi que uma blogueira internacional disse que era uma ótima leitura. A premissa parecia ser forte, porém extremamente interessante. Afinal, apesar de os distúrbios alimentares serem algo, infelizmente, “comum” para adolescentes, nós não vemos muitos livros com essa temática – talvez por ser algo difícil de ler, ou porque é “mais fácil fechar os olhos” diante desse grande problema.

“Eu sabia o que ele queria ouvir. Ele não suportava me ver doente. Ninguém suporta. Eles só querem ouvir que você está melhorando, está em recuperação, levando um dia de cada vez. Se você fica emperrando no ‘doente’, então deveria parar de perder o tempo deles e morrer de uma vez.” (pág. 83)

Então, numa mão esse livro tinha tudo para ser uma leitura incrível. E, por outra, podia acabar caindo no lugar-comum – uma menina anoxérica é salva por algum motivo e, de repente, tudo fica brilhante e colorido novamente. No entanto, Laurie não escolheu o caminho mais fácil – ela escolheu o caminho real.

“- (...) Por que você não quer ver a sua mãe? Ela queimou suas bonecas em uma fogueira de ritual de sacrifício? Leu seus e-mails?
- Ela quer mandar na minha vida – explico.
- Que vaca. Acho que ela pensa que é a sua mãe, ou alguma coisa assim.” (pág. 138)

Eu nunca tive ninguém próximo com esse distúrbio – agradeço por isso – mas eu já tinha uma noção de como é horrível olhar para si mesma e não gostar do que vê; afinal, quem nunca fez isso? O problema começa quando deixamos de enxergar a realidade e nos aceitarmos como somos e só pensamos nos nossos defeitos.

“Eu não deveria. Não posso. Não mereço. Sou uma gorda gigante e tenho nojo de mim mesma. Eu já ocupo espaço demais. Sou uma hipócrita feia e malvada. Sou um problema. Sou um lixo. Quero dormir e não acordar, mas não quero morrer. Quero comer como uma pessoa normal, mas preciso ver meus ossos ou vou me odiar ainda mais e poderia arrancar meu coração ou tomar todos os comprimidos já fabricados na história.” (pág. 197)

Lia, a protagonista de GdV, é uma menina aparentemente normal, que mora com o pai, sempre ausente com o trabalho, sua segunda esposa, Jennifer, e a filha dela, Emma. Isso seria normal, se Lia não fosse uma pessoa lutando contra si mesma, descontente com o próprio corpo, se mutilando e contando calorias de cada grama que come. Tudo começou anos atrás, quando sua melhor amiga, Cassie, volta de um acampamento com uma “nova ideia” e então, numa noite de bebedeiras, as duas fazem um pacto: farão de tudo para ficar cada vez mais magras. No entanto, após um tempo – e três internações de Lia numa clínica de reabilitação e uma de Cassie – os pais de Cassie resolvem cortar relações com Lia. As duas se separam, até que Lia recebe a notícia de que Cassie morreu. Sozinha. Num quarto de hotel qualquer. Depois de ligar para Lia 33 vezes.

“Eu poderia dizer que estou animada, mas seria mentira. O número não importa. Se eu chegasse a 32, iria querer 29. Se eu pesasse 4,5 quilos, não ficaria feliz até chegar aos 2,25. O único número que seria suficiente é 0. Zero quilos, zero vida, tamanho zero, zero duplo, zero e ponto. Zerado é sinônimo de estar pronto para tudo. Agora eu entendo.” (pág. 213)

É isso que ocasiona o “estopim” para que Lia se destrua e se mutile de vez. Enganando todos, fingindo ser saudável e comendo o mínimo possível, ela vai ficando cada vez mais magra, mais isolada, mais distante... É incrível como a autora passa essa sensação para nós. Por ser uma leitura em primeira pessoa, os sentimentos de Lia são claros, fortes. Nós vemos tudo por seus olhos, tudo que ela pensa e sente, suas vontades de comer – tem até uma página que só está escrito “Não. Devo. Comer.”. Lia está se perdendo, sendo puxada cada vez mais fortemente para o mundo onde Cassie agora habita.

“- Eu acredito que você criou um universo metafórico no qual você pode expressar seus maiores medos. Por um lado, eu acredito em fantasmas, mas eles são criados por nós. Nós nos assombramos, e às vezes somos tão bons nisso que perdemos a noção da realidade.” (pág. 243)

E foi isso que me fez amar o livro. Ele é tão forte, mas é impossível de largar. Nós sentimos a agonia de Lia, nos arrepiamos com suas ações – em alguns casos, principalmente quando ela se machucava para se “sentir bem”, eu me assombrava com a capacidade da Laurie de nos fazer sentir uma sensação de medo, de dor, assim como Lia sentia.

“Sim, os mortos andam e assombram e se enfiam na sua cama à noite. Os fantasmas se infiltram na sua cabeça quando você não está olhando. As estrelas se alinham e os vulcões dão à luz pedacinhos de vidro que prevêem o futuro. Frutinhas venenosas tornam garotas mais fortes, mas às vezes as matam. Se você uivar para a Lua e jurar sobre o seu sangue, vai conseguir tudo o que desejar. Mas tenha cuidado com aquilo que deseja. Sempre existe um preço.” (pág. 245)

No meio de toda essa confusão de sentimentos dolorosos que é o mundo de Lia, surgem alguns pontinhos de luz – Elijah, o cara do hotel onde Cassie ficou hospedada quando morreu e que a encontrou e Emma, a filha de Jennifer. Os dois são, praticamente, as únicas pessoas com quem Lia realmente conversa. Elijah é um cara qualquer e, apesar de mal conhecer Lia, dá pra ver que ele tenta mostrá-la o que ela pode fazer, tenta fazê-la enxergar a verdade. Emma é uma gracinha de pessoa – me lembrou minha prima, e é a única pessoa que a Lia realmente ama e se preocupa. Na minha opinião, foi um dos grandes motivos de Lia tentar se modificar, melhorar.

“E esse é o problema. Quando você está viva, as pessoas podem te machucar. É mais fácil engatinhar até uma jaula de ossos, ou uma montanha de neve e confusão. É mais fácil trancar todo mundo para fora.
Mas é mentira.” (pág.267)

Enfim, o livro é uma leitura muito boa. Não vai ser fácil de lê-lo, não é algo “bobo”, porque mostra coisas reais, pessoas reais, com seus problemas, defeitos e qualidades. Mas é uma leitura que vale a pena. Eu indico!
E, finalizando com um dos meus quotes favoritos...

“Não existe cura mágica, nem como fazer tudo desaparecer para sempre. Existem apenas pequenos passos adiante; um dia mais fácil, uma risada inesperada, um espelho que não importa mais.
Estou descongelando.” (pág. 269)

+ Favorito!
(5 estrelas - 10,0)


Autor(a): Laurie Halse Andersom
Editora: Novo Conceito
Ano: 2012 (Brasil) / 2009 (Original)
Páginas: 240 (Brasil) / 278 (Original)
Nome original: Wintergirls
Coleção: 

O "Na Pilha" é um meme aonde eu mostro meus últimos desejos literários (geralmente os Internacionais) que eu acho no Skoob, no GoodReads, na Amazon, no Book Depository, em blogs internacionais e daqui... ;) (Totalmente inspirado no meme de mesmo nome da Carol!)