Às vezes, depois de uma leitura
mais pesada, ou algo sobrenatural, tudo o que nós queremos ler é alguma coisa
divertida, feliz e normal. Do
tipo que você se identifica, com situações que poderiam com você (mesmo que
isso pareça um pouco impossível,
poderia acontecer) e personagens 100% humanos.
Era exatamente isso que eu queria
quando comprei e quando fui ler Plan B. E, sem dúvida, a autora soube fazer
isso com maestria! Afinal, é um livro da MTV
– nenhum desses livros procura ser alguma coisa profunda demais, completamente
inovadora. E, quando eles admitem que não querem ser nada disso, você pode
pensar que as coisas ficam ruins. Mas não é nada disso. Justamente por nós sabermos o que o livro procura nos contar, é que
nós nos divertimos e não nos decepcionamos.
A história de Plan B era como um filme de comédia
romântica, daqueles que passam
na Sessão da Tarde – e digo isso como um elogio, porque eu amo
filmes assim, HAHAHA. É sobre a vida de Vanessa,
uma jovem que está no último ano do
colégio, então, já está se preparando para as provas de admissão, escolhendo faculdades e, no tempo
livre, se divertindo com Taylor, sua BFF meio maluquinha (como a
grande maioria é, hahaha) e sonhando em
viajar para Europa, sozinha, antes de ir para a faculdade. Ela tem um namorado, um ano mais velho, que estuda em Yale, Patrick, há tempos e tem certeza que, após esse último ano, os dois ficarão
juntos e felizes em Yale.
No entanto, essa vida “perfeita e
planejada” de Vanessa vira de ponta-cabeça quando seu pai confessa que tem um
filho superstar. E que ele está vindo
morar com eles. E esse filho é ninguém menos que Reed Vaughn, uma espécie de bad
boy hollywoodiano – alguém aí se lembra de algum ator mais ou menos assim?
Eu sei que conheço algum, mas simplesmente não tô lembrando, hahaha! É aí que as coisas mais loucas e divertidas
começam a acontecer – e, ao mesmo tempo,
tudo isso faz Vanessa pensar: será que dá mesmo pra planejar a sua vida
certinha? Ou a gente às vezes tem que simplesmente esquecer o plano e seguir a
vontade?
Eu gostei da Vanessa – é, ela é um pouco ingênua (ou talvez
simplesmente feliz?), mas não chega a
ser burra. Demais. O mais legal era
os comentários que ela fazia sobre cada situação doida ou normal que se metia
– eu dei algumas risadas com isso. Taylor,
como já disse, é daquelas meninas que vivem na Lua. Ela é meio fútil, na verdade, porque vive para saber o que acontece em
Hollywood, mas no final das contas, é
uma boa amiga para a Vanessa.
Outro personagem importante é John,
um cara que Vanessa conhece e que acaba virando um ótimo amigo, enquanto
todos os outros estão “deslumbrados” por Reed.
Eu gostei dele porque é um cara
simplesmente normal – isso não significa que ele não seja inteligente! Ele
também tem uns momentos muito divertidos,
como quando eles se encontram na prova de admissão (cute alert!!).
Já Patrick... Well, eu simplesmente
não consegui gostar dele! (SPOILER:
acho que vocês já têm mais ou menos ideia do que vai acontecer, como eu, então
me entendem). Talvez por ele fazer a
Vanessa agir mais estupidamente em algumas situações e – por que não dizer
na lata? – acabar “empacando” a vida
dela. Eu sei que isso não é culpa só dele, Vanessa poderia ser mais esperta, mas a sensação é que os dois estavam juntos porque simplesmente “parecia
certo”. E Reed... Ai ai, se eu tive um literary crush lendo esse livro, certamente foi ele! Ok, no
começo ele fazia exatamente o estereótipo “cara lindo e idiota”, mas o que eu
gostei é que não foi só a vida de Vanessa
que mudou com a vinda dele. Ele acabou sendo afetado também,
obviamente, e com isso, mudou o comportamento. Eu não cheguei a “suspirar”
por ele, até mesmo porque ele é o irmão
da protagonista, ou seja, seria completamente estranho qualquer tipo de clima
entre eles (mas tenho que dizer: fiquei
torcendo para que ele acabasse com a Sarah, uma menina super inteligente da
classe da Vanessa que a mesma começa odiando, mas no final, acaba virando
quase amiga. Ela é uma das únicas que não ficam doidas pelo Reed – eu sei que isso é clichê, mas eu simplesmente shippei e ponto).
De qualquer forma, o livro é
exatamente o que pretende ser, mais um pouco. Algumas situações mais sérias, que eu realmente não achava que a
autora poria, acabaram dando um gostinho
maior de realidade. Eu adorei que os
personagens, todos, acabam mudando,
evoluindo, saindo do “lugar-comum” que muitos autores os deixariam só por
ser mais fácil. Não vai ser,
provavelmente, o melhor livro que você já leu, mas é uma leitura fofa, adorável e tudo de bom. Se você está cansada
daquelas outras leituras, dê uma chance
à Plan B. você certamente vai acabar
dando algumas risadas e uns suspiros (além
de uns ataques completamente normais
de raiva dos personagens. Afinal, eles são adolescentes. São feitos para
serem meio bobos e inexperientes).
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