Saber ler livros em inglês, assim como ouvir uma música nessa língua e e entender a mensagem que ela quer passar sem ter que procurar suas letras, é uma coisa maravilhosa. Por que? Porque abre um bilhão de novas possibilidades e oportunidades, então eu resolvi comentar aqui como você pode conseguir fazer isso, partindo do princípio que alguma coisa dessa língua você já sabe.
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Para quem não sabe, Likely Story é uma trilogia de livros,
sendo que o primeiro é Likely Story,
o segundo All that glitters e o
último Red Carpet Riot. A edição que
eu tenho são os três livros juntos (tipo assim) e olha, eu
recomendo para quem quiser ler esses livros fazer justamente isso, porque são
todos livros bem curtinhos, umas 200 páginas cada, e com finais inesperados e
doidos. Vou dividir minha resenha, portanto, em três pedaços:
Esse
livro apareceu na minha vida por um acaso. Eu
estava na livraria, xeretando a prateleira de livros importados – que sempre
tem livros escondidos, bons e com preços mais acessíveis que a
versão brasileira – quando me
deparei com BTL. A capa me deixou meio na dúvida, afinal,
não parecia
muito o meu estilo. Mas quando eu li a sinopse... Me apaixonei. Conto de fadas?
Com vida real? Meu Deus, tinha como ficar melhor?
“Just so you know, when they say ‘once upon a time’...
they’re lying.
It’s not once upon a time. It’s not even twice upon a
time. It’s hundreds of times, over and over, every time someone opens up the
pages of this dusty old book.” (pág. 11)
Delilah
é uma menina normal, que adora ler e meio solitária na escola,
num geral, por ser bem diferente de seus colegas, que querem coisas muito
diferentes dela. Pra ajudar nisso, o
livro favorito dela é nada menos que um conto de fadas para as crianças.
Cá
entre nós,
não posso falar
nada, vários
dos meus filmes “all-time
favorite”
são da Disney,
mas entre um filme e um livro para crianças, há uma grande
diferença, certo? Eu,
pelo menos, achei isso meio estranho. Mas o caso é, Delilah gosta tanto da história que acaba se apaixonando pelo
protagonista, Oliver, o príncipe.
“If you think it’s social suicide to literally bring
the head cheerleader to her knees, you should try Reading a children’s book in
plain sight in a high school. If you read Dostoyevsky, you’re weird but smart. If read comic
books, you’re weird but hip. If you read a fairy tale, you’re just a
dork.” (pág. 29)
É
aí
que entra a outra visão
da história:
a vida dentro do livro favorito de Delilah.
Sim, existe uma vida após
fecharmos um livro e, adivinhem, é completamente diferente do que a história
conta. Oliver,
pra começar, de
corajoso não
tem nada. É
um belo de um adolescente problemático,
como todos nós
somos, com dúvidas,
medos e uma vontade de se rebelar contra todos imensa. O problema? Oliver está “condenado” a viver a mesma
vida – a da história do livro – eternamente, cada vez que alguém abre o
livro.
“’Why do you
read books, when you could be outside, living a million diferente adventures
every day?’
‘Because you can always count on a book to stay the
same. Everything else changes when you least expect it,’ she replies, bitter. ‘Families split
apart, and nothing’s forever. In books, you always know what’s coming next. There are no surprises.’
‘Why is that a good
thing?’” (pág. 55)
Só que, um dia desses, Delilah, ao abrir o livro, nota
os desenhos se mexendo e então descobre que os personagens estão vivos. E é então que começa um romance bem doce entre Oliver e Delilah.
Devo
admitir, o livro é uma gracinha. Aqueles
livros fofos, com príncipes fofos e românticos, protagonistas meio “estranhas” que nós nos
identificamos e tudo o mais. No entanto,
apesar de eu ter amado a ideia da Jodi de que há uma vida completamente
diferente dentro do livro cada vez que o fechamos, achei que o desenvolvimento
não
foi dos melhores.
“’What makes a treasure a treasure,’ Marina replied,
‘is how rare a find it is, when you need it the most.’ (...)
