Marina
Carvalho já provou que sabe escrever um bom romance com Simplesmente Ana, mas é impossível não notar uma grande melhora
entre seu livro de estreia e Azul da cor
do Mar. Com uma história que prometia muita fofura, diversão e cenas
engraçadas, além de uma protagonista legal, eu comecei a ler esse livro já
animada e não me decepcionei, mesmo que a história não fuja muito do esperado.
Rafaela,
ou simplesmente Rafa, é uma estudante de Jornalismo que consegue um estágio num
dos melhores jornais de Minas Gerais. A única pedra em seu sapato, no entanto,
é ter como parceiro um cara pra lá de mau-humorado, irritante e chato:
Bernardo. No entanto, com a grande convivência, aos poucos os dois se aproximam
e é impossível negar a química que existe entre eles, mesmo que Rafa passe
grande parte do livro negando – e, apesar disso costumar me irritar, Rafa tem
uma narração tão gostosa que cada vez que ela negava, era difícil não dar risada.
Bernardo
também é um ótimo personagem, mesmo que tenha todo esse jeito difícil de ser e
com uma personalidade mais complicada ainda. Adorei ver como eles aos poucos
deixavam suas defesas de lado e abriam um espaço para o que no começo era só
amizade, mas depois se torna algo mais. O diferencial nessa história é que Rafa
já era meio que apaixonada por alguém antes de conhecer Bernardo. Um menino que
anos atrás ela só viu por alguns minutos na praia e usava uma mochila
xadrez. Isso acaba trazendo alguma confusão aos sentimentos dela, que muitas
vezes se sente em dívida com ele – claro que a gente já tem uma ideia vaga de
como as coisas vão acabar, mas não deixa de ser legal ler como irá acontecer.
Outra
parte engraçada da história são as melhores amigas da Rafa, também divertidas e
sem muita noção. No entanto, elas são umas das primeiras a perceber que o
relacionamento de Rafa com Bernardo, apesar de conflituoso, era mais que apenas
falta de empatia e, como boas amigas, elas aproveitam cada oportunidade para
mostrar a Rafa algo tão óbvio assim.
Eu
curti bastante o livro, mesmo que não tenha me surpreendido muito, teve um
desenvolvimento e um final bem amarradinhos, o que só me deixa curiosa para ver
o que a Marina vai aprontar na próxima – torço, sinceramente, que ela comece a
se aventurar por águas menos conhecidas, porque tenho certeza que ela é mais do
que capaz de se dar bem em outras áreas também.
P.S.: Em alguns momentos, me lembrei de A Moreninha, do Joaquim Manuel de Macedo. Fui a única?
Editora: Novo Conceito
Ano: 2014 (original)
Páginas: 334 (original)
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