Eu não sabia o que esperar desse
livro – eu simplesmente achava
que deveria ser bom, um pouco dramático, mas interessante. Para mim, a premissa
do livro parecia que era algo mais de suspense e menos drama. No entanto, o grande foco do livro é Ben
Bailey e seus relacionamentos com as mais diversas pessoas.
Ben é um cara normal, que adora frio e neve e que,
sendo assim, mora num lugar perfeito: Flagstaff, um lugar extremamente frio,
onde a neve sempre começa cedo. Ele
namora há muito tempo Sara, uma moça que conheceu ainda na faculdade, jovem
e ativa. Porém, depois de tantos anos do
relacionamento, ele acaba ficando desgastado e sem vida. Então, na primeira
neve do ano, Ben sai para pegar o jornal e apreciá-la, mas acaba encontrando
algo inesperado: um corpo de um
indígena, morto, no meio da neve, sem pistas, sem nada. Ele acaba se envolvendo no caso e
conhecendo Shadi, irmão do falecido, com quem acaba se envolvendo, ao mesmo
tempo em que tenta resgatar o estremecido relacionamento com Sara.
Eu achei o livro bonito, no
melhor sentido da palavra. Ele é triste, forte, mas é real. Afinal, ele não tenta fingir que o “mocinho” da
história, Ben, é perfeito, ou o cara perfeito para passar o resto da vida
junto. Ou que ele acaba desistindo do seu namoro por bobeira, ou que Sara é alguém interesseiro e sem
coração, ou até mesmo que Shadi é
simplesmente uma moça que gosta de estragar a vida dos outros. Ele mostra os pontos fortes e fracos de
todos e isso, meus caros, é o interessante do livro.
Como eu já disse, eu achei que a história se focaria mais no “como” e
“por que” do indígena ter sido moto, enfim, achei que acabariam se focando mais
nessa investigação – no entanto, esse não é o ponto. É mais como o “estopim” para que as coisas na vida de Ben comecem a
mudar, que ele mesmo comece a se comportar de forma diferente, a querer
coisas diferentes. Eu não posso dizer que gostei muito disso – adoraria ter visto mais de perto o caso do
indígena, mas a escolha da autora também não foi ruim.
Porém, uma coisa que eu não
gostei foi que o livro é meio lento, parado. Não me fez querer ler rapidamente, ou ficar extremamente curiosa com as coisas, tirando no final de cada
“parte” do livro (o livro todo é dividido em três). Eu também achei que o fechamento do livro, algo tão importante,
acabou ficando sem graça, depois de tanta emoção passada pelo protagonista.
Eu sei que o objetivo da autora provavelmente foi mostrar que a vida não é
perfeita, mas o final acabou ficando
meio... Sem sal. Poderia ter terminado de outra, forma, quero dizer.
De qualquer forma, é um livro sem
dúvida que merece uma olhada, principalmente se você curte o que eu
comentei aí em cima – coisas reais,
relacionamentos verdadeiros, pessoas normais e um bom drama, que, no final das
contas, poderia acontecer com qualquer um.
P.S.: Eu tenho que comentar: a capa desse livro é perfeita! É
linda, *brilhante* e muito, muito legal. Além de ter a ver com o livro em si,
pois passa essa mensagem meio sombria e
fria que o livro inteiro tem.