Oliver
considered her words. And as he passed out, he thought that maybe
this was the best advice one could ever be given about love.” (pág. 82)
O livro é dividido em duas narrações:
a de Delilah e de Oliver, mais alguns capítulos
que são como o próprio conto de fadas que Delilah
lê. Com isso, nós
vemos os dois mundos se desenvolvendo, os coadjuvantes e tudo o mais. Achei bem
legal como as coisas funcionam no livro, o que os personagens são de fato e
tal. O mundo de Delilah era bem
menos “agitado” e eu, apesar
de achá-la
legal, também
pensei que era meio infantil e que não se esforçava pra ser
alguém melhor, mais feliz. Quero dizer, eu entendo que fazer amigos é
difícil. Mas Delilah deixaria, sem
piscar os olhos, os amigos da vida real pra ficar lendo o tal conto de fadas. O
que, pra mim, não
é
muito saudável,
já
que o melhor é
ter um equilíbrio entre todas as duas coisas.
“’Then why do it?’
‘My mother thinks it will help me fit in.’
‘You should just tell her you’d prefer not to.’
She pauses and looks at me. ‘Why don’t you tell your
mother off when she gives you a hard time?’
‘That’s different. I was written that way.’
‘Well, believe me,’ Delilah says. ‘Being a teenager
isn’t all that different from being part of someone’s else’s story, then.
There’s always someone who thinks they know better than you do.’” (pág. 87)
Além disso, temos Oliver. Sim, ele é uma gracinha de menino. Exatamente o que você espera que um príncipe seja. Nesse ponto, eu
notei que o livro provavelmente foi destinado a leitores mais jovens que eu,
com uns 12, 13 anos, porque a própria construção do Oliver é mais...
infanto-juvenil? Ele é perfeito em tudo, tirando no
quesito coragem, vive falando coisas românticas e etc. Na verdade, todo esse romantismo encheu meu saco em alguns pontos,
porque, já deixei bem claro em várias resenhas, coisa melosa não é comigo.
“No one ever asks a kid for her opinion, but it seems
to me that growing up means you stop hoping for the best, and start expecting
the worst. So how do you tell an adult that maybe everything wrong in the world
stems from the fact that she’s stopped believing the impossible can happen?” (pág. 148)
Após os dois se apaixonarem, acabam bolando diversos planos pra
conseguirem tirar o Oliver de dentro do livro. Eles tentam de diversas
formas, mas o que mais me deixou embasbacada
foi a forma como finalmente resolveram. Eu não
gostei, nem um pouco! Não quero soltar
spoilers, mas foi forçar
a amizade aquilo. Além
disso, achei toda essa questão
de “abandonar
todos os amados”
por uma garota não
muito bem explicada. Claro, Oliver sempre quis sair do livro, mas mesmo assim,
fiquei pensando como ele conseguiu abrir mão de tudo aquilo tão rápido.
“She smiles
faintly. ‘Are you a writer, Delilah?’ she asks.
‘I’m more of a reader.’
‘Ah,’ Jessamyn replies. ‘Then I can see why you
wouldn’t understand.’
‘Understand what?’
‘That the story isn’t mine to change anymore. Maybe it
belonged to me at first, but now it belongs to you. And to everyone
else who’s ever read it. The act of reading is a partnership. The
author builds a house, but the reader makes it a home.’” (pág. 287)
No entanto, como eu já disse acima, o livro também tem coisas muito boas, é só
você ler sem esperar uma história muito detalhada, porque eu fui pensando
que seria um livro leve, o que foi mesmo, e acabei me divertindo bastante com o
resultado (na média).
Se
você é apaixonado por conto de fadas, como eu, esse livro é uma ótima pedida
para passar uma tarde gostosa. Além disso,
tenho que comentar, no livro tem uns desenhos que são lindos! Bem
que a capa poderia ter sido um deles...
Gente, tem livro
mais gostosinho do que esse?
Com uma premissa tão divertida, uma protagonista fofa e que ainda por cima é
uma bruxa, nós ainda temos como cenário uma escola de seres sobrenaturais!
Tinha como sair errado? Não, não tinha, mas a Rachel conseguiu tornar o divertido em algo além disso.
Sophie Mercer é uma menina que, após se meter em várias confusões por
conta da magia – ela sempre tenta ajudar os humanos sem poderes e acaba dando
tudo errado –, é mandada, pelo Conselho,
para Hecate Hall, ou simplesmente Hex
Hall. Ela tem que ficar por lá até completar 18 anos, o que promete ser
um saco, pois é uma escola como a nossa
– cheia de patricinhas, play boys e, de vez em quando, alguém legal de verdade,
só que todos essas pessoas têm um algo a
mais especial, além de um motivo para estarem estudando lá e não numa
escola normal.
