Eu
estava muito, muito, muito curiosa com esse livro desde a primeira
vez que ouvi falar dele. Afinal,
a sinopse, que não revelava muita coisa, prometia uma história
muito interessante e diferente do que estamos habituados.
E
quando finalmente pude comprá-lo, fiquei super animada, mas acabei
adiando a leitura, no final das contas (é, eu costumo fazer isso com
livros que estou muito
animada pra ler... Estranho, eu sei!). Porém, nas
férias eu finalmente resolvi dar uma chance a esse livro.
Já tinha visto algumas pessoas falando que ele não era tão bom, o
que me deixou meio chateada, porque eu esperava um livro maravilhoso.
"'Did
you see his hair yet?'
Kellan
shakes her head.
'It's
shaved,' I say. 'He and Greg and the swin team guys did it yesterday.
I swear, guys in group are capable of the stupidest things.'
'Like
war,' Kellan says, heaping napkins and ketchup packets onto her tray.
'And
jumping off rooftops.'
'And
lighting their farts on fire,' she says." (pág.
50)
Josh
e Emma
são adolescentes comuns, em 1996, que costumavam ser melhores
amigos,
até que o inevitável aconteceu - Josh
achou que eles poderiam ser algo mais, mas Emma
queria continuar sendo apenas amigos. Com isso,
acabaram se afastando,
apesar de morarem na mesma rua. O melhor amigo de Josh,
Tyson,
costumava namorar a melhor amiga de Emma,
Kellan,
mas tudo acabou meio tragicamente quando Tyson
admitiu que não queria nada muito sério, mas Kellan
queria compromisso. Isso só ajuda a aumentar o afastamento dos antes
melhores amigos.
Isto
é,
até que Emma ganhe um computador novo do pai,
que mora longe com uma nova família e se sente mal por vê-la muito
pouco. Os
pais de Josh recebem um cd-rom do AOL,
e como eles ainda não tinham computador, fazem
com que ele visite Emma para que ela possa utilizar o CD.
É então que a confusão começa: eles
são logados no Facebook. Em 1996.
Se eu não me engano, o Facebook
surgiu lá por 2005
ou coisa assim. Ou seja, quase
dez anos antes, eles acessaram o site.
VIRAM
O POTENCIAL DO LIVRO???
Porque esse livro possuía isso, e muito. Emma
e Josh,
quando acessam o Facebook
se veem no futuro, 15
anos para frente,
pra ser mais exata. É claro que isso
gerou muita confusão na mente dos dois, que se veem no futuro como
pessoas que jamais imaginariam se tornar.
E começa o Efeito
Borboleta:
baseados
no que viram que aconteceriam com eles no futuro, acabam tentando
consertá-lo no presente ou
acelerar para que tal acontecimento chegue mais rápido. É aí que
mora o perigo, porque cada
ação deles muda não só suas vidas, mas das pessoas que no futuro
se relacionariam a eles.
"'The
past is over. We can read about it in history books. And what if the
future we're at war again, or we still haven't elected a non-white or
a non-male president, or the Rolling Stones are still dragging their
tired old butts on stage? That would depress me way too much.'"
(pág.
52)
E
eu gostei muito do modo como tudo isso foi abordado.
Josh
e Emma,
apesar de serem adolescentes, são muito diferentes do nós somos
atualmente, mas, ao mesmo tempo,
dá pra ver que os sentimentos confusos que qualquer adolescente
sente, está lá,
porque, por mais que as tecnologias mudam, as pessoas muitas vezes
continuam tendo o mesmo comportamento.
Porém,
o
mais divertido mesmo era ver o contraste da realidade deles com a
nossa. Um
mundo onde pouquíssimas pessoas tinham computador, quiçá
celulares. E, pra eles, a nossa realidade era tão estranha quanto
para nós é a deles. Um dos momentos mais legais é quando Josh
e Emma,
vendo o perfil dela no facebook,
se perguntam por que alguém iria querer revelar tantas coisas
pessoais
para tantas pessoas -
o que fazemos atualmente tão naturalmente! Além disso, a própria
reação da Emma
ao ver seus gostos do futuro foi engraçado. Sério, se
o Jay e a Carolyn tivessem posto mais momentos desses, o livro teria
sido bem melhor.
Não
que ele tenha chato ou entendiante, eu curti muito. Além desse
contraste, a vida deles também era bem contada. Seus relacionamentos
com sua família, seus namorados... Só
o que não gostei muito
foi o final. Para algo tão grande, a finalização me pareceu tão
sem graça!
Eu esperava algo maior. E claro que o que eu já imaginava que iria
acontecer desde o começo do livro acabou ocorrendo - mas eu estava
até torcendo para isso, então foi legal algo tão esperado
acontecendo de fato.
"'He
broke your heart! How can you call it love when he hurt you so
badly?'
Kellan
pops another fry into her mouth. 'It was love because it was worth
it.'" (pág.
53)
Outra
coisa positiva/negativa (dependendo
de como você olha) foi
que, a maneira como finalizaram, deixou vários pontas soltas.
Por exemplo, como eles se comportarão no futuro (no presente, na
verdade), sabendo de tudo que descobriram quando eram adolescentes? O
que aconteceu com o Facebook? Será que esse descobrimento mudará
algo muito maior no futuro? Eu
gosto de quando o livro nos deixa pensando nele, mesmo depois de
termos terminado e sem dúvida, esse foi um desses casos.
Ah,
eu AMO
essa capa!!!
Acho muito mais bonita essa
combinação binária (01) que
tem na frente da imagem da capa do que a da paperback,
que é só a imagem. Portanto,
eu indico bastante esse livro, porque é muito bacana ver o contraste
da nossa vida com a de alguns anos atrás, de pessoas da mesma idade
que nós.
P.S.:
O
inglês é fácil, tanto que li o livro até que rapidamente.
P.S.:
A
Galera
Record
lançou esse livro no Brasil, com o nome "O futuro de nós dois" e uma capa tão linda quanto a original (skoob).
(Quatro estrelas)
Editora: Razorbill
Ano: 2011 (Original)
Páginas: 356 (Original)
Nome original: -
Coleção: -
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