"'Then you'll have to hope to
find someone better than yourself and that you are able to win her love with
your goodness.
I laughed. 'Yeah, goodness. Girls
think goodness
is hot.
Kendra ignored me. 'She has to love
you despite
your looks. Different for you, isn't? And remember, you have to love her back -
that will be the hardest part for you - and prove it all with a kiss.
A kiss, right. 'Look, this has been real fun. Now
change me back or whatever you did. This isn't a fairy tale - it's New York
City.'
She shook her head. 'You have two
years.'
And then she was gone." (pág.
50)
E o livro é romântico.
Sim, se eu o fosse definir com um palavra, seria essa. Sendo que é baseado num
conto de fadas, nada mais natural, certo? Porém, Beastly se passa nos
dias atuais. Na grande e sempre em movimento Nova York. Então, as coisas
tinham que mudar, pelo menos um pouco. Nosso protagonista egoísto e orgulhoso é
Kyle - que depois muda seu nome para Adrian, por causa do
significado (Kyle significa "bonito", enquanto Adrian significa
"das trevas") é, de fato, ele é um canalha. Porém, se pensarmos bem,
ele nada mais é do que nossa sociedade num nível acima - e, se formos honestos,
parte do mundo já é como ele era. Metido, poderoso e que se acha superior a
todos os outros.
"But usually, I watched Lindy
read. I couldn't believe she'd reah so much in summer! Sometimes she laughed,
reading her book and once she even cried. I didn't know how anyone could make
such a big deal about books." (pág. 79)
E foi por causa dessa
personalidade terrível que Kyle acaba virando o alvo de um poderoso
feitiço conjurado por Kendra, uma bruxa que se disfarça de aluna na
escola onde Kyle estuda. Após ele pregar um peça nela, ela o transforma
- literalmente - numa besta. Pêlos, garras e instinto animal. Nem falar ele
consegue direito mais. E a única forma de ser transformado de volta ao lindo Kyle,
é aprendendo a amar alguém e ser correspondido - em dois anos. Ele se consulta
com os mais renomados médicos do mundo junto ao pai, mas nenhum deles consegue
fazer algo sobre isso.
"I stepped outside. Will was
surrounded by pots and plants and dirt and shovels. In fact, he was trapped
against a wall by a huge baf of dirt.
'Will, you look like hell!' I yelled
through the glass door.
'I can't say how you look,' he said.
'But if you look like you sound, you look like a jerk." (pág. 108)
No final das contas, Kyle
pensa que terá que se conformar com ser uma besta pelo resto da vida. É então
que entra Lindy, uma menina que estuda na mesma escola que Kyle
costumava frequentar. Ela é ruiva, bonitinha e ama ler. Sendo assim, eu acabei
simpatizando com ela, ainda mais por ela ter conseguido entrar numa escola tão
elitizada e boa, mesmo tendo um pai drogado e alcóolatra - que acaba sendo o
elo entre ela e Kyle. Após invadir a casa onde Kyle vive com seu
tutor, Will, e sua empregada Magda (seu pai simplesmente sumiu,
envergonhado do próprio filho ter se tornado uma besta), os dois fazem um
acordo: Kyle não o matará se ele trazer sua filha para viver com ela. O
cara, que é um verdadeiro covarde, não pensa duas vezes e assim Lindy é
obrigada a viver lá.
E assim a relação dos
dois é construída. Eles viram amigos próximos, e é bonitinho vê-los juntos,
ainda mais porque também temos, vez ou outra, alguma discussão sobre algum
livro que ambos leram e que querem conversar sobre. Eu amei isso,
afinal, quem não adora um livro cujos personagens são amantes da literatura? No
entanto, o que me irritou e me fez suspirar ao mesmo tempo foi o romantismo
do Kyle! Por a narrativa ser feita por ele, conseguimos ver tudo o que
pensa, o que algumas vezes chegava a ser cansativo, porque o cara era completamente apaixonado (sem
admitir) por Lindy. Era quase como ficar ouvindo uma música deprê da
Adele repetidas vezes... E eu não curto romances muito melosos, por isso, essas
partes forma bem chatas.
"'Why does the mirror take so
long to show you to me, but other I see instantly?'
'Because sometimes I'm doing
somthing you shouldn't see.'
'Like what? In the bathroom?'
She scowled. 'Witch things.'
'Right. Got it.' But under my
breath, I sang, 'Kendra's on the potty,'
'I was not!'
'Then what do you do when I can't
see you Turn people into frogs?'
'No. Mostly I travel.'
'American Airlines or astral
projection?'
'Commercial airlines are tricky. I
don't have a credit card. Apparently, paying in cash makes one a security
risk.'
'You are, aren't you? I'd think you
could just wiggle your nose and blow up a plane or something.' (pág. 145)
No entanto, a narrativa
dele na média era legal, porque ele tinha umas respostas muito divertidas e
seus pensamentos, quando não relacionados ao amor, eram interessantes de ler.
Além disso, os coadjuvantes eram muito bons, principalmente o tutor cego dele, Will.
Ele é engraçado, sarcástico e, apesar de ter todos os motivos para ficar se
lamuriando por causa de seus problemas, ele procura fazer o que é possível com
o que tem. O que não significa, felizmente, que é um daqueles caras que
procuram tirar uma "lição de vida" de tudo o que acontece. A Magda
também é uma personagem legal e acabei me afeiçoando a ela e seu inglês
confuso.
Ao contrário do filme,
achei a resolução da história daqui muito bem feita. Possui a essência do conto
de fadas, com algumas modificações, claro. É um bom livro e uma ótima adaptação
de A bela e a fera. Em minha opinião, é uma leitura bem legal de se
fazer, principalmente se você for fã de contos de fadas, como eu.