Em
Hex Hall, Sophie logo já faz inimizade com a panelinha
popular, Elodie, Anna e Chaston. Além disso, ela também se
interessa (contra a vontade) por Archer,
nada menos que o rolo de Elodie. E,
para ajudar sua reputação em Hex Hall, ela se torna amiga de Jenna, a única vampira da escola, cuja
antiga colega de quarto morreu misteriosamente e todos culpam Jenna por isso.
Claro
que nada disso prometia muito coisa, afinal, nós encontramos essas coisas em
livros normais de YA, mas a sacada da Rachel
foi construir muito bem seus personagens, principalmente a protagonista. Sabe aquelas protagonistas divertidas,
sarcásticas, engraçadas e reais? Pois é, Sophie é assim, o que me fez quase que instantaneamente gostar dela.
Ela tem os típicos problemas de adolescência, o que faz a gente se identificar
com ela, mas mesmo assim, não é uma “bobinha” (normalmente), é alguém
inteligente e com respostas afiadas.
Jenna, sua melhor amiga, também é
legal. Apesar de sua fama ser terrível,
dá pra notar que Jenna é a pessoa mais fofa do mundo e, mesmo sendo uma
vampira, o que, caindo no estereótipo, significaria alguém sombrio, a cor
favorita de Jenna é rosa e seu quarto
é uma explosão dessa cor. Jenna tem que
enfrentar muita gente fresca e preconceituosa, que julga antes de conhecer, o
que também é bem realista, porque não é necessário ser um vampiro para já ter
passado por isso.
Eu achei que já
sabia como a história ia funcionar, mas, SURPRESA!,
a autora conseguiu me surpreender.
E isso foi delicioso! Amo quando penso que uma história vai ser legal, mas
simples, e então ela se torna uma coisa muito mais legal e incrível. A Rachel foi muito criativa com relação a
toda essa história de bruxaria, o que já significa muito, porque, apesar de ser
um campo vasto, bruxaria também é algo bem comum. E não, não achei nada
parecido com Harry Potter, o que eu achei que iria me ocorrer lendo a história.
Claro que temos a semelhança por causa da escola, o fato de ter um “inimigo”,
mas milhares de livros por aí tem isso, é algo comum, e a forma contada por Rachel em Hex
Hall não deixou a história cansativa ou repetitiva.
Então, eu indico
muito o livro! Eu li em inglês, porque na época que
lançou no Brasil, só puseram uma capa que eu não curti muito – pra depois
lançar a versão original, OBRIGADA, GALERA! – e eu sou simplesmente apaixonada
pela capa original, então, acabei comprando em inglês mesmo. É uma linguagem bem fácil, só algumas
palavrinhas a ver com bruxaria que eu não lembrava direito, mas é bem informal
e dá pra entender todas as piadas e sacadas. Aliás, já lançou a continuação, Demonglass, aqui no Brasil, com o nome
de A Maldição (e a capa original!
Sim!). Estou louca pra lê-la, porque Hex Hall termina com um gancho muito bom,
espero que a Rachel tenha feito um
bom uso dele e que a qualidade não caia do primeiro pro segundo, como
normalmente acontece.

+ Favorito!
Eu
estava muito, muito, muito curiosa com esse livro desde a primeira
vez que ouvi falar dele. Afinal,
a sinopse, que não revelava muita coisa, prometia uma história
muito interessante e diferente do que estamos habituados.
E
quando finalmente pude comprá-lo, fiquei super animada, mas acabei
adiando a leitura, no final das contas (é, eu costumo fazer isso com
livros que estou muito
animada pra ler... Estranho, eu sei!). Porém, nas
férias eu finalmente resolvi dar uma chance a esse livro.
Já tinha visto algumas pessoas falando que ele não era tão bom, o
que me deixou meio chateada, porque eu esperava um livro maravilhoso.
"'Did
you see his hair yet?'
Kellan
shakes her head.
'It's
shaved,' I say. 'He and Greg and the swin team guys did it yesterday.
I swear, guys in group are capable of the stupidest things.'
'Like
war,' Kellan says, heaping napkins and ketchup packets onto her tray.
'And
jumping off rooftops.'
'And
lighting their farts on fire,' she says." (pág.
