Não é costumeiro vocês me verem resenhando livros
clássicos – talvez porque eu não sou fã deles, talvez
porque simplesmente acho que eles passam
essa aura de “leitura obrigatória” (graças ao vestibular), que eu odeio e
que faz com que a leitura não flua tão bem quanto eu gostaria. E, claro, tem a
terceira opção: os que eu li, apesar
de não serem ruins, não eram livros que me fizeram pensar “nossa, certamente os
clássicos brasileiros não são tão ruins assim!”, porque, geralmente, eles são simplesmente ok (eu sei que tem
muita gente que curte esses livros, não estou criticando, estou apenas deixando
minha opinião sobre eles).
Então, é. Eu li Memórias de um Sargento de Milícias
porque tinha uma prova importante de português sobre ele (que, aliás, eu tirei
9,5). Eu não tinha curtido muito outro clássico que li para a prova, Amor de Perdição, por isso não estava
muito animada para ler esse. Porém,
os dois não têm nada em comum (tirando o fato de serem clássicos)!
Memórias é muito mais puxado
para a ironia e a comédia, enquanto o outro, para
a tragédia. A história é basicamente sobre as
peripécias de Leonardo, um jovem
incrivelmente encrenqueiro, que vive se metendo em confusões com a polícia,
com a família, com os compadres... Seu
pai foi embora de casa, após uma forte discussão com a mãe, que também acabou fugindo com o amante. Por sorte, D. Maria, uma senhora rica, meio que o adora, e o trata como filho, sempre
tentando tirá-lo das encrencas.
O livro tem um começo um pouco chato, porque ele mostra os pais de Leonardo, sua relação,
uma coisa que, apesar de ser necessária, não é lá muito interessante. Quando,
finalmente, ele vai viver com o padrinho, um barbeiro, as coisas começam a
ficar interessantes. A narrativa é bem
irônica e me deixou curiosa com a história. Temos até um pouco de romance, quando D. Maria “adota” uma moça, Luizinha, que acaba sendo o primeiro amor
de Leonardo. Até torci pelos dois acabarem juntos (vivos, hahaha), o que
mostra que o livro acaba nos entretendo.
Achei bem legal
a forma que o autor contou sobre as encrencas que o Leonardo se metia, porque eram, na sua maioria, aventuras que, mais do que “perigosas”, eram engraçadas – e
sempre acabavam de uma maneira inusitada. O protagonista se mete em confusões
até mesmo quando começa a andar com a “patrulha” da cidade! Aliás, Leonardo é alguém que é um pouco atrevido, encrenqueiro, mas que também é bem
desastrado, não sabe lidar bem com algumas coisas, o que resulta em várias
cenas divertidas.
Num geral, eu curti o livro. Ele, sem dúvidas, me deixou uma experiência melhor que o anterior! Sem
contar que a linguagem é fácil, popular,
já que a história em si é popular, que tem como personagens pessoas comuns,
comerciantes, empregadas, etc. Na verdade, apesar
de ser bem curto, é na medida certa, porque não possui muita enrolação,
repetições de acontecimentos, história não se modificando.
É um clássico que conta sobre a vida do povo daquela
época, o que, pra mim, foi bem legal. Sem dúvida,
não me conquistou pra caramba, não me fez ler que nem louca, mas é uma leitura que pode ser prazerosa. É só
uma questão de saber aproveitar as coisas boas do livro e curtir a “viagem”.
Esse livro é um clássico, que os professores exigem que nós alunos tenha de cor rsrs
ResponderExcluirMas nunca li
http://enfimshakespeare.blogspot.com.br/
eu passei o colegial e o vestibular sem ler esse livro kkk não sei não consigo me interessar, mesmo com a sua resenha super pra cima não vai, não tenho interesse nenhum por ele.
ResponderExcluirTem um selinho pra você no meu blog http://meu-pequeno-livro.blogspot.com.br/search/label/Selinhos
ResponderExcluirLi esse livro ha muito tempo atrás, e quando li achei divertido até heuehu =D
ResponderExcluirBoa dica garota!