Quando eu vi esse livro, eu imediatamente pensei: “Hum, que diferente. Não costumo ler nada disso, então sim, vou ler!!!”. Não esperava nada extremamente bom, mas que a sinopse era inusitada, era até demais. J. Kent Messum nos entrega a história de seis dependentes de heroína, que acordam em uma ilha deserta, com pouco mais que um baú com um único envelope e muita água ao redor. E, claro, a horas de sentir a abstinência batendo na porta.
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É sempre bom variar o tipo de livro que você lê, por mais que muitas vezes isso
pareça apenas chato e desnecessário. Eu, por exemplo, não tenho o costume de
ler livros clássicos, mas ao mesmo tempo, acho que muitos deles devem ser
ótimos (se vocês querem algumas dicas sobre como começar a lê-los, a Bruna do Depois dos Quinze fez um post superlegal sobre isso!). Juntando o útil a minha curiosidade, li mais um livro desse
estilo: Vidas Secas, que conta a
história de uma família de retirantes no sertão do Nordeste.
É
um livro com pouquíssimos diálogos e muitas descrições, o que normalmente se
tornaria algo chato para mim, mas, devido a escrita do autor, posso dizer que
achei isso uma característica muito interessante do livro, mesmo não sendo um
dos meus favoritos, não se pode tirar o mérito pela história muito real e bem
feita. Os personagens, por mais que pareçam "simples" numa primeira
impressão, se mostram bem mais complicados que isso, justamente porque
geralmente representam metáforas que o próprio autor cria sobre o ambiente em
que vivem - o sertão nordestino.
O
destaque vai para Baleia, a cadela da família, que apesar de ser o único animal
irracional, é o que no final das contas mais humanizada é. É impossível não
simpatizar com a cachorrinha e se emocionar com seu final, que além de triste,
também representa a grande questão para a família: a da sobrevivência.
É
claro que não é um livro que todo mundo vai gostar, como sempre. Mas tente
tirar da cabeça aquelas palavrinhas que te fazem pensar imediatamente em livro
chato - "clássico" e "leitura obrigatória" geralmente estão
inclusas - e ler o livro apenas curtindo a história. Aposto que você vai tirar
um proveito muito maior da experiência dessa forma.
Autor(a): Graciliano Ramos
Editora: Record
Páginas: 155
Nome original: -
Coleção: -
Resenhar livros de mistério/suspense é uma coisa difícil, ainda mais quando se trata de um livro da "rainha do crime" Agatha Christie. Esse é o primeiro livro de Hercule Poirot, um dos mais famosos personagens da autora. Eu escolhi esse livro aleatoriamente e ainda não sei se encaixa na categoria romance policial corretamente, mas tudo bem. Foi uma ótima lida e me deu vontade de ler todos os livros dela (ainda bem que na minha biblioteca tem! :D).
Tudo começa quando a Sra. Inglethorp, uma poderosa aristocrata que mora na propriedade de Styles, é encontrada morta no seu quarto, aparentemente de um comum ataque cardíaco. Mas, graças a um palpite de um médico amigo que estava por lá, começa-se a desconfiar de um envenamento. A pessoa mais suspeita? O Sr. Inglethorp, pessoa que todos odiavam e achavam que era um interesseiro e não a amava.
Quem nos conta tudo isso é Harrison, uma espécie de Watson - desculpa aí, Agatha, não deu pra evitar :P -, e o Poirot é meio que o Sherlock (mas bem mais excêntrico). Ele, como Watson, é considerado pelo amigo detetive uma pessoa muito "leiga", sem experiência e sem noção. E comprova isso diversas vezes, mas na maioria são chutes que não são tão improváveis.
A história é bem curta, e, por ser o primeiro livro da Agatha, muito bom, digno de 4 estrelas e favoritado. Eu sempre fiquei desconfiada de uma certa pessoa, mas na maior parte, achava que meu palpite era totalmente sem sentido. A autora joga tantas suposições que você fica pensando que todos podem ser os culpados. E essa é a jogada de mestre dos autores de livros assim. Te deixar com a orelha em pé em relação a certo personagem, enquanto na verdade é outro. A leitura é rápida e em algumas horas dá pra terminar o livro. Não contarei mais detalhes por ser um livro que o legal é você não saber o roteiro.
Pontos positivos: o mistério é bem conduzido, os personagens são ótimos e nos deixa aquela gostinho de "eu quero ler mais!".
Pontos negativos: as falhas "bobinhas" que ocorrem, em relação a certos personagens (não sei explicar direito).
Personagens favoritos: Hercule Poirot (como sempre, a pessoa excêntrica é a que eu mais gosto), Lawrence Cavendish e Cynthia Murdoch.
Classificação:
Capa e design gráfico: 8,0
História: 9,0
Narrativa: 9,5
Personagens: 9,5
Final: 9,5
Nota geral: 9,1
Playlist: músicas dos filmes do Hitchcock cairíam bem.