50)
Josh
e Emma
são adolescentes comuns, em 1996, que costumavam ser melhores
amigos,
até que o inevitável aconteceu - Josh
achou que eles poderiam ser algo mais, mas Emma
queria continuar sendo apenas amigos. Com isso,
acabaram se afastando,
apesar de morarem na mesma rua. O melhor amigo de Josh,
Tyson,
costumava namorar a melhor amiga de Emma,
Kellan,
mas tudo acabou meio tragicamente quando Tyson
admitiu que não queria nada muito sério, mas Kellan
queria compromisso. Isso só ajuda a aumentar o afastamento dos antes
melhores amigos.
Isto
é,
até que Emma ganhe um computador novo do pai,
que mora longe com uma nova família e se sente mal por vê-la muito
pouco. Os
pais de Josh recebem um cd-rom do AOL,
e como eles ainda não tinham computador, fazem
com que ele visite Emma para que ela possa utilizar o CD.
É então que a confusão começa: eles
são logados no Facebook. Em 1996.
Se eu não me engano, o Facebook
surgiu lá por 2005
ou coisa assim. Ou seja, quase
dez anos antes, eles acessaram o site.
VIRAM
O POTENCIAL DO LIVRO???
Porque esse livro possuía isso, e muito. Emma
e Josh,
quando acessam o Facebook
se veem no futuro, 15
anos para frente,
pra ser mais exata. É claro que isso
gerou muita confusão na mente dos dois, que se veem no futuro como
pessoas que jamais imaginariam se tornar.
E começa o Efeito
Borboleta:
baseados
no que viram que aconteceriam com eles no futuro, acabam tentando
consertá-lo no presente ou
acelerar para que tal acontecimento chegue mais rápido. É aí que
mora o perigo, porque cada
ação deles muda não só suas vidas, mas das pessoas que no futuro
se relacionariam a eles.
"'The
past is over. We can read about it in history books. And what if the
future we're at war again, or we still haven't elected a non-white or
a non-male president, or the Rolling Stones are still dragging their
tired old butts on stage? That would depress me way too much.'"
(pág.
52)
E
eu gostei muito do modo como tudo isso foi abordado.
Josh
e Emma,
apesar de serem adolescentes, são muito diferentes do nós somos
atualmente, mas, ao mesmo tempo,
dá pra ver que os sentimentos confusos que qualquer adolescente
sente, está lá,
porque, por mais que as tecnologias mudam, as pessoas muitas vezes
continuam tendo o mesmo comportamento.
Porém,
o
mais divertido mesmo era ver o contraste da realidade deles com a
nossa. Um
mundo onde pouquíssimas pessoas tinham computador, quiçá
celulares. E, pra eles, a nossa realidade era tão estranha quanto
para nós é a deles. Um dos momentos mais legais é quando Josh
e Emma,
vendo o perfil dela no facebook,
se perguntam por que alguém iria querer revelar tantas coisas
pessoais
para tantas pessoas -
o que fazemos atualmente tão naturalmente! Além disso, a própria
reação da Emma
ao ver seus gostos do futuro foi engraçado. Sério, se
o Jay e a Carolyn tivessem posto mais momentos desses, o livro teria
sido bem melhor.
Não
que ele tenha chato ou entendiante, eu curti muito. Além desse
contraste, a vida deles também era bem contada. Seus relacionamentos
com sua família, seus namorados... Só
o que não gostei muito
foi o final. Para algo tão grande, a finalização me pareceu tão
sem graça!
Eu esperava algo maior. E claro que o que eu já imaginava que iria
acontecer desde o começo do livro acabou ocorrendo - mas eu estava
até torcendo para isso, então foi legal algo tão esperado
acontecendo de fato.
"'He
broke your heart! How can you call it love when he hurt you so
badly?'
Kellan
pops another fry into her mouth. 'It was love because it was worth
it.'" (pág.
53)
Outra
coisa positiva/negativa (dependendo
de como você olha) foi
que, a maneira como finalizaram, deixou vários pontas soltas.
Por exemplo, como eles se comportarão no futuro (no presente, na
verdade), sabendo de tudo que descobriram quando eram adolescentes? O
que aconteceu com o Facebook? Será que esse descobrimento mudará
algo muito maior no futuro? Eu
gosto de quando o livro nos deixa pensando nele, mesmo depois de
termos terminado e sem dúvida, esse foi um desses casos.
Ah,
eu AMO
essa capa!!!
Acho muito mais bonita essa
combinação binária (01) que
tem na frente da imagem da capa do que a da paperback,
que é só a imagem. Portanto,
eu indico bastante esse livro, porque é muito bacana ver o contraste
da nossa vida com a de alguns anos atrás, de pessoas da mesma idade
que nós.
P.S.:
O
inglês é fácil, tanto que li o livro até que rapidamente.
P.S.:
A
Galera
Record
lançou esse livro no Brasil, com o nome "O futuro de nós dois" e uma capa tão linda quanto a original (skoob).

(Quatro estrelas)
Editora: Razorbill
Ano: 2011 (Original)
Páginas: 356 (Original)
Nome original: -
Coleção: -
Uma história inteira escrita apenas por meios digitais? Como não se animar? Eu sou uma usuária
assídua do Twitter, do Facebook e dessas redes sociais, então eu gostei muito
dessa proposta. Além disso, a história prometia um daqueles romances
“bonitinhos”, que são adoráveis e sempre me fazem fazer “awn” e suspirar. Eu
sei que muita gente não gosta desse tipo de coisa, mas a minha opinião é que,
se bem contado, pode ser um livro incrível.
E, sem dúvida alguma, Tweet
Heart foi tudo o que eu pensava que seria. Os quatro personagens
principais – Claire, Lottie, Will e Bennet – são o grupo de amigos que você quer fazer parte.
Eles são engraçados, divertidos e adoráveis. Cada um tem uma personalidade
diferente, Claire é a menina
estudiosa, tímida, apaixonada pelo garoto mais popular da escola desde sempre e
que nem sabe que ela é; Lottie,
minha favorita, é a melhor amiga da Claire.
As duas são próximas e Lottie é simplesmente um máximo. Ela é simplesmente
divertida, além de sempre estar ajudando a amiga sem vida amorosa – Lottie tem até demais, por assim dizer,
HAHAHA.
Will é aquele menino nerd e fofo, secretamente (ou não tanto)
apaixonado pela “amiga” Claire. Já Bennet... O que dizer desse garoto tão
incrível? Ele é o melhor amigo do Will,
mas se destaca totalmente no livro. Ele tira sarro, tem umas frases incríveis e
é simplesmente impossível não querer um desses para você mesma. Honestamente,
eu não podia deixar de torcer muito mais para Bennet do que para o coitado do Will, que na verdade é alguém simplesmente tímido demais para ser
tão incrível quanto Bennet.
Não é uma história inovadora, claro, mas ela tem uma fofura, uma
faísca, que nos faz ficar apaixonados pelo livro. Pra você ter uma ideia,
eu li o livro em um dia, porque, além de ser fácil de ler (por ser em tweets,
mensagens, etc), tinha personagens tão
próximos da nossa realidade que a gente acaba se identificando e, claro,
torcendo por eles.
Elizabeth Rudnick tem uma escrita
muito boa. Ela conseguiu passar, mesmo que por meios digitais, uma sensação
de proximidade aos personagens que
muita escritora por aí tem dificuldade. Por isso, eu dou os parabéns à ela,
porque é um livro que, nesse ponto, é incrível. Por outro lado, a história –
não sei se propositalmente ou não – também
critica todo esse “vício” com a Internet. Lembro-me de uma cena em
específico, em que Claire e Will estavam na mesma sala, quase um do
lado outro, mas estavam twittando um
para o outro ao invés de conversar.
Num geral, você não vai se
decepcionar se estiver procurando um bom romance, divertido e, na melhor das
palavras, “feliz”. O tempo voou quando
eu li o livro e, antes que eu pudesse me preparar, tive que dizer “tchau”
para esses personagens tão amigáveis. Vale a leitura, principalmente se você
ler sabendo que não vai encontrar algo incrivelmente profundo e intricado, e sim a vida e o cotidiano de simples
adolescentes, como nós.
P.S.: AS REFERÊNCIAS! Meu Deus, como não amá-las? Justamente por serem
adolescentes, as referências são incríveis. Tanto para o pessoal mais “nerd”
(apesar que eu não saber exatamente o que é ser “nerd”, TO BE HONEST.) quanto
para àqueles ligados na cultura pop.

+ Favorito!
(5 estrelas - 10,0)
Editora: Hyperion
Ano: 2010 (Original)
Páginas: 264 (Original)
Nome original: -
Coleção: -
Coleção: -
Na resenha de Estilhaça-me,
eu já tinha comentado sobre como os
Distópicos eram a nova “moda literária”, e, coincidentemente, essa resenha
também é de um desse tipo. Divergent
(aqui no Brasil, Divergente) foi
lançado pela Rocco recentemente por aqui, confirmando isso. Porém, raramente há muitas coisas parecidas entre os Distópicos, tirando a sociedade.
“’Nós acreditamos na
coragem. Nós acreditamos em tomar uma atitude. Nós acreditamos na liberdade
sobre o medo e em conquistar as habilidades necessárias para forçar o mal para
fora de nosso mundo para que o bom possa prosperar e melhorar.’” (pág. 412)
De qualquer forma, eu já conhecia esse livro faz tempo, quando ouvi
alguma blogueira internacional comentando sobre como a capa era linda e ela
estava super curiosa com esse livro – antes mesmo de ser lançado lá fora. E, quando li a sinopse, foi amor à primeira
vista: afinal, era um livro que parecia misturar ação e romance, além de se
passar em Chicago, uma cidade que eu amo <3. Resumindo: minhas expectativas estavam bem altas,
ainda mais porque as resenhas que eu tinha lido dele eram bem positivas.
“Eu percebi que uma
parte de ser Dauntless é estar disposto a fazer coisas mais difíceis para que
você seja autossuficiente. Não há nada especialmente corajoso em andar por ruas
escuras sem lanterna, mas nós não devemos precisar de ajuda, nem mesmo da luz.
Nós devemos ser capazes de qualquer coisa.
Eu gosto disso. Porque
talvez chegue um dia onde não haverá lanterna, não haverá armas, não haverá uma
mão guiando. E eu quero estar pronta para isso.” (pág. 138)
Então, após um bom tempo depois que eu já tinha o livro, finalmente
consegui achar um tempinho para ler – e sem bobear, fui ler. E pode crer, é um ótimo
livro!! Sem dúvidas, eu amei a
sociedade que a Veronica Roth criou, toda
divida em “facções”, como que catalogando as pessoas. Além de ter uma
sociedade muito interessante – ainda quero saber muitas coisas sobre ela! – a
trama também tem uma coisa fundamental num livro bem-escrito e com um plot bom: personagens com conteúdo. É bem
raro eu gostar de verdade de alguma protagonista – geralmente eu até vou
com a cara, mas não é “aquela coisa” –, porém,
nesse caso, eu me identifiquei com a Beatrice/Tris
(seu novo nome).
“‘(...) Mas se tornar
destemido não é o objetivo. Isso é impossível. É aprender como controlar seu
medo, e como se livrar dele, esse é o ponto.’
Eu concordo. Eu
costumava pensar que os Dauntless eram destemidos. Eram como eles pareciam, de
qualquer forma. Mas talvez o que eu visse como destemor fosse na verdade medo sob
controle.” (pág. 239)
Ela é tão real... Quero dizer, na medida do possível, dá pra entender por que ela é como é,
por que age dessa forma e a razão de suas grandes dúvidas. Claro que ela não é perfeita, comete alguns deslizes, mas não é
como se fosse alguém burra, é alguém
amadurecendo conforme o livro avança. E ficando mais interessante. Além
dela, temos Four, um dos
“treinadores” da facção que a Tris
escolheu (não contarei qual é, apesar de que, para mim, foi bem óbvio), que tem
todo um “passado obscuro” e com quem
Tris, primeiramente, não vai com a
cara. Porém, conforme as camadas de
ambos vão saindo, é incrível como a relação deles vai se desenvolvendo, de
um jeito fofo e... Normal. Nada
apressado, ou meio louco, como existe em vários livros. Isso é um dos pontos fortes do livro, o romance, mas
o legal é que a Veronica não se focou
apenas nisso.
“Em algum lugar dentro
de mim há uma pessoa que tem compaixão e que perdoa. Em algum lugar aqui há uma
garota que tenta entender pelo o que as pessoas estão passando, que aceita que
elas façam coisas ruins e que o desespero as leva para lugares mais escuros que
elas sequer imaginaram. Eu juro que ela existe, e que ela se comove com o
menino arrependido que vejo em frente a mim.
Mas se eu a visse, não
a reconheceria.
‘Fique longe de mim’,
eu digo quietamente. Meu corpo está rígido e frio, e eu não estou brava, não
estou machucada, não estou nada. Eu digo, minha voz baixa, ‘Nunca mais chegue
perto de mim novamente’.
Nossos olhos se
encontram. Os seus escuros e de vidro. Os meus, nada.
‘Se você chegar, eu
juro por Deus que eu te matarei’, eu digo. ‘Seu covarde’.” (pág. 300)
É óbvio, Tris é “especial”. Vamos ser francos, ninguém
escreve um livro sobre mais uma pessoa numa sociedade distópica. Geralmente é
alguém que vai fazer algo grande. E,
claro, para que entendamos como isso irá acontecer, é preciso que o livro seja bem-escrito – e eu já comentei como eu gostei da escrita da Veronica, né???
Então, claro, nisso ela não decepcionou. Na verdade, eu adorei essa parte
essencial da história, que é a
sociedade, como ela funciona e – um pouco – o que a protagonista vai fazer.
A forma como a sociedade se organiza
nesse livro não é tão diferente do que nós mesmos fazemos – tirando que nós
não deixamos tão claro quem é da onde (afinal, quem nunca falou de “nerds”,
“populares”, “emos”, etc.?). Ela é separada
por quatro facções, como já disse,
cada uma com uma característica, obrigando (mesmo que inconscientemente) as pessoas a tentarem a se encaixar em
pequenas caixinhas.
“Ele diz ‘Eu tenho uma
teoria que generosidade e coragem não são tão diferentes. Toda a sua vida você
esteve treinando para esquecer-se de si mesma para que, quando você estiver em
perigo, isso seja o seu primeiro instinto.’” (pág. 336)
Isso é uma das coisas mais
questionadas, no livro inteiro: por que temos que fazer isso? Por que temos que
escolher apenas uma? Por que, se formos diferentes dos nossos
familiares, temos que nos separar deles? Por que temos que ser só corajosos,
honestos, generosos, inteligentes ou pacíficos? É como quando pedem para que
você escolha uma etnia numa prova, e você é, por exemplo, descendente de um
negro e um índio. Sem contar que, e se você não for nenhuma das opções acima? Eu adorei como isso foi questionado, e
ganhando forma conforme a história mudava.
“‘Eu acho que cometemos
um erro,’ ele diz delicadamente. ‘Nós todos começamos a esnobar as virtudes das
outras facções em virtude da nossa própria. Eu não quero fazer isso. Eu quero
ser corajoso, e generoso, e esperto, e bondoso, e honesto.’” (pág. 405)
Além de todos esses pontos que me agradaram bastante, esse livro é rápido. Claro que, por ser o primeiro de uma série, ele não conta tudo e sim nos introduz a essa sociedade,
principalmente à facção que Tris
escolheu. E ela faz isso muito bem, de uma
maneira que não fique tediosa. Além disso, no final as coisas ficam bem “loucas” – é uma boa palavra pra
descrever como a situação ficou. Eu gostei disso, porque deixa os leitores com “água boca” para o próximo livro (Insurgent, já lançado lá fora), além de
ter alguns acontecimentos bem surpreendentes – se eu fosse do
tipo “mais sensível”, provavelmente teria me emocionado ainda mais.
“Ele dobra sua cabeça e
me beija delicadamente.
‘Então todo mundo vai
poder te chamar de Six.’
‘Four e Six’ Eu digo.
Nós nos beijamos
novamente, e dessa vez, me parece familiar. Eu sei exatamente como nós nos
encaixamos juntos, seu braço em volta do meu quadril, minhas mãos em seu peito,
a pressão de seus lábios nos meus. Nós temos um ao outro memorizado.” (pág. 407)
Enfim, é uma ótima leitura.
Mostra uma sociedade muito
bem-construída, protagonistas e coadjuvantes bem interessantes e daqueles
que você acaba criando carinho, além de um
potencial muito grande. Espero
poder ler a continuação o mais rápido possível ;)
“‘Eu tenho uma coisa
para te contar,’ ele diz.
(...) ‘Eu talvez esteja
apaixonado por você.’ Ele sorri um pouco. ‘No entanto, estou esperando até eu
ter certeza para te contar’.
‘Que sensível da sua
parte,’ eu digo, sorrindo também. ‘Nós deveríamos achar um papel para que você
possa fazer uma lista ou um gráfico ou coisa assim.’
(...) ‘Talvez eu já tenha
certeza,’ ele diz, ‘e eu simplesmente não quero te assustar.’
Eu rio um pouco. ‘Então
você deveria ter pensado duas vezes.’
‘Tudo bem,’ ele diz.
‘Então eu te amo.’” (pág. 486)
Nível de dificuldade da leitura (inglês): fácil.

+ Favorito!